Após 56 anos, novo medicamento poderá ser usado para tratar lúpusApós 56 anos, novo medicamento poderá ser usado para tratar lúpus

São Paulo, 11 de março de 2011.

Uma nova droga injetável, conhecida como Benlysta® (belimumab), está sendo usada para o tratamento do lúpus, uma doença pouco compreendida e potencialmente fatal em que o organismo ataca seus próprios tecidos e órgãos.  A descoberta foi aprovada pela agência que regula os medicamentos nos Estados Unidos (FDA), e será o primeiro tratamento para a doença em 56 anos.

Apesar da boa notícia, os testes apresentaram resultados pouco animadores. O medicamento só funcionou em 35% dos pacientes norte-americanos e não foi eficaz em pacientes com a forma mais letal da doença. Além disso, não mostrou resultados positivos em afro-americanos, a população mais afetada pelo lúpus.

A empresa farmacêutica Human Genome Sciences Inc. passou 15 anos desenvolvendo o medicamento e deve comercializá-lo pela GlaxoSmithKline. Especialistas dizem que a descoberta abrirá caminho para o desenvolvimento de outras drogas para o tratamento mais eficaz da patologia.

A doença

Lúpus é uma doença rara, mais frequente nas mulheres do que nos homens, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes.

No lúpus, a defesa imunológica ataca os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, confundem o diagnóstico.

A doença exige tratamento cuidadoso por médicos especialistas. Pessoas tratadas adequadamente têm condições de levar vida normal. As que não se tratam, acabam tendo complicações sérias, que podem levar à morte.

Mais de 85% dos pacientes diagnosticados com a doença vivem mais de dez anos, de acordo com o National Institutes of Health.

A FDA aprovou o medicamento para lúpus eritematoso sistêmico, a forma mais comum da doença.

 

Carlos Nascimento

Assessoria de Comunicação CRF-SP

(com informações da Folha de S. Paulo)

 

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