Revista 106 - Artigo



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PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 106 - FEV / MAR / ABR / 2012

Revista 106 setinha Artigo


Mais próximo ao paciente

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Dr. Marcos Machado Ferreira é diretortesoureirodo Conselho Regional deFarmácia do Estado de São Paulo  (Foto: Chico Ferreira / Agência Luz)


Cem milhões de exames laboratoriais são realizados anualmente, de acordo com dados do DATASUS/Ministério da Saúde. Dados que mostramum setor em expansão e que deve ser olhado deperto pelos profissionais de saúde. Dados do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) também indicam crescimento no setor. No início de 2010, eram 524 laboratórios de análises clínicas registradosno CRF-SP. Passados dois anos, o número de registros subiu para 649, crescimento médio de 15% ao ano nos últimos dois anos. Especialmentepara farmacêuticos, a área de Análises Clínicas e Toxicológicas deixou de ser isolada e passou a interagir com outros segmentos como o da farmácia e drogaria, por exemplo.

Ao vislumbrar os benefícios dessa aproximação entre as áreas, o CRF-SP passou a investir em cursos e palestras de aprimoramento profissional voltados às análises clínicas e focados nos farmacêuticos que atuam na dispensação, como foi o caso do curso de interpretação de exames laboratoriais, composto por dois módulos.

Hoje, torna-se diferenciada uma farmácia que, ao colocar em prática o conceito de estabelecimento de saúde, conte com um farmacêutico conhecedor de técnicas de interpretação de exames para que oriente os pacientes no dia a dia. Quantos são os casos de medicamentos que interferem em um resultado, por exemplo? Quantas interações medicamentosas podem dificultar ou mascarar um diagnóstico? São essas informações fundamentais que o farmacêutico tem que estar preparado para disseminar, afinal é mais um serviço à disposição na farmácia e drogaria.

Apesar da demanda alta ser uma realidade, o setor de exames laboratoriais passa por adaptações, já que nos últimos anos foi dominado por grandes redes de laboratórios. Digo adaptações e não dificuldades, porque há uma série de caminhos que podem ser trilhados pelos laboratórios de pequeno e médio porte para driblar esse obstáculo. Um deles é o associativismo, ou seja, as compras e a realização de exames de média e alta complexidade em conjunto. Sem dúvida esse tipo de união proporciona a redução de custo, sem interferir na qualidade.

Outro importante caminho e que, em minha opinião, como gestor de um centro de diagnósticos, é ferramenta imprescindível para destacar-se perante as redes, é a personalização do atendimento. Cada vez mais o farmacêutico deve aproximar-se do médico e principalmente do paciente. Esse contato não é característica dos grandes centros, tendo em vista a demanda. É se fazendo presente que o farmacêutico deve mostrar seu trabalho, oferecendo orientações que podem contribuir com o tratamento e, assim, obter resultados positivos como a recuperação da saúde e a consequente fidelização do paciente.

 

 

 

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