Uso de aspirina e paracetamol sem orientação pode aumentar o risco de perda auditiva

 

Uso de aspirina e paracetamol sem orientação pode aumentar o risco de perda auditivaUso de aspirina e paracetamol sem orientação pode aumentar o risco de perda auditivaSão Paulo, 24 de abril de 2012.

Um estudo norte-americano realizado em 2010 por pesquisadores das universidades de Harvard e Vanderbilt, do Brigham and Women's Hospital e da Massachusetts Eye and Ear Infirmary, em Boston, mostrou que o uso regular e desorientado de aspirina e paracetamol, ambos medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs), aumenta o risco de perda auditiva, especialmente nos homens com idade inferior a 60 anos.

Os autores descobriram que o consumo regular (duas ou mais vezes por semana) de acetaminofen aumenta em 99% o risco de deficiência auditiva em homens com menos de 50 anos e em 38% em homens entre 50 e 59. A partir dos 60 anos, o risco cai para 16%.

Entre os que usam regularmente aspirina, o risco de perda auditiva foi 33% maior para homens abaixo dos 59 anos. Não foi observado aumento de risco nos participantes com mais de 60 anos. O uso regular de aspirina, que diminui o risco de formação de coágulos, é indicado na prevenção de doenças cardiovasculares.

O estudo também identificou o problema com os anti-inflamatórios não esteroides, medicamentos que precisam de receita médica. Neles, o risco observado foi de 61% maior para homens abaixo dos 50 anos, 32% maior para a faixa entre 50 e 59 anos e 16% para os com 60 anos ou mais.

Uso indiscriminado

Segundo a dra. Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP, os MIPs  atuam no organismo de diversas formas, são metabolizados, distribuídos e excretados, portanto devem seguir os critérios indicados de administração. “Se existir uso indiscriminado, podem ocorrer toxicidades diversas para vários tecidos”, alertou ela ao descrever o perigo de consumir esta classe de medicamentos sem orientação.

Na avaliação da dra. Amouni, o fácil acesso aos MIPs torna-os diretamente atrelados à automedicação, uma prática que está relacionada com a precariedade de acesso ao atendimento médico, demora na marcação de consultas e atendimento precário em pronto-socorros. “Isso leva o paciente a procurar a farmácia com freqüência e, se o medicamento estiver ao seu alcance, irá de automedicar sem pensar em problemas causados por eles”, concluiu.


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Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP, com informações da Folha de S. Paulo

 

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