Encontro reúne profissionais para debater necessidade de especialização na área

 

Mesa de debates (da esq. p/ dir.): dr. Leonardo R. Leira Pereira, professor da USP Ribeirão Preto; dra. Lívia M. G. Barbosa, coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP; dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP; e dra. Maria Gabriela B. Gonçalves, farmacêutica atuante no projeto Região Oeste da FFMUSPMesa de debates (da esq. p/ dir.): dr. Leonardo R. Leira Pereira, professor da USP Ribeirão Preto; dra. Lívia M. G. Barbosa, coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP; dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP; e dra. Maria Gabriela B. Gonçalves, farmacêutica atuante no projeto Região Oeste da FFMUSPSão Paulo, 08 de dezembro de 2014.

O II Encontro de Farmacêuticos Clínicos foi realizado no último sábado, dia 6, no hotel Braston, na capital. Intitulado “Farmacêutico Clínico: O futuro especialista”, o evento reuniu profissionais que atuam ou pretendem atuar na área para debater a necessidade de especialização nas diversas áreas de atuação da farmácia clínica. O encontro foi realizado pela Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP, dando continuidade ao primeiro encontro, promovido há dois anos.

Durante a abertura do evento, o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, comentou sobre a importância do momento político para a classe e destacou o elevado nível de interesse e participação no encontro. “Estou muito feliz com a procura pelo evento, isso mostra que a classe está entendendo o chamado, porque vocês provavelmente serão soldados nessa luta de mudar a farmácia no Brasil. Os membros da comissão assessora são farmacêuticos que atuam na farmácia clínica, mas também estão lá dentro do Conselho fazendo as discussões voluntariamente para engrandecer a profissão e em favor da saúde e pra fazer para que o país evolua”, concluiu.

Os palestrantes convidados apresentaram o estágio de desenvolvimento de cada segmento de atuação do farmacêutico clínico, as demandas do mercado e perspectivas futuras. “Entendemos que o farmacêutico precisa ser formado para cuidar dos pacientes e um cuidado cada vez mais específico. O que quisemos trazer para esse evento é a construção desse especialista e se estamos no caminho para consolidar essa necessidade”, afirmou a dra. Lívia M. G. Barbosa, coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP.

Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) abordou acerca da luta da classe farmacêutica no Congresso Nacional para a derrubada da MP 653/14. “É sempre muito bom ter o apoio do CRF-SP porque é uma garantia de que a gente vai ter uma colaboração não apenas no processo de mobilização, mas um suporte técnico e capacitado, que tem ajudado muito a categoria em nível nacional”, disse a senadora.

Na parte da manhã, o evento contou com palestrantes que apresentaram o cenário de atuação do farmacêutico clínico nas áreas de acompanhamento clínico ambulatorial, atenção básica e domiciliar, cuidados em geriatria e atenção farmacêutica em doenças pulmonares crônicas.

Mesa de debates (da esq. p/ dir.): dra. Juliana Soprani, especialista em pesquisa clínica em doenças respiratórias do Hospital das Clínicas; dra. Fernanda Zenaide, da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP; e dr. Thiago Vinícius Didone, docente do Centro Universitário São CamiloMesa de debates (da esq. p/ dir.): dra. Juliana Soprani, especialista em pesquisa clínica em doenças respiratórias do Hospital das Clínicas; dra. Fernanda Zenaide, da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP; e dr. Thiago Vinícius Didone, docente do Centro Universitário São CamiloNuma das palestras, o dr. Leonardo Leira Pereira, professor da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, chamou a atenção para um dos principais problemas da área, que é a formação. “Para formar um farmacêutico clínico, precisamos de teoria, mas principalmente da prática. É necessário colocar esse profissional no hospital, na unidade de saúde, tem que dar um paciente para ele atender. O nosso aluno de farmácia clínica hoje é formado longe do aluno de medicina, de enfermagem”, avaliou o especialista.

À Tarde, os debates destacaram as áreas de atuação do farmacêutico em cardiologia, infectologia, cuidados em terapia intensiva e cuidados paliativos. Antes, a dra. Vanessa A. Conceição apresenta o tema “Farmacêutico Clínico Hospitalar: O Futuro Especialista”, fazendo uma reflexão sobre as necessidades da área. “A especialização é uma tendência e estamos felizes com este sentimento. Os problemas de saúde estão se especializando também, a exemplo das bactérias multirresistentes e precisamos entender melhor de determinada área”, comentou.

Mesa de debates (da esq. p/ dir.): dra. Ariane B. M. de Oliveira, farmacêutica clínica do Hospital das Clínicas; dra. Vanessa A. Conceição; dra. Bruna Fernandes, farmacêutica especializada em cardiologiaMesa de debates (da esq. p/ dir.): dra. Ariane B. M. de Oliveira, farmacêutica clínica do Hospital das Clínicas; dra. Vanessa A. Conceição; dra. Bruna Fernandes, farmacêutica especializada em cardiologia

Chamou a atenção do público, a discussão sobre o “Farmacêutico Paliativista”, que foi conduzida pela dra. Silvia de Oliveira, farmacêutica clínica do Hospital Sírio Libanês. “A especialidade cuida de pacientes que estão em estado terminal e os farmacêuticos desse segmento têm uma atuação diferenciada em que participa ativamente da equipe multiprofissional e que, de alguma maneira, mantém contato com o drama dos pacientes e seus familiares”, explicou a dra. Silvia. “O mercado de trabalho ainda é muito restrito, mas há uma demanda muito grande, não só porque a população envelhece, como também pelo aumento da incidência de doenças nesse público”, completou.

A última palestra foi conduzida pela dra. Solange Brícola, especialista do Hospital das Clínicas, falou sobre o tema “Farmácia Clínica: Para onde vamos?”. Para responder a questão, ela acredita que a farmácia clínica brasileira deva estar alinhada com as atualizações da área dos países desenvolvidos. “Hoje existe reconhecimento, legislação, campo para atuação. Na última década, avançamos muito porque tivemos o reconhecimento do Código Brasileiro de Ocupação, um código para farmacêutico hospitalar e clínico, mas falta melhorar na formação”, avaliou.

Mesa de debates (da esq. p/ dir.): dra. Silvia C. de Oliveira, do Hospital Sírio Libanês; dra. Solange Brícola, especialista do Hospital das Clínicas; e dr. Livia Barbosa, Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SPMesa de debates (da esq. p/ dir.): dra. Silvia C. de Oliveira, do Hospital Sírio Libanês; dra. Solange Brícola, especialista do Hospital das Clínicas; e dr. Livia Barbosa, Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP

O encontro também abriu espaço para debates em que o público pode interagir com os especialistas, esclarecendo dúvidas e acrescentando informações e comentários às discussões.

 

 

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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