Impacto das res. 586 e 585/13 nas atividades do farmacêutico marcou o VII Seminário de Análises Clínicas e Toxicológicas

Debate sobre o impacto das resoluções 586 e 585/2013 do CFF nas atividade do farmacêutico marcou o VII Seminário de Análises Clínicas e ToxicológicasDebate sobre o impacto das resoluções 586 e 585/2013 do CFF nas atividade do farmacêutico marcou o VII Seminário de Análises Clínicas e ToxicológicasSão Paulo, 16 de dezembro de 2013.

Com a publicação das resoluções 586 e 585/2013 pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), a profissão encara uma nova realidade com a regulamentação das atividades clínicas do farmacêutico, com destaque para a prescrição, no âmbito da competência profissional. Com o objetivo de repercutir e debater os impactos das novas atribuições, especialmente no que se refere à permissão de solicitação de exames clínicos-laboratoriais pelo farmacêutico e outros assuntos relativos à atuação em análises clínicas, o CRF-SP reuniu especialistas da área no VII Seminário de Análises Clínicas e Toxicológicas, no sábado(14/12), no auditório na Universidade São Judas, na capital.

Na abertura do evento, o presidente do CRF-SP, dr .Pedro Menegasso, destacou a importância do seminário e o compromisso do CRF-SP em intensificar as discussões sobre Análises Clínicas a partir de 2014. “Sabemos que se trata de uma área muito especial, que está enfrentando algumas dificuldades, mas não abrimos mão da atuação do farmacêutico em análises clínicas. Nossa comissão está atenta e vem promovendo um trabalho competente e focado. Uma das coisas mais interessantes é a promoção do debate interdisciplinar”, disse o presidente sobre a necessidade de integração com as outras áreas de atuação farmacêutica.

 

Dra. Luciane, dr. Pedro e dr. SandroDra. Luciane, dr. Pedro e dr. Sandro

 

O evento foi divido em duas partes. Pela manhã, houve a apresentação de palestrantes sobre assuntos técnicos. O dr. Sandro Jorge Januário, vice-coordenador da Comissão de Análises Clínicas e Toxicológicas e ministrante de cursos pelo CRF-SP, falou sobre “Hepatites B e C: diagnóstico e monitoramento laboratorial, biossegurança nas ações da saúde e tratamento farmacológico”, reiterando a importância do trabalho do farmacêutico no tratamento a esses doentes.

Na sequência, o dr. Raphael Correa de Figueiredo, coordenador da comissão assessora de resíduos e gestão ambiental do CRF-SP, apresentou a palestra “Gerenciamento de resíduos em laboratórios de análises clínicas”, destacando a destinação mais adequada para resíduos infectantes, químicos e biológicos. Já o dr. João Baptista Junqueira Martins, professor universitário, empresário e membro da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas do CRF-SP, apresentou o tema “A importância do comprometimento no ambiente de trabalho”, chamando a atenção para as característica como liderança, organização criativa e imposição de estilo na condução das atividades farmacêuticas.

 

Dr. Raphael, dr. João Baptista e dra. LíviaDr. Raphael, dr. João Baptista e dra. Lívia

 

Prescrição de exames

No período da tarde, foi realizada uma mesa redonda com o tema: “As análises laboratoriais nas atribuições clínicas do farmacêutico/Resolução CFF nº 585/13”. O dr. Marcelo Cunha, gerente da Secretaria dos Colaboradores do CRF-SP (Secol), iniciou os debates apresentando uma contextualização sobre a legislação, muito esperada pelos especialistas e que deve promover um grande impacto e valorização da profissão. “De acordo com o inciso XII do art. 7 o da Resolução 585/2013, o farmacêutico poderá solicitar exames com a finalidade de monitorização dos resultados da farmacoterapia do paciente. Isso traz, a reboque, uma série de possibilidade em diversas áreas de atuação”, destacou.

Na sequência falaram sobre a aplicabilidade da resolução nas áreas de: farmácia clínica, dra. Livia Maria Gonçalves Barbosa, do Hospital Sírio Libanês, vice-diretora financeira da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e vice-coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-SP; pesquisa clínica, dr. Wallace Luiz Moreira, especialista em estudos clínicos nacionais e internacionais pré-clínicos e docente da disciplina de imunologia clínica.

As apresentações do dr. Paulo Brandão, delegado da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), e dr. Marcos Machado, empresário e diretor-tesoureiro do CRF-SP, descreveram a difícil relação dos laboratórios com as operadoras de planos de saúde, que remuneram mal sobre os exames realizados e têm causado dificuldades para laboratórios de pequeno e médio portes. Eles também discutiram sobre os impactos das novas atribuições do farmacêutico e, especialmente, se os planos de saúde, médicos e outras entidades aceitarão os pedidos de exames emitidos por farmacêuticos.

 

Dr. Wallace, dr.Paulo e dr. Marcos MachadoDr. Wallace, dr.Paulo e dr. Marcos Machado

 

Do ponto de vista da atuação do CRF-SP, segundo o dr. Marcos Machado, será necessário discutir com maior profundidade sobre quais os exames que poderão ser prescritos pelo farmacêutico. O diretor disse que, por meio da Comissão de Análises Clínicas, será necessário elaborar novos cursos com orientações de atuação profissional frente as novas atribuições, além de intensificar os cursos de interpretação de exames laboratoriais que já são realizados pelo CRF-SP. “Abriu-se uma possibilidade muito ampla de atuação no monitoramento em pacientes que fazem tratamento farmacológicos. Seremos ainda mais reconhecidos frente aos outros profissionais de saúde e entidades se eles perceberem a importância do nosso trabalho”, destacou.

A mesa redonda com a mediação do dr. Paulo Caleb Junior de Lima Santos, pesquisador da Universidade de São Paulo, encerrou o evento. Participaram dos debates: dr. Marcelo Cunha, dra. Livia Maria Gonçalves Barbosa, dr. Wallace Luiz Moreira, dra. Luciane Ribeiro Neto, dr. Paulo Brandão, dr. Marcos Machado e dr. Roberto Tadao, advogado do CRF-SP, que esclareceu os aspectos jurídicos relacionados à resolução 585/2013.

 

Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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