Em Campinas, mais de 120 farmacêuticos debateram sobre a atuação na cadeia logística
O auditório da Universidade São Francisco, em Campinas, esteve repleto de farmacêuticos, estudantes e profissionais que atuam em logística farmacêutica para a sexta edição do Simpósio de Logística Farmacêutica, no sábado, 14.
O coordenador do Grupo Técnico de Trabalho (GTT) de Logística de Produtos de Interesse à Saúde do CRF-SP na sede e delegado regional da Seccional de Campinas, Dr. Kleber Fernandes, destacou a importância de os profissionais estarem reunidos para falar sobre todo o processo de logística aplicado ao transporte. “Nada como estar presente, olho no olho e interagir com diferentes profissionais. Há alguns anos, não era possível enxergar essa realidade, mas o farmacêutico é hoje o agente promotor da qualidade dos serviços de operação logística”.
A primeira apresentação do Simpósio foi do Dr. Clayton Gerber Mangini, membro do GTT de Santos, que falou sobre os desafios do cenário atual nas operações alfandegárias. O porto é muito diferente de aeroporto, são realidades diversas. Muitas vezes, a fiscalização é um caminho para conseguirmos alguns pleitos da área técnica. Uma exigência formal pode apontar uma necessidade que temos para atuar com mais qualidade”. Dr. Clayton falou também que nos últimos anos enxergou um caminho aberto para que outros profissionais ocupassem o setor. “Eu não vejo como um problema, mas uma oportunidade, já que o farmacêutico é extremamente qualificado diante de outros profissionais”.
A atuação do farmacêutico na área de logística vem ganhando destaque com a atualização constante das normas sanitárias aplicáveis à área. Percebe-se, ainda, diversos avanços nos aspectos sanitários e de regulamentação da profissão farmacêutica, devido à necessidade primordial de manutenção da segurança e integridade dos produtos.
Na sequência, um tema igualmente importante quando se trata da destinação final das cargas e resíduos. Juliana Martins, publicitária com mais de 15 anos de atuação na área comercial ressaltou sobre a necessidade da logística reversa e sustentabilidade ambiental na palestra “ESG e logística verde”. “Antigamente todo material como as fraldas pré-consumo, por exemplo, era enviado para incineração. Hoje, retire-se a polpa e ela é transformada em tapete higiênico para cachorros, mais uma vez falamos de economia e sustentabilidade”.
O painel “Qualificação de rota: desafios para a cadeia logística” contou com temas como estudos de qualificação de veículos e mapeamento de rotas de transporte no modal rodoviário em território nacional com o Dr. Lucas Morisco Cimonari, farmacêutico com mais de 15 anos de experiência na área. “Nós, como farmacêuticos, precisamos conhecer as diferenças entre os conceitos, já que a fiscalização pode exigir algo que se diferencia do nosso processo e é necessário saber explicar”.
O farmacêutico que atua na área de Distribuição e Transporte tem a missão de garantir a eficiência e a eficácia dos processos relacionados a cada etapa da cadeia logística, com o manuseio e condições de armazenagem e transporte adequados. Dra. Gisele de Freitas Pimenta, farmacêutica e especialista em assuntos regulatórios destacou os desafios dos fabricantes e importadores no processo logístico farmacêutico, com ênfase na RDC 430/2020 que é a normativa vigente.
Ela ressalta os principais desafios: informações restritivas e limites de aceitação e tolerância por produto obrigação do detentor do registro; adotar a faixa mais restritiva e ou agrupamento de produtos para consolidação de cargas, organização do processo de expedição e definição de critérios de aceitação; qualificação do Terceiro: Processo fortalecido pelas indústrias; Contrato & Acordo de Qualidade; Repasse de preços, com potencial impacto na CMED, quem regula os índices de reajuste e Dificuldade de negociação de budget.
Para finalizar o painel, Dr. Rogério Batista de Santana, farmacêutico que atua no Aeroporto de Guarulhos, chamou a atenção para a atuação do farmacêutico em recinto alfandegado. “Ele exerce um papel fundamental para minimizar os riscos no processo de armazenagem e na implementação de ferramentas para enfrentar os desafios no modal aéreo”.
Clique para acessar o Manual de Orientação: Logística de Produtos de Interesse à Saúde
Thais Noronha
Departamento de Comunicação CRF-SP
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