Nova tecnologia transformará pacientes em fábrica de seus próprios tecidos

 

Nova tecnologia transforma pacientes em fábrica de seus próprios tecidosNova tecnologia transforma pacientes em fábrica de seus próprios tecidosSão Paulo, 21 de fevereiro de 2014

Pesquisadores da Universidade Duke, nos EUA, estudam criar uma nova tecnologia na medicina regenerativa que, no futuro, poderá fazer do próprio corpo dos pacientes uma fábrica de tecidos (cartilagens, ossos e até órgãos mais complexos, como fígado e pulmões). O artigo foi publicado na edição desta semana do periódico científico “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS),

Capazes de se transformarem em praticamente qualquer parte do organismo, as células tronco normalmente precisam ser cultivadas em laboratório com o fornecimento de enormes doses de proteínas promotoras do crescimento para se diferenciarem nos tecidos desejados, o que encarece e dificulta o controle de seu desenvolvimento, principalmente depois de serem implantadas no corpo.

A ideia é fazer com que as próprias células-tronco produzissem seus fatores de crescimento. Para isso, os cientistas recorreram a vírus geralmente usados para reprogramação genética em técnicas de terapia celular.

Para o estudo, estes micro-organismos foram incorporados a estruturas de um material especial biodegradável também criado pelos pesquisadores da universidade que imita as cartilagens e pode ser implantado no corpo, servindo tanto de base quanto de molde para que as células-tronco se transformem em uma cartilagem nova.

“Em resumo, o que temos é como um computador, em que o material é o hardware e o vírus é o software.Com os dois, criamos uma plataforma muito precisa para a diferenciação das células-tronco em novos tecidos que pode ser moldada em diversos tamanhos e formatos de acordo com as necessidades dos pacientes e estar à disposição para uso imediato em hospitais e clínicas”, conta Farshid Guilak, diretor de pesquisas ortopédicas e professor de engenharia biomédica da universidade americana e principal autor do estudo.

Embora o estudo tenha se limitado a produzir cartilagens, em teoria é possível montar o “computador” com variadas “configurações”, fazendo com que as células-tronco se transformem todas em outros tipos de tecidos, como ossos, ou mesmo em tecidos diferentes em cada parte do material, bastando para isso incorporar nelas vírus com diferentes “programas”, o que abre caminho para que os próprios pacientes fabriquem seus novos órgãos.

De acordo com ele, os testes com animais vão começar nos próximos meses e, se tudo der certo, iniciar os ensaios clínicos com seres humanos em cinco anos.

 

Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações de O Globo)

 

CLIQUE AQUI PARA CONSULTAR OUTRAS NOTÍCIAS

Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.