Alesp recebe debate sobre reindustrialização de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) no Brasil

Alesp recebe debate sobre reindustrialização de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) no BrasilAlesp recebe debate sobre reindustrialização de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) no BrasilSão Paulo, 23 de novembro de 2023.

Foi realizada nesta quarta-feira (22/11) a audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que debateu sobre a necessidade de reindustrialização da produção de insumos farmacêuticos ativos (IFAS) no Estado de São Paulo, um assunto de extrema importância para a saúde brasileira. O evento foi uma iniciativa da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica e do Grupo Técnico (GT) de estímulo à instalação de indústrias produtoras de insumos farmacêuticos.

Dr. Marcos Machado, conselheiro, representou o CRF-SP e também fez a mediação do debate. Para ele, o assunto diz respeito não apenas à indústria e ao setor privado, mas é estratégico para o país e deve ser discutido na casa legislativa e ter a atenção do governador e do governo federal. “O Brasil já produziu mais de 70% dos seus insumos farmacêuticos e hoje apenas 5%. Já passou da hora do governo entender o papel que lhe cabe no incentivo e nas ações de reindustrialização de IFAs no Brasil”, afirmou.

Dr. Marcos Machado, conselheiro do CRF-SP, e André Carvalho, assessor do deputado Thiago AuricchioDr. Marcos Machado, conselheiro do CRF-SP, e André Carvalho, assessor do deputado Thiago Auricchio

A frente parlamentar, promotora do debate, foi criada no primeiro semestre desse ano com o objetivo de discutir e propor ações para o fortalecimento e ampliação da atuação dos farmacêuticos no Estado, aprimorar a legislação e políticas públicas. O grupo é coordenado pelo deputado Thiago Auricchio, que não pôde comparecer e foi representado no evento pelo assessor André Carvalho, que em sua participação disse: “vim representando o deputado para destacar a importância do debate, o papel da Alesp e o que os deputados podem fazer para fortalecer a indústria nacional”.

A sequência, o Dr. Leoberto Costa Tavares, coordenador do GT e professor da FCFUSP apresentou uma palestra destacando a evolução histórica da produção de IFAS no Brasil. Ao final do encontro, ressaltou que a audiência pública foi o primeiro passo para as próximas ações com objetivo de mobilizar a reindustrialização brasileira na área. “Cumprimos essa primeira etapa, mas quero deixar muito claro que não vamos nos abater e vamos em frente. O Brasil precisa reagir, o futuro é incerto com relação ao fornecimento de IFAs e não podemos ficar nessa dependência de forma nenhuma. Se começarmos a nos planejar desde hoje, vai levar pelo menos cinco anos. Então, não podemos perder mais nenhum dia”, observou.Dr. Leoberto Costa Tavares, Dr. Julino Rodrigues e Dr. Cristiano Ricardo dos SantosDr. Leoberto Costa Tavares, Dr. Julino Rodrigues e Dr. Cristiano Ricardo dos Santos

 

Apresentando uma palestra que destacou os aspectos técnicos sobre a produção de IFAs, Dr. Julino Rodrigues, membro do GT e coordenador de inteligência de mercado da Abiquif, lembrou que recentemente, durante a pandemia, as pessoas puderam notar a falta de alguns medicamentos nas farmácias e isso foi causado, em grande parte, pelo desabastecimento e que ainda sentimos esses efeitos. “A cadeia farmacêutica é extremamente complexa e globalizada, então é necessário ter um trabalho e convergência dos atores. O setor público é fundamental para criar o ambiente e as condições necessárias para que as empresas possam fazer o seu desenvolvimento. O Brasil não pode se distanciar dessa fronteira tecnológica. São Paulo é líder em desenvolvimento, temos uma alta concentração de empresas, por isso entendemos que é fundamental desenvolvermos esse trabalho”

Outro palestrante da noite, Dr. Cristiano Ricardo dos Santos, vice coordenador do GT e professor da Faculdade Anhanguera apresentou uma abordagem política sobre a produção de IFAs. Para ele, a audiência foi de extrema importância para apresentar as ações do grupo para a Alesp e ampliar o diálogo com a sociedade, fazendo com que possam compreender o problema, caso seja priorizada a reendustrialização na produção de IFAs. “O que tem sido discutido no grupo é que a gente precisa ter uma lista de prioridades e verificar dentro dos fabricantes nacionais se é possível que eles abracem essa lista de prioridades. A partir daí, a gente consegue avançar e começar a aumentar a produção no território brasileiro”, concluiu.

Clique aqui e assista ao evento, que foi transmitido e gravado no Canal da Alesp no Youtube e está disponível para acesso.

 


Carlos Nascimento
Departamento de Comunicação CRF-SP

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