Entrevista com pesquisadora líder, Dra. Elisabeth Pizzolitto
xix-congresso trabalhos-cientificos manchete 08 06São Paulo, 09 de junho de 2017.
O XIX Congresso Farmacêutico de São Paulo irá reunir o que há de mais avançado em pesquisa, seja ela produzida por jovens cientistas, quanto por aqueles mais experientes. Na edição de 2015, o tralho da dra. Elisabeth Loshchagin Pizzolitto, pesquisadora líder há mais de trinta anos de grupo de pesquisa, registrada no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sobre “Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, com o desenvolvimento de estudos relacionados às bactérias multidroga resistentes”, recebeu menção honrosa por sua atuação. Veja na entrevista abaixo o que ela diz sobre a importância do reconhecimento do Congresso Farmacêutico de São Paulo para a pesquisa nacional:
- Quais atividades a senhora desenvolve na Unesp?
Atualmente, exerço minhas atividades como professor voluntário, ministrando as disciplinas optativas “microbiologia e farmácia clínica” e “Sistema Único de Saúde e as análises clínicas”, aos alunos de graduação do curso de farmácia bioquímica. E a disciplina “microbiologia clínica” no curso de especialização em “análises clínicas e hemoterapia”, oferecido pela pós-graduação.
As atividades de docência, pesquisa e extensão foram exercidas na Coordenadoria de Análises Clínicas e Hemoterapia (CACH), do Núcleo de Atendimento à Comunidade (NAC), da Unidade Auxiliar de Estrutura Complexa, campus de Araraquara (UNESP). Na CACH, trabalhamos no Centro de Referência Diagnóstica (CRD) que abriga o laboratório de análises clínicas. E, onde fomos responsáveis por mais de trinta anos, pelo setor de Microbiologia Clínica – na execução de procedimentos bacteriológicos (isolamento, identificação de bactérias patogênicas e testes de sensibilidade aos antimicrobianos), conforme solicitação médica. O resultado do diagnóstico bacteriológico auxilia farmacoterapia das doenças infecciosas.
Na pesquisa somos líder de grupo de pesquisa, registrado no CNPq – “Infecção Relacionada à Assistência à Saúde”, com o desenvolvimento de estudos relacionados às bactérias multidroga resistentes.
- Explique resumidamente qual foi o objetivo da pesquisa apresentada no congresso?
Por meio de dados microbiológicos, com foco na vigilância epidemiológica, o objetivo foi detectar patógenos, de importância hospitalar, resistentes aos fármacos antibióticos. Os autores desse estudo relataram que entre as enterobactérias isoladas, destacou-se Klebsiella pneumoniae resistente a ertapenem, meropenem, ceftazidima, cefepime e cefoxitina. Os dados obtidos mostram que os patógenos resistentes a mais de um antibiótico, devem ser controlados quanto à disseminação e ao uso de antimicrobianos.
- Como foi a experiência de apresentar o trabalho e ser premiada? Qual foi a importância?
- A experiência de ter trabalho premiado em congresso sempre é magnífica, funciona como estímulo, e ainda traduz o reconhecimento da importância de um estudo. Um trabalho premiado em congresso mostra que o caminho da pesquisa é a contribuição para a ciência e para a sociedade. A premiação é sempre uma gratificante surpresa e não esperava por isso.
- A senhora recomenda que outros pesquisadores também submeta trabalhos em Congressos?
Sim, recomendo que os trabalhos sejam submetidos, apresentados e publicados em anais de congresso. É esse o momento de divulgar as pesquisas, de levar o saber para fora dos laboratórios e contribuir para o crescimento pessoal e ao desenvolvimento científico do estudante e do profissional farmacêutico. A sociedade, a ciência e a tecnologia necessitam de bons propósitos.
Participe você também do XIX Congresso Farmacêutico de São Paulo submetendo seu trabalho científico. As inscrições estão abertas até o dia 30 de junho. Os resumos devem ser inéditos, ou seja, não terem sido publicados em nenhum congresso previamente e redigidos dentro da formatação descrita nas normas.
Clique aqui, veja o regulamento e inscreva-se.
Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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