Pesquisa aponta que leite materno contém proteína que aumenta sensibilidade de patógenos a antibióticos. Descoberta pode ajudar no combate a infecções hospitalares
São Paulo, 3 de maio de 2013
Uma proteína do leite materno ajuda a reduzir significativamente a resistência aos antibióticos desenvolvida por alguns patógenos causadores de pneumonias graves e outras infecções de difícil tratamento, revelou um estudo da Universidade de Buffalo, em Nova York.
A descoberta, publicada na quarta-feira (1°) na revista PLoS ONE, é promissora para enfrentar o problema das superbactérias resistentes aos antibióticos nos hospitais, como o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM), responsável por um grande número de infecções hospitalares.
Experiências demonstraram que a proteína presente no leite materno, Alfa-lactoalbumina humana letal a células tumorais, conhecida como HAMLET, aumenta a sensibilidade de bactérias a vários antibióticos, como a penicilina e a eritromicina.
As bactérias parecem ter grandes dificuldades para o desenvolvimento da resistência à HAMLET, morrendo em grande número, inclusive depois de terem sido expostas a esta proteína por muitas gerações. Como é uma proteína natural do organismo, a HAMLET não tem efeitos colaterais tóxicos como os antibióticos mais fortes.
Essa mesma proteína também tem sido objeto de pesquisa sobre seu uso em tumores cancerosos, especialmente os resistentes a outros tratamentos de quimioterapia.
Assessoria de Comunicação CRF-SP (Com informações do G1)