CRF-SP tem participação intensa em plenária do Cremesp para discutir melhorias na dispensação de medicamentos de uso contínuo
São Paulo, 2 de abril de 2012.
Para debater as dificuldades na dispensação de medicamentos de uso contínuo, especialmente na rede pública de saúde, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) promoveu na última sexta-feira (30 de março) uma plenária temática com participação de representantes de entidades envolvidas nessa questão, entre os quais o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso.
Na abertura das discussões, o presidente do Cremesp, dr. Renato Azevedo Junior, ressaltou que encontros como esse são de extrema importância para esclarecer dúvidas trazidas pelos profissionais inscritos na entidade envolvendo a dispensação de medicamentos de uso contínuo. "Nossa expectativa é avançar na compreensão desse procedimento".
Um dos conselheiros da entidade, dr. Antônio Pereira Filho falou sobre alguns pareceres do código de ética médica e da legislação que rege a dispensação de medicamentos de uso contínuo, destacando que, em recente publicação institucional, o Cremesp defendeu mudanças nas diretrizes e sugeriu que as equipes de saúde coloquem à disposição mais médicos para avaliar pacientes e realizar a troca de receitas, quando necessário.
O presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, apresentou aspectos da rotina de trabalho de quem faz a dispensação de receitas de medicamentos de uso contínuo: o farmacêutico: "É obrigação do farmacêutico cumprir o que está na receita, mas também avaliá-la em benefício do paciente".
Exemplos de receituários ilegíveis e com três medicamentos contendo o mesmo princípio ativo prescritos (em dosagens que podem provocar intoxicação no paciente) foram detalhados na apresentação do dr. Pedro. "Compartilhar isso com vocês é um serviço de utilidade pública", disse o presidente do CRF-SP.
Ele também destacou outra problemática na saúde pública: pacientes com diversas patologias tratadas por diversos especialistas, o que dificulta o acompanhamento clínico do paciente, bem como na
avaliação das interações medicamentosas. Dr. Pedro também enfatizou a importância na maior aproximação entre médico e farmacêutico, de forma a otimizar o acompanhamento farmacoterapêutico.
A plenária temática do Cremesp também contou com as presenças do chefe do gabinete da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Reynaldo Mapelli Junior, e da dra. Emiko Fukuda, farmacêutica do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo. Segundo o Cremesp, o teor das discussões ocorridas na plenária será encaminhado à Anvisa, podendo resultar em uma proposta de Resolução.
Renata Gonçalez
Assessoria de Comunicação CRF-SP