Fosfoetanolamina: se for medicamento, tem que ter Farmacêutico 

 

CRF-SP autua, em São Carlos, ‘indústria’ de fosfoetanolamina, conhecida como  substância anticâncer

São Paulo, 29 de outubro de 2015

O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) autuou no último dia 28 a indústria que produz a substância fosfoetanolamina sintética, em São Carlos, a 230 km da capital, instalada no Instituto de Química de São Carlos (IQSC). No local está sendo sintetizada essa substância (que vem sendo utilizada com a indicação terapêutica para tratamento de câncer), estudada pelo Professor Gilberto Orivaldo Chierice há 20 anos. Porém, a indústria desse insumo farmacêutico não conta com farmacêutico responsável perante o CRF-SP.

Os fatos envolvendo a utilização da fosfoetanolamina causaram furor na mídia, com depoimentos de vítimas do câncer que se dizem curadas com sua utilização e pacientes que conseguiram liminares na Justiça obrigando a Universidade de São Paulo (USP) a fornecer o produto. Porém, segundo a USP os efeitos da substância, que não passou pelos testes necessários para registro de medicamento no País, são pouco conhecidos. Hoje (29/10), uma sessão especial no Senado discutiu a liberação do uso da substância.

O local foi autuado pelo CRF-SP por não ter farmacêutico em nenhuma das fases de produção e síntese do insumo farmacêutico, bem como na manipulação e na dispensação das cápsulas que contêm fosfoetanolamina. Para ser considerada medicamento passível de utilização de forma segura no país, a fosfoetanolamina teria de ser registrada segundo as normas sanitárias do governo federal.

“Diante do clamor público, o governo poderia liderar um esforço concentrado para realizar as pesquisas mínimas de segurança e liberar, com isso, a utilização da substância em casos específicos. Da forma como está, a população está exposta a riscos”, afirma o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Eduardo Menegasso. “Se está ocorrendo a produção e dispensação para utilização como medicamento, o local deve contar com a atuação de um profissional técnica e legalmente habilitado, ou seja, o farmacêutico”.

 

 


Wesley Gomes
Assessoria de Comunicação

 

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