No último dia do ciclo de palestras, quinta-feira passada (29 de janeiro), foram abordados mais três temas inéditos. O primeiro deles, intitulado “Alteração nos exames de hematologia e enzimologia após o uso de medicamentos OTCs”, teve como palestrantes o dr. Paulo Caleb e o dr. Sandro Januário, ambos membros da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas do CRF-SP.
Dr. Paulo Caleb enfatizou a importância do papel do farmacêutico na área de Análises Clínicas, ao avaliar de forma completa o histórico de medicamentos OTCs utilizados pelo paciente, antes de submetê-lo a exames. Isso porque muitos fármacos dessa categoria provocam alterações no organismo capazes de modificar o resultado de análises requisitadas pelos médicos.
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“A população é a principal beneficiada quando um farmacêutico analista clínico acompanha o processo, orientando sua equipe para que faça questionamentos junto aos pacientes. Isso contribui para que não sejam gerados falsos resultados ou diagnósticos imprecisos”, afirmou o dr. Sandro Januário.
Entre as principais alterações nos diagnósticos citadas pelos palestrantes está a provocada pelo paracetamol, que pode induzir a um quadro de hepatopatia (doença do fígado), sem que o paciente seja de fato portador deste problema.
Em seguida, foi a vez do dr. Gustavo Alves Andrade dos Santos, membro da Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar do CRF-SP, falar sobre “Avaliação da prescrição médica no ambiente hospitalar”. O farmacêutico que atua no ambiente hospitalar deve conhecer todos os aspectos relacionados aos medicamentos, para evitar possíveis complicações à saúde do paciente, garantir o uso correto e melhorar a adesão ao tratamento.
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“É na farmácia hospitalar que o farmacêutico tem maior participação na prescrição médica, contribuindo com mais eficiência para o sucesso do tratamento prescrito ao paciente”, destacou o dr. Gustavo dos Santos.
A última palestra teve como tema “A importância da orientação farmacêutica nos programas de saúde”, e foi apresentada pelo coordenador da Comissão de Saúde Pública, dr. Israel Murakami, e pelo dr. Moisés Costa Leite, membro da Comissão Assessora de Saúde Pública do CRF-SP. Na introdução ao assunto, o dr. Moisés lembrou que a Constituição Brasileira prevê que a assistência farmacêutica e o acesso a medicamentos é um direito de todas as pessoas, independentemente de classe social.
“Nesse âmbito, a assistência farmacêutica vai muito além da farmácia. O farmacêutico que atua nessa área tem de estar comprometido com a saúde pública”, falou o coordenador dr. Israel Marakami. “A população é carente de informações”, reiterou.
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Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), por ano são registradas oito milhões de internações hospitalares, e mais de 100 mil óbitos decorrentes de reações adversas provocadas por medicamentos.
