Pesquisa aponta que 88% dos casos de leucemia podem ser curados com imunoterapia
São Paulo, 20 de fevereiro de 2014
Uma pesquisa publicada ontem (19) na revista 'Science Translational Medicine' aponta um novo tratamento para a leucemia. Trata-se da utilização do próprio sistema imunológico do paciente para matar as células cancerígenas. Ao todo, 88% dos adultos com a doença que foram submetidos ao procedimento durante o estudo tiveram uma remissão completa da leucemia.
A pesquisa foi realizado no Centro de Câncer Memorial Sloan Kettering, com dezesseis pacientes de idade média de 50 anos que haviam sofrido recaída da doença ou se tornado resistentes à quimioterapia.
Os pacientes foram tratados com versões geneticamente modificadas de suas próprias células de defesa, que foram programadas para reconhecer e atacar as células cancerígenas. "Esse é um fenômeno que pode representar uma reviravolta paradigmática na forma como tratamos o câncer", diz Renier Brentjens, coordenador do estudo.
A 'Science Translational Medicine' considerou a pesquisa com imunoterapia como o maior avanço de 2013 pelos novos resultados práticos sobre a sua aplicação no combate a tumores malignos.
O processo estudado supõe remover algumas das células T dos pacientes e alterá-las com um gel para que reconheçam uma proteína - conhecida como CD19 - nas células cancerígenas e atacá-las. As células T sozinhas conseguem atacar outros invasores nocivos ao corpo humano, mas permitiriam que o câncer cresça de forma ininterrupta.
"Basicamente o que fazemos é reeducar as células T no laboratório, com terapia genética, para reconhecer e matar células com tumores", afirma Brentjens.
Assessoria de Comunicação (com informações da France Presse)
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