Médicos alertam sobre os casos

São Paulo, 18 de março de 2019

Medicamentos são considerados ‘drogas’ líticas em prol de salvar vidas. Entretanto, há indícios de que algumas drogas carreguem em sua composição substâncias como tinta de impressora e até arsênico. Mas, como isso acontece?

Parece notícia falsa, mas casos assim foram reportados em grandes quantidades de medicamentos distribuídos no mundo, principalmente em países de terceiro mundo. Medicamentos como antimaláricos, antibióticos, cardiovasculares e oncológicos ganham cópias falsas e ineficazes, resultando na morte de cerca de 250 mil crianças, alertam médicos. Além destes, medicamentos relacionados ao estilo de vida, como o Viagra, são pioneiros no mercado de falsificações farmacêuticas.

Em artigo para o The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, médicos do governo dos EUA, grandes universidades, hospitais e empresas farmacêuticas alertam sobre o aumento de “medicamentos falsificados e abaixo do padrão” e ressaltam que essa questão se tornou “emergência de saúde pública”. Os profissionais pedem esforço internacional urgente para combater uma “pandemia de drogas ruins”.

Grande parte das falsificações tem como país de origem a China e a Índia. Além disso, os maiores índices de morte em decorrência de ingestão de medicamentos falsificados são em países onde há alta demanda por drogas e vigilância escassa no controle de qualidade e regulamentações, facilitando a infiltrações de gangues e cartéis farmacêuticos criminosos no mercado. Em casos de prisão, os responsáveis geralmente enfrentam apenas multas ou pequenas sentenças.

Além das falsificações, os índices de medicamentos de baixa qualidade – que não possuem ativos suficientes para funcionar ou não se dissolvem corretamente quando tomados – são outra grande preocupação. Estes agem como se uma pessoa ingerisse um placebo contra malária, não causará nenhum efeito benéfico.

Outros problemas graves, que acontecem em todo o mundo é a venda de medicamentos fora do prazo de validade ou se degradam por mau armazenamento.

De acordo com o relatório publicado, até 10% dos medicamentos vendidos em países de baixa e média renda são de má qualidade ou falsificações, custando para as economias locais entre US$ 10 bilhões e US$ 200 bilhões por ano. E o problema só piora: em 2008, a empresa farmacêutica Pfizer, uma das integrantes do grande estudo, identificou 29 dos seus medicamentos sendo falsificados em 75 países. Em 2018, esse número chegou a 95 produtos em 113 nações.

Resoluções futuras

Em anexo à denúncia, os médicos apresentaram algumas diretrizes para lidar o problema. Entre elas, a elaboração de um tratado global que regule a qualidade dos medicamentos e regular o julgamento de crimes nesse ramo. Além de maior apoio ao programa de vigilância de medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Departamento de Comunicação CRF-SP (Fonte: Superinteressante)

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