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Revista do Farmacêutico

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 125 - MAR - ABR / 2016

TÉCNICA E PRÁTICA

  

Logotipo da campanha Farmacêuticos Contra H1N1

 

O que você sabe sobre a H1N1?

Tire suas dúvidas sobre as causas, sintomas, tratamentos e prevenção da epidemia de gripe que chegou mais cedo neste ano

 

O número de mortes não para de subir. Dessa vez, ela chegou mais cedo em todo o país, no início do outono, e tem aterrorizado ainda mais a população que já redobrava seus cuidados contra outras doenças como a dengue, zika e chikungunya. 

A gripe H1N1, ou gripe suína, exige cuidados especiais com automedicação, tratamento, higiene e outros itens essenciais sobre os quais o farmacêutico precisa estar atento para orientar seus pacientes.

Abaixo, a Revista do Farmacêutico traz orientações da assessora técnica do CRF-SP, dra. Amouni Mourad, do Ministério da Saúde e de outras instituições e profissionais que abordam os cuidados com a doença.

 

SINTOMAS E COMPLICAÇÕES 

Logo no início, um fator complicador para o profissional da saúde que recebe o paciente é a identificação dos sintomas da H1N1, que são semelhantes aos da gripe comum, como febre alta, tosse e, em alguns casos, dor de cabeça e no corpo, garganta inflamada, falta de ar, cansaço, diarreia e vômitos. 

CRF-SP lançou alerta no portal www.crfsp.org.br e a campanha “Farmacêuticos contra a H1N1”CRF-SP lançou alerta no portal www.crfsp.org.br e a campanha “Farmacêuticos contra a H1N1”Já em relação à principal complicação da doença, que também é comum entre os dois tipos de gripe, estão a pneumonia e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que costumam ser as causas das mortes.

Para tanto, o farmacêutico deve avaliar os sintomas que indicam ocorrências de complicações como a dificuldade respiratória; a dor torácica para respirar; pressão arterial baixa; alterações da consciência; desorientação e vômitos persistentes.

De acordo com a dra. Amouni, é importante ressaltar ainda que as complicações são mais comuns nos pacientes que pertencem aos grupos de risco como crianças menores que 5 anos, idosos com mais de 65 anos, indivíduos menores de 19 anos que fazem uso crônico de ácido acetilsalicílico, grávidas, indivíduos com doenças pulmonares, incluindo asma, bronquite e enfisema, com doença cardiovascular (exceto aqueles com hipertensão isolada), insuficiência renal, insuficiência hepática/cirrose, diabetes, anemia falciforme, imunossuprimidos, incluindo pacientes com Aids, desnutridos e com obesidade mórbida.

Outra atenção que o farmacêutico deve ter é em relação ao uso de antiviral, que só está indicado em pacientes com sinais de gravidade ou que pertençam ao grupo de risco. “Pessoas fora do grupo de risco e com sintomas leves não correm risco de morte, e, por isso, não necessitam da droga”, ressalta.

Uma boa alternativa é a vacina anual contra a gripe que, segundo o Ministério da Saúde, desde 2010, é capaz de imunizar os pacientes contra a cepa H1N1 que provocou a pandemia de 2009.

ANTIVIRAIS

O tratamento com antivirais diminui a incidência de complicações e encurta o tempo de doença, favorecendo a quebra da cadeia de transmissão. 

Os principais fármacos usados no tratamento da gripe são o oseltamivir (Tamiflu®) ou o zanamivir (Relenza®), vendidos sob prescrição médica.

O medicamento funciona melhor se tomado nas primeiras 48 horas de sintomas.

O Centers for Disease Control and Protection (CDC) também indica o uso do oseltamivir ou do zanamivir para tratamento e/ou prevenção da infecção pelos vírus da influenza suína. 

Segundo eles, “medicamentos antivirais são drogas (comprimidos, líquidos ou inaláveis) que combatem a gripe evitando que os vírus se reproduzam em seu corpo. Se o paciente adoecer, os medicamentos antivirais podem tornar a doença mais branda e fazer com que a recuperação seja mais rápida. Eles também evitam complicações graves da Influenza. Para o tratamento, os medicamentos antivirais funcionam melhor se forem administrados logo após a pessoa adoecer (em até dois dias depois do início dos sintomas)”.

Os casos leves, como resfriados, devem ser tratados com medicamentos para o alívio dos sintomas (analgésicos, antipiréticos, descongestionantes nasais etc).

De acordo com o portal do médico Drauzio Varella, analgésicos e antitérmicos, como o paracetamol e a dipirona, são úteis para baixar a febre e acalmar outros sintomas. “Já os medicamentos que contêm AAS devem ser evitados, especialmente pelas crianças. Em especial, devido ao surto de dengue.  Repouso, beber bastante líquido e lavar as narinas com soro fisiológico também são medidas que auxiliam a atravessar o período de mal-estar, enquanto o corpo se encarrega de debelar a infecção. Os antibióticos não exercem nenhum efeito contra esses vírus. Por isso, seu uso é contraindicado nesses casos”.

 

ALERTA DO CRF-SP

O CRF-SP tem trabalhado para que as farmácias reforcem o seu papel de estabelecimentos de saúde e o farmacêutico de profissional preparado para fornecer informações adequadas, principalmente diante de epidemias e surtos de doenças. Nesse sentido, no início de abril, quando começaram as transmissões pela H1N1, a entidade lançou um alerta para os profissionais que aborda o que é, o agente causador, os sintomas, as medidas de prevenção, a vacina, entre outros. Para ter acesso ao alerta, vá ao portal do CRF-SP. 

Além do alerta, lançou a campanha “Farmacêuticos contra o H1N1” e disponibilizou uma capacitação por meio da Academia Virtual de Farmácia. Para participar, acesse o site ensino.crfsp.org.br/moodle, caso já seja inscrito, clique no ícone azul de capacitações e, em seguida, no item Capacitação Influenza - com ênfase na H1N1. Então, surgirá o botão azul “Inscreva-me”. Pronto, você já tem acesso à capacitação.

Caso nunca tenha acessado a Academia Virtual de Farmácia, favor entrar em contato com a Secretaria dos Colaboradores, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 Por Mônica Neri

 

Fontes: Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, Portal MD.Saúde, Secretaria de Educação do Estado do Paraná, Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, Ministério da Saúde  

 

Diferenças entre os sintomas da gripe comum e da gripe A

 

Influenza A - medidas para prevenção

 

 

     

     

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