Vigilâncias sanitárias determinam interdição cautelar de medicamentos e investigam mortes em hospital de Campinas

 

Vigilâncias sanitárias determinam interdição cautelar de medicamentos e investigam mortes em hospital de Campinas-foto-fasouzafreitasVigilâncias sanitárias determinam interdição cautelar de medicamentos e investigam mortes em hospital de Campinas-foto-fasouzafreitasSão Paulo, 30 de janeiro de 2013.

Três pessoas morreram entre a tarde e a noite de segunda-feira (28/01) após realizarem exames de ressonância magnética no hospital particular Vera Cruz, em Campinas (SP). A Vigilância em Saúde interditou o setor responsável pelo procedimento da unidade por tempo indeterminado e pretende investigar se o contraste, medicamento utilizado no exame, tem relação com as mortes.

O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo em ação conjunta com o Grupo Estadual de Vigilância Sanitária (GVS) Campinas e o Departamento de Vigilância em Saúde (DEVISA) do município de Campinas iniciaram investigação no hospital para verificar as possíveis causas dos óbitos. Em virtude dessa ação, o CVS determinou a interdição cautelar de alguns lotes dos medicamentos utilizados nos procedimentos enquanto durarem as investigações por parte das autoridades sanitárias envolvidas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também está acompanhando a investigação e enviou três técnicos para Campinas.

Segundo o corpo clínico do hospital, dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25, morreram de parada cardiorrespiratória após passar pelo exame. Dois começaram a passar mal minutos depois do procedimento, enquanto que a paciente chegou a deixar a unidade médica, mas retornou após sentir dores. O hospital afirma que as causas ainda são desconhecidas e que aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

No mesmo dia, segundo a assessoria do Hospital Vera Cruz, foram realizados outros 83 exames de ressonância, sendo que o contraste foi aplicado em 30 avaliações. Nestes casos não foram encontradas reações adversas.

As vítimas efetuaram ressonância magnética de crânio, entre as 16h30 e 18h, em salas e com técnicos diferentes. Elas tinham situações clínicas diferentes e não foram diagnosticadas com doenças em estágio avançado. Todos preencheram um formulário declarando que não apresentavam nenhuma restrição e estavam desacompanhados de familiares e conhecidos.

Após a constatação das mortes, a direção do Vera Cruz suspendeu as atividades no setor e acionou a polícia. As salas e os materiais utilizados durante os procedimentos foram lacrados, de acordo com a direção da unidade. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial da cidade.

De acordo com a direção do hospital, a empresa responsável é terceirizada e atua no local há 20 anos. São feitos por mês cerca de 1,8 mil ressonâncias e nenhuma ocorrência deste tipo foi registrada na unidade. O Vera Cruz também informou que está colaborando com os órgãos competentes.

Clique aqui e leia o comunicado divulgado pela Vigilância Sanitária Estadual

 

Carlos Nascimento

Assessoria de Comunicação CRF-SP
(Com informações do portal G1)

 

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