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A história que me marcou ocorreu quando eu era recém-formado, no meu primeiro emprego, numa farmácia. Um senhor chegava sempre na farmácia com a cara fechada, rosto pesado, muito sério. Notei que não conversava com ninguém, só chegava e fazia seu pedido. Um dia decidi tentar mudar essa história. Quando ele chegou, fiz questão de atendê-lo. Com muito respeito, sempre o chamando de “senhor”, perguntei sobre a sua saúde. Meio reticente, ele falou alguma coisa. Esse foi o quebra-gelo. Aos poucos ele começou a me falar sobre seus problemas de saúde, da sua vida e fui conquistando cada vez mais a confiança dele. Quando ele entrava na Farmácia, caso eu não estivesse ali no balcão, ele já perguntava pelo “Dr. Michel”. Não demorou e ele começou a me telefonar quando tinha dúvidas sobre o uso de algum medicamento. Quando acontecia de ele ir à farmácia ou telefonar nos meus dias de folga, meus colegas diziam que ele ficava indignado e aborrecido por eu não estar lá. Mas, apesar de tudo, a cara dele continuava sempre séria, fechada. Finalmente, em um dia especial, numa conversa de farmacêutico amigo com seu paciente, fiz algumas brincadeiras e vi, enfim, brotar um sorriso sincero naquele rosto sisudo. Foi como uma revelação. Valeu a pena todo meu esforço. Foi aí que eu percebi que quando nos propomos a atender com amor, respeito e atenção, seguramente podemos contribuir para deixar mais leve até as situações mais difíceis.

Dr. Michel Uttemberger, São Caetano do Sul

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