Profissionais do setor têm intensa programação
São Paulo, 27 de junho de 2016.
Com o tema “Integrar, inovar e empreender”, acontece nesta semana no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, o 43º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC), promovido pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) com apoio do CRF-SP. Trata-se do mais importante evento do setor no país, e que volta a ser realizado em São Paulo após 23 anos. Até a próxima quarta-feira, 29, uma extensa programação científica está à espera dos profissionais do setor, abordando temas nas áreas de hematologia, microbiologia, parasitologia, bioquímica, imunologia, citologia, gestão laboratorial, qualidade laboratorial, toxicologia, genética forense, farmácia clínica e tópicos especiais (autotestes, testes rápidos, point of care).
Além de apoiador, o CRF-SP marca presença no evento com a participação de seus representantes em diversas atividades. Pela manhã, um dos destaques foi a mesa-redonda “Aspectos éticos e legais da atividade laboratorial”, tendo como palestrantes a gerente da Secretaria Geral das Comissões de Ética do CRF-SP, dra. Luciane Maria Ribeiro Neto, e o advogado Daniel Silveira.
Durante o evento, dra. Luciane pontuou: "Entre as infrações éticas e disciplinares relacionadas à área de análises clínicas previstas na Resolução CFF n. 596/2014, estão participar de experiências e pesquisas não aprovadas, assinar laudo em branco, imperícia, negligência e imprudência, prática de ato fraudulento, receber ou receptar mercadorias em desacordo com a legislação, violar o sigilo de fatos e informações, exceto os de dever legal, falsificação de documentos e reativos ou reagentes com desacordo”.
O presidente do 43º CBAC e diretor-tesoureiro do CRF-SP, dr. Marcos Machado, também contribuiu no debate, além de ter circulado pelos estandes e atividades científicas do evento.
À tarde, o CRF-SP também integrou a mesa-redonda “Lei 13.003/14 – Resoluções Normativas da ANS”, com participação do dr. Marcos Machado, que afirmou: “A Lei 13.003 é uma conquista para os prestadores e sociedade, mas a regulamentação trouxe algumas dificuldades, principalmente porque a lei deixou brechas e as operadoras de saúde fizeram suas próprias interpretações. Sendo assim, ainda há muito para avançar. ”
Integrar, inovar e empreender
Na noite de domingo, 26, autoridades e representantes de diversos segmentos da Farmácia, entre os quais a diretoria do CRF-SP, Conselho Federal de Farmácia (CFF), International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (IFCC), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC), entre outras, participaram da solenidade de abertura do 43º CBAC.
Em seu discurso, dr. Marcos Machado afirmou que “inovar e empreender” são atividades que os proprietários de laboratórios empregam todos os dias em seus locais de trabalho, e que a programação do evento reflete um dos pilares mais importantes para a SBAC: a sustentabilidade do setor.
“Todos os temas que serão discutidos ao longo desses três dias foram escolhidos com o intuito de debater e contribuir para a melhoria da saúde de uma sociedade tão necessitada, como a nossa”, disse o diretor-tesoureiro do CRF-SP.
O presidente da SBAC, dr. Jerolino Lopes Aquino, destacou a representatividade dos congressistas, vindo de todas as regiões do país. “Isso muito nos orgulha e aumenta nossa responsabilidade em promover um evento com debates de alto nível. São muitos os problemas que impactam o setor de Análises Clínicas, entre os quais a imensa carga tributária e uma legislação que impede que sejamos competitivos. Por isso, cobrar soluções para esta insustentável situação é o principal motivo de estarmos hoje aqui”.
O deputado e atual ministro interino do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), prestigiou a solenidade de abertura e reafirmou o compromisso de defender os interesses do setor no Congresso Nacional, por meio da Frente Parlamentar em Defesa dos Laboratórios de Análises Clínicas, criada em 2015 e da qual ele faz parte. “Realizamos, desde então, uma verdadeira cruzada pelo Brasil a fim de quebrar paradigmas e entender a realidade dos empresários. No caso dos laboratórios, nossa luta é pelo reajuste dos serviços prestados, isenção tributária para os que prestam serviços para o SUS e destinação de linha de crédito diferenciada para o setor”.
De acordo com o ministro, a Frente Parlamentar tem programadas, ainda para este ano, três audiências públicas para discutir estas questões.
Mônica Neri e Renata Gonçalez
Assessoria de Comunicação CRF-SP