Atividades discutiram o panorama do ensino farmacêutico e preparo para mercado de trabalho

Atividades discutiram o panorama do ensino farmacêutico e preparo para mercado de trabalhoAtividades discutiram o panorama do ensino farmacêutico e preparo para mercado de trabalhoSão Paulo, 23 de novembro de 2020.

O eixo de educação do Simpósio Tendências Farmacêuticas ofereceu 14 atividades entre debates, palestras e mesas redondas que discutiram o panorama atual do ensino farmacêutico e como a academia está preparando os estudantes para o mercado de trabalho.

Na sexta-feira (20) a programação foi iniciada com a palestra “Simulação realística no processo de aprendizagem do cuidado farmacêutico”, com a Profª Dra. Regina Andrade, pesquisadora e docente na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto (FCFRP/USP). A atividade teve moderação da Profª Dra. Amouni M. Mourad.Da esq. p/ dir.: Profª Dra. Regina Andrade, Profa Dra. Marise Bastos Stevanato, Prof. Dr. Leoberto Tavares e Dra. Kelly Cristina Gavião LuchiDa esq. p/ dir.: Profª Dra. Regina Andrade, Profa Dra. Marise Bastos Stevanato, Prof. Dr. Leoberto Tavares e Dra. Kelly Cristina Gavião Luchi

Segundo a especialista, a simulação é um recurso que visa ampliar experiências reais por meio de vivências guiadas que evocam ou replicam aspectos do mundo real de uma forma interativa, por isso não é concebida como tecnologia. “O processo de aprendizagem por meio de situações simuladas tem se mostrado uma metodologia útil e efetiva para avaliar desempenhos e habilidades clínicas, pois permite o controle de fatores externos, padronização de problemas apresentados pelos pacientes e feedback positivo para os alunos e profissionais, aumentando o autoconhecimento e confiança”, comentou Dra. Regina.

Já a mesa redonda “Implicações da modalidade EaD na graduação em Farmácia”, ofereceu um importante debate com dois dos principais especialistas no ensino farmacêutico. A mediação foi do Dr. Rodinei Veloso, conselheiro do CRF-SP. A Profa Dra. Marise Bastos Stevanato, docente e coordenadora de curso de ciências farmacêuticas da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), coordenadora do Grupo Técnico de Trabalho de Educação Farmacêutica do CRF-SP e membro da Comissão de Ensino do Conselho Federal de Farmácia apresentou um panorama da legislação do ensino farmacêutico e sobre as exigências curriculares e pedagógicas para a formação do profissional.Da esq. p/ dir.: Dra. Danyelle Marini, Dr. Marcelo Oliva e Dr. Reginaldo de Carvalho FilhoDa esq. p/ dir.: Dra. Danyelle Marini, Dr. Marcelo Oliva e Dr. Reginaldo de Carvalho Filho

“Para a formação do farmacêutico existe a necessidade de atividades práticas em diferentes laboratórios, cenários de prática específicos e ambientes reais para o desenvolvimento diversos conteúdos/disciplinas. Para essa construção, é obrigatório que o estudante compreenda a importância do aprender, do questionamento, do diálogo, da reflexão e da crítica”, apontou Dra. Marise.

Já na avaliação do Dr. Leoberto Tavares, docente e conselheiro federal suplente do CFF, o ensino a distância tem resultado no desinteresse dos estudantes, está gerando uma evasão crescente e de muita preocupação.Da esq. p/ dir.: Dra. Ana Carolina Ribeiro, Dr. Jauri Siqueira e Dr.  Paulo Afonso Granjeiro e Dr. Rafael Santos SantanaDa esq. p/ dir.: Dra. Ana Carolina Ribeiro, Dr. Jauri Siqueira e Dr. Paulo Afonso Granjeiro e Dr. Rafael Santos Santana

“Alguns problemas do EAD são a incompatibilidade entre legislação e as Diretrizes Curriculares Nacionais, virtualização de aulas presenciais, aulas práticas insuficientes ou mesmo inexistentes, dificuldade de interação (convivência) entre os estudantes e com os professores, dificuldade na avaliação do ensiono/aprendizagem, desinteresse dos estudantes resultante da não adaptação ao novo formato e evasão flagrantemente crescente”.

O primeiro dia do eixo educação trouxe ainda: a palestra “Farmácia Baseada em Evidências: Perspectivas para manejo de transtornos autolimitados em drogarias”, com o professo Dr. Rafael Santos Santana, da Universidade de Brasília (UnB); a palestra “Jogos e gamificação”, com a Dra. Kelly Cristina Gavião Luchi, docente na Universidade Paulista (Unip) e pesquisadora sobre o ensino ativo em fisiologia; a mesa-redonda “Normas para abertura de cursos de pós-graduação na área de Acupuntura e MTC”, com Dra. Danyelle Marini, docente e diretora-tesoureira do CRF-SP, Dr. Marcelo Oliva, docente e coordenador de curso e Dr. Reginaldo de Carvalho Filho, docente e especialista em medicina tradicional chinesa; a palestra “Tendências em Produtos Capilares”, com a Dra. Ana Carolina Ribeiro, especialista em cosmetologia e vice-presidente técnica da Associação Brasileira de Cosmetologia; e a mesa-redonda “Montagem de Startups”, com Prof. Dr.  Paulo Afonso Granjeiro, docente, inventor e consultor de startups, e Dr. Jauri Siqueira, docente e consultor de startups.

Segundo dia

A primeira atividade do simpósio no sábado (21) foi a mesa redonda “Como o curso de Farmácia prepara o profissional para o varejo?”, com a participação dos palestrantes: Profª. Dra. Noêmia Liege M. C. Bernardo, farmacêutica, empresária e consultora, Dr. Rogério Lopes Jr., diretor da Febrafar e ministrante de cursos em gestão financeira e marketing, com mediação da Dra. Damaris Marcelino VieiraDa esq. p/ dir.: Dra. Noêmia Liege M. C. Bernardo e Dr. Rogério Lopes Jr.Da esq. p/ dir.: Dra. Noêmia Liege M. C. Bernardo e Dr. Rogério Lopes Jr.

Dra Noêmia Liege falou sobre as exigências técnicas para a atuação do farmacêutico no varejo, que os serviços nunca foram tão necessários durante o período da pandemia e que o farmacêutico tem a oportunidade de oferecer um diferencial técnico em três abordagens: cuidado em saúde, tecnologia e inovação em saúde e gestão em saúde. “O varejo precisa de multifuncionalidade, cuidado farmacêutico, capacidade de gerenciamento e conhecimento contínuo”, enumerou.

Dr. Rogério Lopes Jr. falou sobre as recentes mudanças que ocorreram no varejo farmacêutico e que apesar das dificuldades econômicas o mercado que não tem conhecimento de crise. “A gente tem que ter a farmácia que o cliente quer, não a dos nossos sonhos”, aconselhou.Da esq. p/ dir.: Dr. Felipe Carvalho, Dra. Fernanda Manzini e Dr. Alexandre CorreiaDa esq. p/ dir.: Dr. Felipe Carvalho, Dra. Fernanda Manzini e Dr. Alexandre Correia

Já a mesa redonda “Perfil do farmacêutico na Atenção Primária à Saúde” reuniu os palestrantes Dr. Felipe Carvalho, diretor da assistência farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Dra. Fernanda Manzini, farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, Dr. Alexandre Correia, docente e doutorando em Saúde Pública, com mediação do Dr. Israel Murakami, conselheiro do CRF-SP.

“Hoje temos diversos panoramas da atuação do farmacêutico na atenção primária. Temos experiências exitosas que nos mostram o quanto o farmacêutico integrado à equipe, que oferte ações e serviços de saúde voltados para o cuidado, podem impactar positivamente na saúde da população”, disse o Dr. Felipe.Da esq. p/ dir.: Dra. Ana Cláudia Camargo Miranda, Dra. Daniela Aquino e Dra. Natascha Trolesi CenachiDa esq. p/ dir.: Dra. Ana Cláudia Camargo Miranda, Dra. Daniela Aquino e Dra. Natascha Trolesi Cenachi

“O serviço de saúde precisa estar preparado para receber os residentes e ser o espaço para auxiliar na formação do aluno”, disse a Dra. Fernanda Manzini, sobre o desafio da formação do profissional da atenção primária à saúde e de sua experiência de residência farmacêutica em sua cidade, Florianópolis.

“As atividades de gerenciamento e abastecimento correspondem àqueles serviços vinculados diretamente aos medicamentos e os serviços de clínica farmacêutica correspondem às funções do farmacêutico diretamente vinculadas ao usuário, as atividades técnico-pedagógicas correspondem a funções vinculadas à coletividade”, afirmou Dr. Alexandre Correia, sobre a evolução do serviço de saúde e da assistência farmacêutica no serviço público em Alagoas.Da esq. p/ dir.: Dr. Walter da Silva Jorge João e Dr. Marcos MachadoDa esq. p/ dir.: Dr. Walter da Silva Jorge João e Dr. Marcos Machado

O último dia de debates do eixo educação teve ainda a palestra “Panorama geral do ensino em Radiofarmácia no Brasil”, com a Dra. Ana Cláudia Camargo Miranda, farmacêutica nuclear e coordenadora do Grupo Técnico de Trabalho em Radiofarmácia do CRF-SP; “Atuação das Entidades Farmacêuticas durante a pandemia de covid-19”, com Dr. Walter da Silva Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), e Dr. Marcos Machado, presidente do CRF-SP; “Desenvolvendo minha carreira - quando e como me planejar e me preparar para uma transição de área?”, com a Dra. Daniela Aquino, headhunter e coach focada nos segmentos farmacêutico, cosmético, químico e alimentício; e “Produtividade e Gestão do Tempo”, com a Dra. Natascha Trolesi Cenachi, coordenadora do Grupo Técnico de Trabalho de Farmácia Magistral do CRF-SP.Patrocinadores do Simpósio Tendências FarmacêuticasPatrocinadores do Simpósio Tendências Farmacêuticas

Carlos Nascimento
Departamento de Comunicação CRF-SP

CLIQUE AQUI PARA CONSULTAR OUTRAS NOTÍCIAS 

Fique atualizado sobre capacitações e informativos importantes do CRF-SP. Participe do grupo de WhatsApp e mantenha-se informado: https://chat.whatsapp.com/KG09Ci7QDtqBnGrL00gFTX

Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana. Conteúdo acessível em libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro ou Hozana.