Medicamentos análogos de GLP-1 e ligação com pensamentos suicidas: trabalhos científicos discutem o tema

Comitê europeu não encontra evidências entre uso de medicamentos análogos do GLP-1 com pensamentos suicidas Comitê europeu não encontra evidências entre uso de medicamentos análogos do GLP-1 com pensamentos suicidas São Paulo, 17 de setembro de 2024.

O Comitê de Avaliação de Risco de Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos publicou notícia em seu sítio eletrônico “Agonistas do receptor GLP-1: evidências disponíveis não encontram ligação com pensamentos e ações suicidas e autolesivas”

Nesta comunicação o grupo ressalta que não há evidências (estudo científico, análises de notificações e de prontuários eletrônicos) que suportem associação entre o uso dos medicamentos dos análogos do GLP-1 com ideação suicida e auto-flagelação.

O grupo ressaltou que após analisar a evidência disponível de estudos não clínicos, ensaios clínicos, dados de vigilância pós-comercialização e estudos disponíveis, não se justifica nenhuma atualização da informação do medicamento. Ademais, os detentores de registo destes medicamentos continuarão a monitorizar estes eventos, incluindo quaisquer novas publicações, como parte das suas atividades de farmacovigilância e reportarão quaisquer novas evidências sobre esta questão nos seus Relatórios Periódicos de Atualização de Segurança (RPS).

“Ainda temos trabalhos sendo publicados sobre o assunto como de Wadden e colaboradores (2024) que viu similaridade entre placebo e semaglutida em relação a pensamentos suicidas. O estudo de Harris (2024) , um estudo retrospectivo que incluiu 241000 pacientes com sobrepeso ou obesidade e cerca de 1,6 milhão de pacientes com diabetes tipo 2, também não observou relação entre o uso do medicamento e pensamentos suicidas”, comentou a Dra. Patrícia Moriel, coordenadora do Comitê de Farmacovigilância do CRF-SP.

A especialista ressalta ainda que as agências regulatórias, indústrias e profissionais de saúde estão atentos, que existe subnotificações e que as notificações na maioria das vezes são incompletas. Portanto, é de suma importância notificar qualquer reação adversa, principalmente por ser um medicamento novo, que só pode ser vendido sob prescrição médica.

“Gostaríamos de esclarecer que a presença de um sinal de segurança não significa diretamente que o medicamento causou a reação adversa, significa que notificações do evento foram realizadas e que esta gerou um sinal, que será avaliado e estabelecida casualidade. A causa poderá ser, por exemplo, uma doença ou outro medicamento também tomado pelo doente. Por isso os sinais de segurança têm de ser avaliados. Neste momento existe o sinal e está em avaliação continua pelas empresas detentoras de registro e pelas Agências regulatórias, quando existe o sinal todos ficam mais atentos e têm maior cuidado na observação deste evento”, completou a Dra. Patrícia.

Clique aqui e leia o estudo divulgado pela PRAC.

Clique aqui e leia estudo sobre a segurança psiquiátrica de semaglutida

Clique aqui e leia estudo sobre a semaglutida associada a menor risco de pensamentos suicidas

 

Departamento de Comunicação CRF-SP

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