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De acordo com o ministro, trata-se de um fenômeno esperado na transmissão, “particularmente com as características dos vírus influenza, o que já vem ocorrendo em outros países”. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há sete países em que a transmissão do vírus é considerada sustentada: Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido. O Brasil seria o oitavo.

No mês passado, o Ministério da Saúde anunciou que o enfoque da vigilância mudaria. Pelo novo protocolo, as pessoas com sintomas leves de gripe devem buscar seu médico ou um posto de saúde, que indicarão o tratamento adequado para cada pessoa. O ministério alerta que todos os indivíduos com síndrome gripal que apresentam fator de risco para as complicações de influenza, requerem - obrigatoriamente - avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico assistente, para indicação ou não de tratamento com oseltamivir, além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas.

Temporão afirmou que a confirmação da doença pelos laboratórios serve para monitorar a doença, mas não para determinar o tratamento, que é definido pelos sintomas que a pessoa apresenta. Isso significa que quem tiver indicação para tomar o medicamento iniciará o tratamento independentemente do resultado dos exames. O ministro reforçou que pessoas que apresentarem sintomas de gripe devem procurar um posto de saúde ou seu médico de confiança.
 
Temporão também confirmou o total de 11 óbitos em decorrência da doença até o momento no Brasil – no Rio Grande do Sul (7), em São Paulo (3) e no Rio de Janeiro (1). Nesta quinta-feira, foram confirmados cinco dos sete óbitos ocorridos no Rio Grande do Sul. Foi confirmado, ainda, um novo óbito no Estado de São Paulo e o primeiro ocorrido no Estado do Rio de Janeiro. Os exames laboratoriais ficaram prontos nesta quinta-feira, mas as mortes não ocorreram todas no mesmo dia.  Dos sete novos óbitos anunciados hoje, pelo menos quatro apresentavam doenças pré-existentes.

Panorama mundial

No mundo, 112 países registraram casos da gripe A (H1N1) em um total de 119.334 notificações confirmadas e uma soma de 591 mortes. Nos Estados Unidos, há cerca de 37 mil casos confirmados. No México, há 12.645, e no Reino Unido, 9.718. Os vizinhos Chile e Argentina possuem 9.549 e 3.056 casos confirmados, respectivamente.

O Brasil possui 1.175 casos notificados, conforme o último boletim, divulgado na noite de quarta-feira (dia 15). Desses casos, a grande maioria já está curada ou está em processo de recuperação.

Temporão confirmou que as ações de comunicação vão continuar e serão reforçadas. Segundo ele, no próximo dia 21 de julho irá ao ar uma nova etapa da campanha para reforçar as informações sobre as mudanças de protocolo do Ministério da Saúde, incluindo um reforço nas áreas de fronteira do Brasil com países do Mercosul.

De acordo com Temporão, o Ministério da Saúde possui estoque suficiente de medicamento para tratar todos os casos indicados, além de matéria-prima para produzir mais nove milhões de tratamentos. Além disso, anunciou que, na próxima semana, chegarão mais 50 mil doses do antiviral oseltamivir, parte de uma compra 800 mil tratamentos que serão entregues até o final de setembro, que reforçarão os estoques.

Rio Grande do Sul

O ministro informou que haverá reforço no envio de medicamentos ao Rio Grande do Sul, um dos locais mais afetados pela doença no país. A decisão leva em conta o número de casos que apareceram no Rio Grande do Sul, bem com a proximidade com a Argentina. Também contribui para a disseminação da doença o inverno mais rigoroso do que nas outras regiões do Brasil.

Para o Estado, o ministro relembrou que anunciou na última semana o reforço de R$ 2 milhões para as ações de controle do vírus e assistência à população. Há ainda uma equipe do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EPISUS) treinando equipes de saúde no Rio Grande do Sul. Também está sendo enviada nova remessa de medicamentos, suficientes para 1.000 tratamentos.

Prevenção

O ministro da Saúde reforçou também que, para evitar a doença, alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como lavar bem as mãos com água e sabão, hábito que tem de ser frequente. Também é importante cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar e não compartilhar copos, pratos e talheres.

Estrutura de atendimento

José Gomes Temporão informou que o Brasil possui 68 hospitais de referência para tratamento de pacientes graves infectados pelo novo vírus. Nessas unidades há cerca de mil leitos com isolamento adequado para atender os casos que realmente necessitam de internação. Ainda como forma de reforçar a rede de assistência do país para tratar os doentes, estão sendo adquiridos 160 kits compostos por um respirador e um monitor, que serão distribuídos aos centros de referência de todo o país.

Ações de comunicação

O Ministério da Saúde empreendeu um esforço em comunicação para evitar a disseminação do vírus. Os resultados de uma pesquisa encomendada para avaliar essas ações demonstram que 66% dos entrevistados conhecem os sintomas da gripe A (H1N1) e 75% viram propaganda que fala sobre os cuidados em relação à doença. Além disso, 67% avaliam de forma positiva a comunicação do ministério em respeito ao tema.

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