Farmacêuticos de diversos setores participam de debate sobre educação, mercado e condições dignas de trabalho

 

Público acompanha os debates do Ato Público: Compromisso profissional e social do farmacêuticoPúblico acompanha os debates do Ato Público: Compromisso profissional e social do farmacêutico

São Paulo, 21 de janeiro de 2014.

 

O CRF-SP deu início na noite de segunda-feira (20 de janeiro) à programação do XIV Encontro Paulista de Farmacêuticos com a realização do “Ato Público: Compromisso profissional e social do farmacêutico”. Incluído pela primeira vez na grade de eventos em comemoração ao Dia do Farmacêutico, o Ato Público foi realizado em parceria com o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sinfar-SP) com o intuito de chamar os profissionais para debaterem de forma transparente o real papel de ambas as entidades para que, juntos, possam discutir questões importantes para a categoria. O evento também marcou o lançamento da campanha salarial de 2014.

Com transmissão ao vivo pelo portal do CRF-SP, o Ato Público contou com a participação de farmacêuticos de diversos setores e representantes de entidades farmacêuticas, que expuseram questões relacionadas à educação, mercado e condições dignas de trabalho.

O primeiro participante da mesa-redonda foi o dr. Geraldo Alécio de Oliveira, diretor-administrativo da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (Abef), que defendeu ser necessário repensar estratégias para melhorar a imagem da profissão. “Essa discussão passa pela educação. Precisamos investigar e discutir a profissão farmacêutica todos os dias, desde a formação”.

 

 

Dr. Pedro Menegasso (CRF-SP) e dr. Geraldo Alécio (Abef)Dr. Pedro Menegasso (CRF-SP) e dr. Geraldo Alécio (Abef)

 

 

Também para falar sobre educação, o evento contou com a participação do dr. Leoberto Costa Tavares, da Comissão de Avaliação de Ensino Farmacêutico (CAEF) do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Ele defendeu uma revisão das Diretrizes Curriculares nacionais do curso de Farmácia, implementadas em 2002. “Se pretendemos transmitir excelência às nossas ações profissionais, é preciso trabalhar para que a educação farmacêutica seja compatível com nossos interesses”.

Já a participação do presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, destacou o cenário atual da profissão, que hoje congrega mais de 51,8 mil farmacêuticos e 25.248 estabelecimentos farmacêuticos. Ele também enfatizou a expansão dos cursos de Farmácia que, em 15 anos, tiveram aumento de 405%. “A profissão cresce vertiginosamente. Ou lutamos pela melhoria na qualidade dos cursos, ou teremos problemas sérios”. Dr. Pedro também detalhou os principais problemas apontados em um fórum realizado em 2013 pelo CRF-SP sobre condições dignas de trabalho em diversas áreas da Farmácia.

 

 

2014 01 21 leoberto-costaglicerioDr. Leoberto Costa (CAEF/CFF) e dr. Glicério Maia (Sinfar-SP)

 

 

O presidente do Sinfar-SP, dr. Glicério Diniz Maia, apresentou aos participantes a atuação sindical da entidade, e se colocou à disposição dos farmacêuticos passam por dificuldades na profissão. “São muitos os que se formam, vão para o mercado do trabalho e não sabem a quem recorrer quando se deparam com questões salariais, por exemplo. Por isso, encontros como o de hoje são essenciais para se entender o papel das entidades e de que modo elas podem ajudar”.

Ao final, os convidados da mesa-redonda responderam perguntas dos participantes, com mediação do presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), dr. Ademir Valério.

 

 

Mesa de debates mediada pelo dr. Ademir Valério, presidente da Anfarmag (ao centro)Mesa de debates mediada pelo dr. Ademir Valério, presidente da Anfarmag (ao centro)

 

 

Iniciativa elogiada

A iniciativa de inserir na programação comemorativa ao Dia do Farmacêutico um debate sobre a qualidade do ensino e a importância da aproximação de entidades como o CRF-SP e o Sinfar-SP foi elogiada pelo vereador de Taboão da Serra José Aparecido Alves, o Cido, que é farmacêutico. “Foi uma das melhores discussões promovidas pelo CRF-SP. Pelo alto nível dos professores que debateram, e pelo fato de questionar a quantidade de cursos, em detrimento da qualidade, o Conselho está de parabéns”.

Para o farmacêutico dr. Marcel Lopes, o que chamou a atenção foi o fato de os cursos de Farmácia não prepararem os alunos para atuar em todas as áreas da profissão, especialmente as mais novas, de acordo com a apresentação do presidente do CRF-SP. “Sabemos que são muitas as áreas em que podemos atuar, mas falta criatividade às instituições de ensino para buscar as menos exploradas e que podem, sim, ser uma oportunidade a mais ao farmacêutico”.

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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