Alunos do último semestre de Farmácia desenvolvem Plenária Ética Simulada
São Paulo, 10 de junho de 2016
O caso é complicado: uma criança quase ficou cega por um erro da equipe de saúde de um hospital, que aplicou medicamento dispensado por técnicos com concentração errada no dia de folga da farmacêutica responsável pela farmácia do hospital. A prescrição também estava incompleta. E o erro foi considerado multidisciplinar pelo hospital, que demitiu os envolvidos.
Com esse caso nas mãos, os estudantes do último semestre de Farmácia da Universidade São Francisco realizaram, nos últimos dias 8 e 9, a 3ª Plenária Ética Simulada, que ocorreu em Bragança Paulista e em Campinas e contou com a presença da diretoria do CRF-SP e de autoridades ligadas à universidade.
Com o objetivo de vivenciar a ética profissional, os estudantes dramatizaram uma sessão plenária ética do CRF-SP. Para o presidente do conselho, dr. Pedro Menegasso, é uma iniciativa muito importante para melhoria da profissão e da educação farmacêutica. “Exercer uma profissão não é apenas ter domínio técnico sobre a atividade, mas também entender de sua responsabilidade ética”.
Dr. Marcos Machado, diretor-tesoureiro do Conselho, também elogiou a atividade. “Em um momento em que o Brasil enfrenta uma crise moral, o evento vem para mostrar que a ética deve ser exercida não somente após a formatura, mas em todos os tipos de relações, sendo elas pessoais ou profissionais, e em todos os momentos da vida”, ressaltou.
O secretário-geral, dr. Antônio Geraldo dos Santos, afirmou a dificuldade de julgar um farmacêutico da melhor maneira possível. “É duro para o CRF julgar um colega, pois somos todos farmacêuticos. Quando um profissional erra, a profissão toda sai perdendo. Mas temos que pensar no melhor para a sociedade e protegê-la de maus profissionais”.
Também participou da abertura do evento o diretor presidente da entidade e mantenedora da USF, Frei Thiago Alexandre Hayakawa. “No registro do 1º projeto pedagógico da USF já consta o objetivo de formar humanos éticos e preocupados com o outro”, lembrou, “Que bom ver esse tipo de atividade mantendo esse intuito”.
Professores
A diretora do Campus Bragança Paulista, professora Márcia Antônio, é uma das idealizadoras do projeto. Em sua fala, ela agradeceu o apoio do CRF-SP. “Pela terceira vez celebramos um sonho de muitos anos atrás. E para esse sonho ser sonhado em sua plenitude, encontramos um parceiro que nos apoiou e sonhou conosco, que foi o CRF”.
Professor Carlos Eduardo Pulz Araújo, coordenador do Curso de Farmácia da USF do Campus de Bragança Paulista, também falou da importância da parceria conselho-universidade. “Para nós é um motivo de orgulho convidar entidades profissionais para apresentar um projeto como esse, que mostra que nos importamos com a ética e com o amor pela profissão”, apontou.
Dra. Michelle Polli Parise, coordenadora do Curso de Farmácia da USF do Campus Campinas, essa é uma atividade que melhora a cada ano. “É uma vivência que já está se incorporando à cultura da universidade. Por meio dela, os alunos começam a entender, ainda mais, importância da ética farmacêutica dentro da profissão, assim como entender a importância do CRF para a profissão farmacêutica”, ressaltou.
Já o dr. Rodinei Veloso, professor de Deontologia e Ética da USF e responsável pela atividade, apontou o esforço dos estudantes. “Quando tivemos o desafio de fazer a primeira plenária ética simulada, pensamos se ia dar certo. Deu muito certo e continuamos acertando graças à parceria com o CRF, o apoio da universidade e o comprometimento dos alunos”, afirmou.
Mônica Neri
Assessoria de Comunicação CRF-SP
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