São Paulo, 09 de março de 2011.

 

Uso de medicamento para incontinência urinária pode tratar hiperidroseUso de medicamento para incontinência urinária pode tratar hiperidrose

Estudo divulgado pelo Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que o uso de medicamento para incontinência urinária pode tratar pacientes que sofrem com o distúrbio chamado hiperidrose, que é a produção excessiva de suor. O problema afeta cerca de 3 % dos brasileiros e, até então, tinha poucas opções de tratamento, como a cirurgia torácica ou a aplicação de botox. 

Os estudos indicaram que o medicamento (cloridrato de oxibutinina), usado para a incontinência urinária, e administrado em baixas doses, resultou na melhora efetiva do problema em 50% dos pacientes e controlaram razoavelmente o quadro em cerca de 25% dos casos. Participaram da pesquisa 500 pessoas.

O cirurgião vascular dr. Paulo Kauffman, do HC, explica que a redução da sudorese já era um efeito conhecido de uma classe de medicamentos usada para diminuir espasmos musculares, dilatar brônquios ou controlar incontinência urinária, chamados anticolinérgicos. Mas eles não eram usados na hiperidrose porque não havia pesquisa demonstrando resultados a longo prazo e os efeitos colaterais das doses habituais eram muito desagradáveis.

A principal contraindicação do medicamento é para pessoas que têm glaucoma. E os efeitos colaterais mais importantes são secura na boca e na pele. O pesquisador lembra que, apesar dos bons resultados na maioria das pessoas, ainda há quase 30% que não melhoram. Para esses casos, o médico ainda indica a cirurgia torácica.

Outro benefício que o novo tratamento apresenta é o baixo custo. O paciente desembolsaria com o medicamento entre R$ 20 e R$ 30 por mês. Já a aplicação de toxina botulínica (botox) custa cerca de R$ 2.000 e deve ser repetida a cada seis meses. A cirurgia custa entre R$ 5.000 e R$ 8.000, mas é possível ser feita através do SUS.

Aparelho contra transpiração

Nos Estados Unidos, uma empresa recebeu autorização para usar experimentalmente um aparelho de radiofrequência para tratar hiperidrose nas axilas. A tecnologia combateria o excesso de suor produzido pelas glândulas sudoríparas com a emissão de ondas, que aumentariam a temperatura na região e impediria seu funcionamento. O método ainda está em fase de testes.

 

Carlos Nascimento

Assessoria de Comunicação CRF-SP (com informações da Folha de S. Paulo)

 

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