Experiências com automação e rastreabilidade são apresentadas durante evento
São Paulo, 24 de outubro de 2016.
O III Espaço Âmbito Farmacêutico, realizado no sábado, 22, também contou com o Seminário de Farmácia Hospitalar, cujo tema central foi a automação do setor. Ao longo do dia, os participantes assistiram a diversos painéis sobre as experiências realizadas em hospitais paulistas e sobre sistemas de rastreabilidade.
Na abertura dos trabalhos, o presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, afirmou que a automação da Farmácia Hospitalar é um tema oportuno por se tratar de uma importante ferramenta no processo de adaptação à Lei nº 13.021/14 por que passam os hospitais. “A automação se faz mais que necessária porque se encarrega de fazer todo o trabalho mecanizado deste setor, já que não é para isso que o farmacêutico está lá; seu papel é zelar pela saúde e promover o uso racional de medicamentos”.
Pela manhã, foram apresentadas as experiências de automatização implementadas em hospitais. Farmacêutica da Amil United Health Group, a dra. Aline Frossard Bortoluzzi contextualizou o tema com dados sobre erros de medicação. Estima-se que, por ano, esta seja a causa da morte cerca de 7 mil norte-americanos, e que este problema contabilize um custo de US$ 3,5 bilhões anualmente. Dra. Aline explicou que tais erros podem ocorrer em qualquer etapa do sistema do uso de medicamentos, sendo: prescrição (56%), transcrição (6%), dispensação (4%) e administração (34%).
Dra. Débora Mantovani, farmacêutica do Hospital Sírio-Libanês, detalhou as dificuldades observadas antes da implementação da automação da farmácia hospitalar. Falta de espaço para o armazenamento, excesso de processos manuais, dificuldades no controle de estoques locais das unidades de internação e alta taxa de devolução dos produtos são alguns dos problemas citados pela dra. Débora.
Rastreabilidade
Os processos de implementação da rastreabilidade foram abordados nas apresentações do período da tarde. Um dos ministrantes foi o dr. Renato Mateus Fernandes, farmacêutico do Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo, que afirmou que a implantação de tecnologias em um centro hospitalar é uma etapa crítica, uma vez que precisa garantir que toda informação do medicamento percorra as etapas da assistência farmacêutica.
“O grande desafio para as farmácias hospitalares de hospitais públicos é garantir a segurança do paciente por meio da rastreabilidade de medicamentos, visto a complexidade dos processos da equipe da saúde”, disse o dr. Renato.
A experiência de rastreabilidade do Hospital Israelita Albert Einstein foi detalhada pelo dr. Nilson Gonçalves Malta, farmacêutico que atua no local. Ele contextualizou a questão citando a legislação pertinente ao setor, tais como a Lei 11.903/09, RDC 54/13, IN 6/2014 e o PL 4.069/15, que pode vir a substituir a Lei 11.903/09. Por fim, a dra. Ana Paula Giorgenon, farmacêutica avaliadora de Sistemas de Saúde através da Metodologia da Organização Nacional de Acreditação (ONA), apresentou os critérios adotados pela entidade para certificar e qualificar os serviços de saúde no Brasil, e que incluem os serviços de rastreabilidade.
Renata Gonçalez
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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