“Não se pode avançar no cuidado qualificado sem a presença do farmacêutico”, diz Arthur Chioro

Mesa de abertura do XXVIII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São PauloMesa de abertura do XXVIII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São PauloMesa de abertura do XXVIII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São PauloUbatuba, 3 de abril de 2014

Durante a abertura do XXVIII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems), em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou que uma política de assistência farmacêutica é fundamental para aumentar a qualidade de vida da população. Em seu discurso ressaltou que saúde não se faz apenas com médicos, mas com outros profissionais de saúde que juntos podem trabalhar pelo avanço da rede pública de saúde.

“Precisamos de um plano de carreira organizado e consolidado aos funcionários públicos que atuam no Sistema Único de Saúde”, disse Chioro.

O ministro também enfatizou os avanços e conquistas em 25 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), apesar de reconhecer que há problemas gravíssimos que devem ser enfrentados, apresentou dados como o número de transplantes em 2013, foram cerca de 25 mil pacientes transplantados no Brasil, além do país ser destaque na oferta de vacinas e estrutura com a cadeia de frio e possuir 34 mil equipes de Saúde da Família.

Em entrevista exclusiva ao CRF-SP, Chioro reconheceu a importância do farmacêutico para a saúde pública. “O farmacêutico utiliza seus saberes, suas habilidades e competências para produzir mais saúde. Assistência farmacêutica não pode ser distribuição de remédio para ser usado de forma irracional”, afirmou. Ele ainda fez questão de citar o trabalho do farmacêutico como parte de um todo.Arthur Chioro (centro) e dra. Raquel Rizzi (dir.) no estande do CRF-SPArthur Chioro (centro) e dra. Raquel Rizzi (dir.) no estande do CRF-SP

“É parte do cuidado qualificar, não só desde o momento em que se elabora a Relação Municipal de Medicamentos, organiza o processo, destina recurso e fundamentalmente no momento do encontro com o usuário na Unidade básica, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no hospital”, sustentou o ministro.

Chioro reforça a importância do profissional para saúde. “A presença do farmacêutico é fundamental para qualificar o uso do medicamento, fazer o uso racional. É uma ação que de fato contribui no processo terapêutico de maneira integral, não que os outros profissionais como médicos ou dentistas não façam a orientação em relação à prescrição, mas há um profissional que qualifica, que compõe a equipe e esse profissional é o farmacêutico. Portanto eu não consigo conceber hoje que a gente possa avançar no cuidado qualificado sem a presença do farmacêutico”.

Para ministro, Gtam é louvável

Público presente atento nos debates da mesaPúblico presente atento nos debates da mesaPúblico presente atento nos debates da mesaCriado em 2012 pelo CRF-SP para dar suporte aos municípios que pretendem estruturar a assistência farmacêutica, o Grupo Técnico de Apoio ao Município (Gtam), está presente no Cosems 2014 para se aproximar dos gestores municipais. Advogados do CRF-SP estão à disposição no estande para dúvidas e todo o tipo de apoio que o município precisar em relação à assistência farmacêutica.

Também em entrevista exclusiva ao CRF-SP, ao ser questionado sobre a iniciativa em promover o Gtam, o ministro Chioro disse que acha a atitude louvável, embora esse suporte devesse ser papel do governo do Estado. “Acho fantástica a iniciativa do Gtam, muito embora reconheça que esse deveria ser o papel do governo do Estado de São Paulo e de todos os governos estaduais”.

Para Chioro, os pequenos municípios são as regiões que mais carecem do apoio seja porque têm dificuldade de fixação do profissional, seja por conta de recursos financeiros ou por expertise mesmo. Já os de maior porte conseguem constituir suas equipes e para isso procuram o Conselho Regional de Farmácia, o Ministério da Saúde e o âmbito estadual.

“Acho que esse esforço do Conselho muito elogiável, muito útil, deve ser explorado pelos gestores, mas ele precisa ser feito de maneira integrada sem fazer com que o Conselho tenha que assumir além da sua responsabilidade que é o cumprimento da fiscalização do exercício ético profissional. Eu louvo, mas lamento que o Conselho teve que chegar a esse ponto porque ele de alguma maneira identifica uma lacuna na assistência farmacêutica em todo o Estado.”

 

Thais Noronha
Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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