PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nº 130 - MAI - JUN - JUL/2017

 

Palavra do ministrante

Envelhecimento Cutâneo: Bioquímica e Sinais Clínicos

Dr. Luiz Gustavo Martins Matheus

 

O conhecimento dos fenômenos biológicos do envelhecimento orgânico chega ao nível do genoma e do proteoma, mas nossa compreensão das causas básicas do envelhecimento ainda não está bem clara. Evidente que não está tão primitiva quanto há um século atrás, mas ainda necessita de mais discussão sobre as teorias do envelhecimento ou da longevidade orgânica existente.

Isso mesmo, longevidade é a palavra mais utilizada quando se estuda o envelhecimento orgânico, e é definida pelo período de tempo no qual se pode esperar que uma pessoa viva. Os estatísticos utilizam o termo “expectativa de vida”. A ciência nos relata que o organismo humano pode viver cerca de 120 a 130 anos, mas este tempo é variável de acordo com a qualidade de vida gerada pelo resultado dos hábitos de vida versus a evolução da medicina disponível.

O envelhecimento orgânico se deve à perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do organismo às condições mutáveis do meio ambiente. Todo o organismo chega a uma fase regressiva de seu ciclo vital, manifestada por distúrbios anatômicos, fisiológicos e bioquímicos. Um dos primeiros e mais evidentes sinais do envelhecimento são as rugas, que ficam mais profundas com o passar do tempo. O tempo também faz com que as substâncias que mantêm a nossa pele suave diminuam. Entre elas estão o colágeno, a elastina, o ácido hialurônico e as glicoproteínas.

Com o passar do tempo, o processo de envelhecimento interno predeterminado pelos nossos genes, juntamente com o estresse oxidativo causado por fatores externos como, por exemplo, a exposição à luz solar, começam a afetar a aparência da pele. A principal teoria do envelhecimento é a dos radicais livres (ROS), que promovem alterações nas células, muitas vezes acima da normalidade, levando à apoptose celular ou até mesmo a doenças degenerativas. Estas alterações podem ser medidas por exames clínicos de sangue e plasma através de marcadores biológicos (genes supressores CDKN2A; VEGF; Integrinas; Ciclina D1; IL-1; PPAR alfa/beta; Apaf-1; Caspase; TNF alfa, entre outros), e após o diagnóstico encontrar tratamentos efetivos para reverter o envelhecimento precoce e proporcionar melhor qualidade de vida.

“A prevenção do envelhecimento é uma arte de vida que se cultiva desde a infância até a maturidade. Isso não é Mito, é Realidade.” 

Dr. Luiz Gustavo Martins Matheus é farmacêutico-bioquímico pós-graduado em envelhecimento e imunologia da pele pela Universidade de Paris, especialista em dermatologia cosmética pela Universidade de Vrije, em Bruxelas, pós-graduado em MBA executivo pela FVG – SP, especialista em gestão empresarial na Fundação Dom Cabral – SP. Atualmente é CEO América Latina da MAPRIC – GREENTECH e Diretor Técnico da ABC - Associação Brasileira de Cosmetologia.

Dr. Luiz Gustavo Martins Matheus irá ministrar a palestra envelhecimento cutâneo:bioquímica e sinais clínicos

 

 

 

     

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