Revista 106 - Mês do Farmacêutico 2012 - Sucesso começa com atitude



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PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 106 - FEV - MAR - ABR / 2012

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Sucesso começa com atitude

Max Gehringer (Foto: Chico Ferreira / Agência Luz)

Max Gehringer, em sua carreira profissional, chegou a cargos de direção de Recursos Humanos de uma grande multinacional de alimentos. Hoje é articulista, palestrante e colaborador de vários meios de comunicação, sempre tratando de temas como profissão e carreira no mundo corporativo. Antes de fazer a palestra mais aguardada do dia, durante o XII Encontro Paulista de Farmacêuticos, ele conversou com Revista do Farmacêutico.  

Por Davi Machado

Revista do Farmacêutico - Atitude é importante para o desenvolvimento do profissional?
Max Gehringer - Sim. A quantidade de diplomas e a experiência que a pessoa tem define sua contratação, quer dizer, já foi decidido na contratação que aqueles diplomas e aquela experiência eram suficientes, o que se exige dali para frente é um repertório de atitudes, de comportamentos, que ninguém aprendeu na escola e vai ter de aprender na prática, alguns aprendem só na marra. O que leva uma pessoa para frente na carreira é resultado, que sempre fala mais alto do que qualquer coisa. Outra forma de ter atitude é saber se relacionar com os companheiros de trabalho. Bom relacionamento com os colegas de trabalho e contato permanente com as pessoas é fundamental para que o profissional seja lembrado no momento que surgir uma oportunidade de promoção e de mudança de emprego.

RF - Networking então é fundamental?
MG - Sim, é fundamental. A rede de relacionamentos é uma das coisas mais preciosas que um profissional pode ter no mercado de trabalho. Eu preciso que alguém se lembre de mim constantemente porque, se aparecer uma vaga  em uma empresa, eu preciso ser um nome lembrado. É fundamental conhecer pessoas porque, se algum dia ocorrer um problema e eu perder meu emprego, preciso ter uma lista de pessoas a quem  possa escrever rapidamente e informar que estou em disponibilidade. O sujeito espera passar dez anos sem se comunicar com ninguém porque acha que está bem na vida e que não precisa dos outros.  Aí acontece de perder o emprego e depois de dez anos ele pega o telefone e liga para um antigo colega e diz: oi, lembra de mim? E o outro diz: não! Ué, é claro que não. É preciso não se isolar no mercado de trabalho e nem dentro da empresa. Conhecer pessoas, organizações, fazer cursos de curta duração. É necessário aparecer e manter contato permanente com as pessoas.

RF - Há quem tenha uma visão negativa do marketing pessoal, que isso é apenas “querer aparecer”.
MG - Existe uma fronteira entre o marketing pessoal e o “puxa-saquismo”, entre o marketing pessoal e o camarada que quer aparecer sem ter substância para aparecer, ele acha que não precisa fazer nada porque se ele for o cara mais simpático da empresa vai se dar bem. Às vezes isso até acontece, mas não é tão normal assim. É preciso saber juntar as duas coisas, resultados e simpatia.

RF - Como fazer marketing pessoal de uma forma tranquila, natural?
MG - Nosso nome é nossa primeira marca registrada. Então vai uma dica: se você está sendo apresentado a uma pessoa ou esta conversando com uma pessoa que acabou de conhecer, repita o seu nome várias vezes durante a conversa. É muito ruim quando você está conversando com alguém e não sabe o nome da pessoa. Se essa pessoa falou cinco vezes o seu nome durante a conversa é muito mais provável que eu vá lembrar seu nome daqui algum tempo do que se você não falar seu nome. Isso funciona. Eu estou ali no meio de um batalhão de funcionários. Uma maneira de começar a me marcar é eu repetir o meu nome. Isso é marketing pessoal.

RF - Mas como fazer isso sem parecer pedante?
MG - Vou dar um exemplo: muita gente sempre  perguntou a origem do meu nome, acham que sou estrangeiro. Não sou estrangeiro, sou brasileiro, paulista, nascido em Jundiaí. Mas meu pai é suíço e minha mãe, italiana. Aproveito a deixa e conto logo uma breve história de família sobre a origem do meu nome. Pronto, isso já ajuda a fixar meu nome. Outro exemplo: Conheci um sujeito da área de informática chamado Rogério, isso numa época em que informática era mais que novidade, era um mistério. O Rogério trabalhava na área de Suporte e criou um slogan com o próprio nome que era assim: com Rogério não há mistério. Resultado: todo mundo na empresa conhecia o Rogério. Cada um precisa encontrar uma forma natural de divulgar o próprio nome. Outra forma de se tornar conhecido é ser voluntário em tudo que ocorre na empresa. Qualquer comitê, grupo de discussão, Cipa, seja o que for. Precisa de voluntário, seja voluntário. Porque quanto mais o meu nome ficar conhecido, maior é a probabilidade de meu nome ser lembrado numa promoção. Sério, já participei de reunião em que um profissional deixou de ser promovido porque ninguém lembrava o nome dele. É importante também procurar divulgar aquilo que se faz. É claro que não se deve, cada vez que se faz algo, sair falando, porque soa pedante, mas é possível escrever uma matéria para o jornal interno da empresa explicando o que eu fiz, qual foi o meu projeto, agradecer a participação de todo mundo nele. É necessário estar atento a todas as possibilidades de divulgar o próprio nome de uma forma natural, sem forçar a barra.

O CRF-SP agradece aos patrocinadores que tornaram possível o XII Encontro Paulista de Farmacêuticos

 

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