ESTABELECIMENTOS REGISTRADOS

PROFISSIONAIS INSCRITOS ATIVOS

Primeiramente, é de suma importância que o farmacêutico se aproprie do conhecimento dos sintomas que diferenciam a gripe A da gripe comum, pois a partir dessas informações podem ser norteadas as condutas necessárias.

Conforme Protocolo De Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza de 15 de julho de 2009:

 

Definição de caso de doença respiratória aguda grave (DRAG):

Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse e dispnéia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais.

 

Sinais e sintomas que devem ser observados:

• Aumento da freqüência respiratória (> 25 irpm)
• Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente
• Em crianças, além dos itens acima, observar também: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas listadas abaixo:

Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação.

Alerta: deve ser dada atenção especial a essas alterações quando ocorrerem em pacientes que apresentem fatores de risco para a complicação por influenza.

 

Fatores de risco para complicações por influenza

 

- Idade: inferior a 2 ou superior a 60 anos de idade;
- Imunodepressão: por exemplo, pacientes com câncer, em tratamento para Aids ou em uso regular de medicação imunossupressora;
- Condições crônicas: por exemplo, hemoglobinopatias, diabetes mellitus; cardiopatias, pneumopatias e doenças renais crônicas;
- Gestação

 

Avaliação simplificada de gravidade em serviços de saúde de atenção primária e secundária

 

Os casos de DRAG deverão serão encaminhados para o hospital de referência, se apresentar um ou mais dos sinais e sintomas abaixo:

 

1. Avaliação em adultos
- Confusão mental
- Freqüência Respiratória > 30 mrm
- PA diastólica < 60 mmHg ou PA sistólica < 90 mmHg
- Idade > 65 anos de idade

2. Avaliação em crianças
- Cianose
- Batimento de asa de nariz
- Taquipnéia: 2 meses a menor de 1 ano (>50 irpm); 1 a 5 anos (>40 irpm)
- Toxemia
- Tiragem intercostal 
- Desidratação/Vômitos/Inapetência
- Dificuldade para ingestão de líquidos ou amamentar
- Estado geral comprometido
- Dificuldades familiares em medicar e observar cuidadosamente
- Presença de co-morbidades/Imunodepressão

 

O farmacêutico deverá ficar alerta e informar com ênfase aos pacientes que devem ter muito cuidado com o uso de salicilatos, pois poderá causar a síndrome de Reye. Essa preocupação deve-se ao fato de ser muito comum que as pessoas, ao apresentar sintomas de gripe ou resfriado, se automedicam e entre os medicamentos de escolha, estão incluídos os salicilatos.

O alerta se deve ao risco que crianças e adolescentes têm de desenvolver a síndrome de Reye. A síndrome pode ocorrer durante a recuperação de uma infecção viral ou pode desenvolver-se 3 a 5 dias após o início da virose. Seus sintomas incluem: vômito recorrente ou persistente, letargia, mudanças de personalidade como irritabilidade ou agressividade, desorientação ou confusão, delírio, convulsões e perda da consciência, exigindo assistência médica imediata.

 

Recomendações: 

 

(Alertas Federais de Farmacovigilância - Brasília, 8 de julho de 2009 - 18h-     Alerta SNVS /ANVISA  /Nuvig/GGFarm nº 1, de 8 de julho de 2009)

Pacientes com sintomas de gripe devem seguir as seguintes recomendações:

- Evitar a automedicação e não aceitar indicações de leigos para o tratamento sintomático da gripe;

- Checar na embalagem e na bula os princípios-ativos dos medicamentos utilizados para ter certeza de que estes não contêm salicilatos (AAS, acetilsalicilato de lisina e salicilamida);

- Febres e dores podem ser tratadas com paracetamol, ibuprofeno, naproxeno, dipirona ou outros antiinflamatórios não-esteróides (não salicilatos), mediante indicação de um farmacêutico (para medicamentos isentos de prescrição) ou consulta médica;

- Os cuidados indicados, especialmente no caso de crianças menores de 2 anos, podem incluir a utilização de um umidificador e de um aspirador nasal para auxiliar na limpeza das secreções nasais;

- Caso haja suspeita de infecção de Influenza A (H1N1), procurar o posto de saúde mais próximo imediatamente;

- Menores de 18 anos de idade é contra-indicado o uso de salicilatos em casos suspeitos ou confirmados de infecção por vírus influenza, por causa do risco de desenvolvimento da Síndrome de Reye.

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