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CLIPPING 08/05/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde


Medicamentos 

 

Anvisa suspende lote de dipirona sódica
07/05/2015 - O Estado de S.Paulo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu ontem a distribuição, venda e uso de um lote de dipirona sódica da marca Dipifarma.
Segundo laudo, o lote L-DP13G082 da solução injetável de 500 mg/ml “apresentou resultado insatisfatório no ensaio de aspecto”. A Anvisa estabelece que a Farmace, fabricante do remédio, recolha todo o estoque disponível em farmácias do País. Os representantes da empresa não foram localizados para comentar o assunto.



Nova lei pode abrir oportunidade para as empresas de logística de remédios
08/05/2015 - DCI

Da indústria ao consumidor, passando pelos distribuidores e operadores de logística, o SNCM deve estar implantado até o final de 2016. Contudo, ainda em outubro deste ano a expectativa é de que o projeto-piloto já deva estar pronto.
Com o SNCM, um conjunto de procedimentos para o rastreamento de medicamentos será obrigatório. Isso por meio de informações previamente registradas no sistema, que deve conter identificação exclusiva do produto, prestadores de serviço e usuários. Além disso, em cada etapa de produção, importação, distribuição, transporte, armazenagem, dispensação e outros movimentos previstos deve haver um registro, para que o sistema trace a rota e o histórico do medicamento.
A principal mudança para as empresas de logística será o controle unitário do remédio. Antes, a checagem era realizada por lote. Agora, cada unidade de medicamento deverá possuir um código bidimensional Datamatrix, que terá de conter o número de série, o registro, o lote e a data de validade. Ou seja, mesmo que a caixinha do insumo seja separada de seu lote, ainda será possível identificar para onde ela foi enviada.
O objetivo da lei é reduzir a quantidade de medicamentos falsificados, adulterados, desperdiçados por manuseio incorreto ou roubados. Remédio é um dos produtos mais visados por quadrilhas, segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). "Com o controle tecnológico e eletrônico, não haverá a possibilidade do paciente receber o remédio incorreto, além de reduzir a possibilidade de contrabando", afirma o professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Eduardo Mario Dias.

Ganho de produtividade

Segundo a Anvisa, no período de 2000 a 2006, cerca de 800 mil pessoas no mundo morreram por conta de falsificação, contrabando e roubos. No Brasil, o contrabando chega a representar uma perda de R$ 8 bilhões por ano e cerca de 20% dos medicamentos em circulação são falsos. A média mundial é 10%, de acordo com dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para o especialista, mesmo que a implantação seja realizada por etapas, as empresas envolvidas devem estar reparadas para o projeto piloto. "Apenas desta forma conseguiremos checar as relações de toda a cadeia da indústria farmacêutica para ver se vai dar certo e qual o impacto em cada companhia do setor", analisa o professor.

Investimentos

"O maior foco da mudança está na indústria, mas as operadoras logísticas e distribuidoras também deverão se adaptar para proporcionar parte da informação, além de melhorar o processo de controle serial e o nível de separação de pedido. A produtividade e a profissionalização são necessárias", analisa a gerente de logística da operadora e transportadora Ativa, Elisa Pellinni. Para ela, o mercado pode passar por um momento de consolidação, onde empresas que não conseguirem se adaptar podem sumir. "Somos poucos, e quem ficar será mais valorizado", ressalta.
Para Elisa, as empresas que não atuavam com os sistemas automatizados devem sofrer intensamente o impacto. "Com o Datamatrix não será possível fazer leitura manual sem o equipamento de dados".
Entre os investimentos que a Ativa realizou estão horas de desenvolvimento para um novo sistema que suporte toda a informação, espaço de armazenagem de dados em nuvem, além da compra de escaners que leiam o código Datamatrix e coletores. "O investimento deve ficar em torno de R$ 300 mil e R$ 350 mil para o aporte em tecnologia e entre R$ 20 mil e R$ 30 mil nos equipamentos de leitura", afirma Elisa. Ela menciona também que o gasto em material é menor, porque no ano anterior (com a possibilidade da lei) já havia dobrado seu pedido de equipamentos de leitura.
Ainda segundo a executiva, o desafio está em cumprir o prazo para o projeto piloto. "Para esta fase, a indústria deve implementar o sistema em três lotes, mas para nós operadoras seria mais fácil ter a mudança de uma vez. Desta forma teremos que operar nos dois formatos".
Já o diretor da Prosperity Consulting, especializada em logística, Décio Tarallo, afirmou que na primeira etapa as transportadoras terceirizadas (que apenas realizam o translado e não armazenam) não devem se preocupar. Mas, as operadoras deverão participar do piloto para mostrar às clientes que conseguirão realizar o processo.
"A rastreabilidade está sendo realizada não apenas no Brasil, mas em outros países. Uma das maiores causas de óbito no mundo é a aplicação incorreta do medicamento. O consumidor é o foco da mudança, mais do que a segurança porque hoje temos sistema que controlam essa parte", conta. Questionado sobre a margem de lucro, o especialista acredita que deve reduzir um pouco. "O custo das operadoras será repassado para a indústria e consequentemente para o consumidor", diz.

Distribuidoras

O diretor executivo da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Geraldo Monteiro, explica que para amenizar o impacto e tornar o processo mais viável, a entidade tem mantido contato com a Anvisa para repassar material técnico sobre o segmento. "Medidas assim sempre melhoram o processo, mas as políticas adotadas devem servir na prática."

Gestão em hospitais

Com a necessidade da rastreabilidade, as empresas de gestão de logística interna nos hospitais também serão requisitadas. Um exemplo é a RV Ímola, que além de oferecer o controle de fármacos dentro dos hospitais, também possui um galpão externo onde é possível guardar todos os insumos.
"Hoje em dia, muitos hospitais estão nos centros urbanos e é caro manter um armazém dentro do hospital", explica o vice-presidente comercial da empresa, Thiago Amaral.
Segundo ele, a companhia tira o volume de insumos e ainda coloca funcionários para fazer a gestão no controle do almoxarifado e nos estoques satélites (por andar) nos hospitais. "Fazemos também a separação unitária do medicamento, seguindo exatamente a prescrição médica", confirma Amaral.
Dentro do centro hospitalar, a separação é feita a cada seis horas e colocada de forma separada por paciente em dispensários, que para serem abertos precisam do registro por código do enfermeiro e do paciente.
Com a maior exigência da rastreabilidade para medicamentos, a empresa afirma que espera superar R$ 200 milhões no faturamento em 2016. Este ano, a previsão é de R$ 180 milhões. "Em pesquisas feitas com nossos clientes, percebemos um desperdício entre 20% e 30% dos fármacos", analisa.
Além disso, ao terceirizar o serviço é possível reduzir o número de funcionários para o controle de remédios de forma drástica. "O controle errado muitas vezes pode gerar perdas por questões simples de resolver, como a validade ou a compra em volume desnecessário".



Mercado de remédios contra o câncer atinge marca de US$ 100 bilhões/ano
07/05/2015 - Portal Forbes Brasil

O mercado de medicamentos contra o câncer atingiu a marca de US$ 100 bilhões de faturamento por ano. A previsão do IMS (Institute for Healthcare Informatics) é de que, em 2018, esse número cresça quase 50%, chegando a US$ 147 bilhões.
“Estamos no auge das inovações que irão mudar a vida dos pacientes que tem câncer e das companhias que lidam com esse mercado”, diz Murray Aitken, CEO do IMS. Esses são alguns dos motivos pelos quais a indústria de medicamentos contra o câncer está crescendo:
Pacientes com cancêr estão vivendo mais. Em 1990, metade dos pacientes diagnosticados viviam cinco anos depois de saberem que tinham a doença. Hoje, dois terços alcançam esse tempo. Apesar de a melhoria ser lenta e gradual, ela está acontecendo.
Nos Estados Unidos, a maioria da verba destinada a medicamentos é para tratar o câncer e é o país que mais dedica dinheiro a área. Eles também são o país que mais aprova remédios oncológicos. O Reino Unido, por sua vez, foi o local onde a porcentagem de investimentos nos tratamentos de câncer mais crescer.
A Europa gasta mais dinheiro com remédios contra o câncer do que a porcentagem total gasta em remédios. Na Alemanha, o investimento per capita é de mais de US$ 70 milhões por ano.
A companhia farmacêutica Roche está produzindo o maior número de medicamentos oncológicos, além de estar testando outros novos remédios. Em seguida estão as empresas Merck, Bristol-Myers Quibb e Novartis.
Porém, os novos remédios para tratamento de câncer estão subindo cada vez mais, aquecendo esse mercado. O custo desses medicamentos por mês aumentou 40% desde a década passada. Além disso, esse custou normalmente são bancados pelos próprios pacientes e não suas companhias de seguro.
 


USP promove debate sobre a Lei da implantação do Sistema de Controle de Medicamentos no país
07/05/2015 - Gazeta da Semana

O Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) deve ser implantado no país até o final de 2016, sendo que a primeira etapa do projeto (fase piloto) deve ser encerrada este ano. Para que funcione como se espera e como determina a lei, com os medicamentos sendo rastreados desde a saída da fábrica até o usuário final (consumidor), será necessário um grande investimento em Tecnologia da Automação (TA) e em Tecnologia da Informação (TI), em todos os elos da cadeia farmacêutica. Para discutir a implantação de todo esse processo, será realizado em São Paulo, no dia 27 de maio, o Seminário de Tecnologia Para Rastreabilidade de Medicamentos (SETRM2015).
“A ideia desse encontro é promover a integração e a troca de experiências entre as agências governamentais, academia e empresas do setor, de forma a colaborar com a implantação do SNCM”, diz o Prof. Dr. Eduardo Mario Dias, do GAESI - Gestão em Automação e Tecnologia da Informação, do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétrica, da Escola Politécnica da USP – Universidade de São Paulo, responsável pela realização do evento, que ocorre em parceria com Faculdade de Medicina, também da USP.
O controle de medicamentos por meio da rastreabilidade ajudará a combater problemas como o de falsificação, contrabando e roubo de carga, entre outros que, além de gerar um prejuízo enorme ao mercado, colocam a saúde da população brasileira em risco. A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária aponta que as autoridades estimam que a falsificação, o contrabando e o roubo de carga causaram as mortes de cerca de 800 mil pessoas no mundo no período de 2000 a 2006. Em termos financeiros, segundo relatório do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), apenas o contrabando é responsável por um prejuízo de aproximadamente R$ 8 bilhões no Brasil, por ano para o setor. E dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, no Brasil, 20% dos remédios em circulação são falsos, enquanto a média mundial é de 10%.
“Trata-se de uma demanda global e, em 2018, espera-se que mais de 40 países já possuam alguma regulamentação para o combate à falsificação e contrabando de medicamentos, com 75% de toda a produção mundial sendo controlada de alguma forma”, diz Dias. “Combater um problema como este é prioridade de qualquer nação. Entretanto, a implantação não é uma tarefa fácil, o que torna fundamental todos os esforços para completar a fase piloto, tema do seminário deste ano, de forma a evidenciar problemas que possam colocar em risco o compromisso do setor com a sociedade”, diz o organizador do evento.
O SETRM2015 será no Auditório Instituto de Radiologia (INRAD), no bairro Cerqueira César, das 8h às 17h30. De acordo com a programação do evento, serão realizadas cerca de 10 palestras e painéis com a participação de reconhecidos especialistas da área e de renomadas entidades, como ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, USP – Universidade de São Paulo e FURP – Fundação Para Remédio Popular, e também executivos de importantes empresas do setor, como a Pfizer, Libbs, DHL, Santa Cruz Distribuidora, Hospital Albert Einstein e Hospital das Clínicas. 
O evento é apoiado por diversas associações do segmento (Sindusfarma, Gs1, ISPE, Abafarma e Interfarma) e tem o patrocínio das principais empresas de tecnologia e serviços que possuem foco em rastreabilidade (SAP, PwC, TraceLink, Zebra Technologie, Valid, MV, McPack, Rockwell Automation, Antares Vision, SPI Integração de Sistemas, Videojet e R&B Rastreabilidade Brasil). O evento tem entrada gratuita, mas as vagas são limitadas. Aos interessados em participar, mais informações sobre a programação completa do evento e inscrições podem ser obtidas pelo site www.setrm.org, por e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) ou pelo telefone (11) – 3091-5113.

 
 


Pesquisa e Desenvolvimento 

 

 

 


Insuficiência cardíaca mata 50 mil por ano, afirma estudo
07/05/2015 - O Estado de S.Paulo

A insuficiência cardíaca mata 50 mil brasileiros por ano, aponta o primeiro estudo nacional sobre a doença. O dado é o dobro do registrado pelo Ministério da Saúde e pode revelar falha no diagnóstico, diz o cardiologista Denilson Albuquerque, professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador da pesquisa.
A insuficiência cardíaca é a incapacidade do coração de bombear sangue em quantidade necessária para o organismo. As consequências são o acúmulo de líquidos, até nos pulmões (edema pulmonar agudo), falta de ar e cansaço extremo, entre outros sintomas. Para entender a doença, pesquisadores de 51 centros médicos de todas as regiões do País acompanharam por um ano 1.263 pacientes - 12,6% morreram nos hospitais. 
O DataSUS registrou, em 2012, 26.694 mortes, o que equivale a 6% das internações. “O que pode haver é desconhecimento do quadro. Em alguns hospitais, não há cardiologista no plantão. O profissional confunde o edema pulmonar com pneumonia, por exemplo”, afirmou Albuquerque. Sem diagnóstico correto, o paciente não recebe a orientação adequada. O Breath (Brazilian Registry of Acute Heart Failure), como o estudo foi batizado, informa que um terço dos pacientes é internado novamente em três meses; em seis meses, a proporção sobe para 46%. 
As causas da insuficiência cardíaca variam de acordo com a região. No Sul, Sudeste e Nordeste, um terço dos casos ocorre em decorrência de enfarte. No Norte, 37% dos pacientes sofrem de hipertensão. No Centro-Oeste, a principal causa é a Doença de Chagas (42,4%). 
A falta de adesão ao tratamento é a principal responsável pelas internações - 30% dos pacientes não tomaram os remédios. “Isso ocorre ou por falta de recursos ou porque ele não foi orientado ou não está acostumado a tomar múltiplos remédios. A insuficiência cardíaca não tem cura, mas tem controle”, afirmou Albuquerque. 
O cardiologista ressaltou que medidas simples podem evitar a internação e a morte. Uma delas é criar o hábito de se pesar todos os dias, sempre no mesmo horário. “Se a pessoa pesa 70 quilos e dois ou três dias depois está pesando 74, é porque está retendo líquidos.” 
Também é importante evitar o álcool, tomar a medicação corretamente e manter a dieta controlada - 9% dos pacientes tiveram piora do quadro por causa do descontrole na ingestão de água e sódio. Os resultados do estudo serão publicados neste mês pela Revista Brasileira de Cardiologia. O próximo passo é acompanhar 3 mil pacientes e comparar o atendimento entre hospitais públicos e privados. 



Número de pessoas com HIV em Sorocaba diminui quase 36%
08/05/2015 - DCI

Sorocaba é uma das cidades brasileiras que conseguiram reduzir o avanço da Aids. O número de pessoas portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) diminuiu em relação ao País. O bom desempenho se deve ao trabalho de entidades que dão apoio a quem tem HIV e a programas que fazem ações preventivas da doença.
Em 2014, segundo dados da Secretaria de Saúde, houve uma queda de 35,7% no número de pessoas infectadas. Foram 146 novos casos. Já em 2013, foram registrados 227. Até dezembro do ano passado, o município tinha 2.023 pessoas convivendo com o vírus da Aids.
Com apoio e tratamento adequados, a vida dos portadores do vírus HIV, mudou completamente. O Grupo de Educação à Prevenção a Aids atende 13 mil pessoas com Aids, lutando pelo direito deles junto à sociedade. A coordenadora do Centro de Orientação e Apoio Sorológico (Coas), Isis Câmara , afirma que as ações de prevenção e conscientização são o caminho para que os índices da Aids continuem diminuindo nos próximos anos. 



Bebê nasce de nova técnica de fertilização que usa células-tronco
08/05/2015 - O Globo

O bebê Zain Rajani nasceu há 23 dias, em Toronto, no Canadá, a partir de uma nova técnica de fertilização in vitro, que poderá ser uma alternativa para mulheres incapazes de engravidar devido a disfunções nos óvulos — como era o caso de sua mãe, Natasha Rajani, de 34 anos.
O método do “Augment” (aumento) coleta células-tronco do ovário da mulher e remove suas mitocôndrias, organelas responsáveis pela produção de energia da célula e essenciais no processo de fecundação. Problemas nessas organelas são comuns em mulheres à medida que elas envelhecem ou naquelas com doenças genéticas. As mitocôndrias das células-tronco são, portanto, inseridas nos óvulos com baixa capacidade reprodutiva. E, depois, a fertilização segue o curso tradicional.
A nova técnica não é aprovada em vários países, entre eles os EUA e o Brasil, por ser considerada uma terapia genética. Ela é derivada de um procedimento polêmico, da década de 1980, realizado pelo francês Jan Tesarik, que transferiu o citoplasma, com mitocôndrias, de uma mulher fértil para os óvulos de uma que não podia engravidar. Dessa forma, o novo óvulo tinha o material genético de duas mulheres.
— A técnica francesa foi eticamente rejeitada — conta o ginecologista Jonathas Soares, diretor do Projeto Beta Medicina Reprodutiva e doutor em Reprodução Humana pela USP. — Essa nova técnica usa o DNA apenas de uma mulher, mas ainda é considerada um terapia gênica e, por isso, o debate ético permanece. Além disso, ela não pode ser oferecida comercialmente como uma terapia segura, porque ainda não sabemos as consequências disso para as crianças a longo prazo.
 

 

Saúde

 

Epidemia de dengue afeta 1 a cada 4 cidades

07/05/2015 - Folha de S.Paulo


Uma em cada quatro cidades do país já apresenta epidemia de dengue, segundo levantamento do Ministério da Saúde a pedido da Folha.

O Estado com a situação mais crítica é São Paulo, onde 82% dos municípios estão nessa condição. Entre eles, a capital paulista, que, pela primeira vez, aparece em situação epidêmica da doença no mapa do governo federal.

O parâmetro adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para caracterizar a epidemia é quando a incidência de dengue supera 300 casos por 100 mil habitantes.

De 5.570 cidades brasileiras, 1.397 estão nessa condição, sendo 530 em São Paulo.

O levantamento mostra um avanço acelerado do vírus pelo país. No anterior, com informações do começo de março, 511 municípios estavam em epidemia. Um mês depois, esse número quase triplicou.

Além da capital paulista, outras seis capitais já aparecem no grupo epidêmico: Florianópolis, Goiânia, Palmas, Rio Branco, Recife e Natal.


VULNERÁVEL


Na avaliação de Giovanini Coelho, coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, a combinação entre condições climáticas favoráveis e modo de vida urbana, com problema no abastecimento de água (que leva a população a armazenar o produto) e na coleta de lixo, tornam o Brasil vulnerável à dengue.

Outro problema, diz, é a falta de instrumentos de controle mais eficazes, como vacina e medicamentos específicos.

"As ferramentas hoje disponíveis são de eficácia limitada. Só temos o combate ao vetor. Isso torna a situação desafiadora. Se é difícil fazer o controle onde há boa estrutura, imagina num cenário em que não tem rede de água ou coleta regular de lixo."

Os números do Ministério da Saúde consideram todas as notificações da doença, com base em fatores clínicos/epidemiológicos, e não só em confirmações depois de contraprova em cada município.

O critério segue recomendação dos planos de contingência quando há alta expressiva de casos de dengue.

Os dados apontam que, nas cidades em epidemia, a incidência média é de 1.480 casos por 100 mil habitantes --quase cinco vezes a referência básica da OMS. No Brasil, a média é de 367 casos por 100 mil, conforme dados do ministério atualizados até 18 de abril. Na capital paulista, atingiu 346.

O mapeamento aponta que 26 Estados têm ao menos uma cidade em epidemia. Só o Distrito Federal fica de fora.

O topo do ranking de incidência de dengue é ocupado por cidades de pequeno e médio porte. A principal é São João do Cauiá, no Paraná, que tem 6.044 habitantes --lá, é como se uma em cada cinco pessoas tivesse sido contaminada pelo Aedes aegypti.

Coordenador de epidemiologia da cidade, Magno Zonta diz que a situação começa a ser controlada após atingir o auge em fevereiro. Agentes têm aplicado multas em quem mantém água parada e alunos fazem "miniarrastões" no entorno das escolas na caça de focos do mosquito.



Valor pago a hospital tem defasagem de até 434%
07/05/2015 - O Estado de S.Paulo

A defasagem dos valores pagos pelo Ministério da Saúde a hospitais que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS) foi de até 434% nos últimos seis anos, em comparação com a inflação oficial acumulada no período. De 1.500 procedimentos hospitalares previstos na tabela SUS, 74% não tiveram os valores atualizados de acordo com os índices de aumento de preços. Os dados são de levantamento inédito do Conselho Federal de Medicina (CFM) obtido pelo Estado.
Com base em dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, do próprio ministério, o conselho levantou o valor médio pago em 2008 e em 2014 por tipo de procedimento hospitalar previsto na tabela. Em seguida, calculou qual seria o valor atualizado a ser pago em 2014 se aplicada a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período dos seis anos analisados.
A análise mostrou que há defasagem em 1.118 dos 1.500 procedimentos pesquisados. Um hospital que realizou um parto normal pelo SUS em 2008 recebeu do ministério R$ 472,27. Corrigido pela inflação, o valor deveria ir a R$ 701,89 em 2014, mas o montante pago pelo governo federal no ano passado pelo procedimento foi de R$ 550,42, defasagem de 28%.
A maior defasagem, de 434%, foi encontrada nos pagamentos feitos pelo tratamento cirúrgico de fraturas da caixa torácica (gradil costal). Em 2008, o ministério pagou R$ 5.671,35 por paciente que passou por esse tratamento na rede pública. Seis anos depois, o valor caiu para R$ 1.579,76 - se atualizado pelo IPCA, ele deveria ir a R$ 8.428,76.
Para Hermann von Tiesenhausen, primeiro secretário do CFM e conselheiro federal por Minas Gerais, a defasagem da tabela provoca diminuição no número de hospitais conveniados e filantrópicos que trabalham com a rede pública. Segundo dados do governo, os hospitais filantrópicos respondem por 47% de todos os atendimentos do SUS feitos hoje no País.
“Mais de cem hospitais fecharam ou deixaram de atender o SUS nos últimos dez anos. Isso tem um impacto direto na qualidade da assistência porque, quando um local é fechado, aumentam as filas de espera e a lotação nas unidades de saúde que mantêm o atendimento.”



Artigo: ‘Não basta apenas viver mais, é preciso viver melhor’
07/05/2015 - O Globo

Existe cura para o câncer, e os pacientes não estão sozinhos. O diagnóstico da doença não é o fim, mas o começo de uma nova etapa, que é o tratamento. Na maioria das vezes, as pessoas acham que vão tratar da morte, mas, na verdade, vão tratar da vida. Pois não basta apenas viver mais, é preciso viver melhor. Ninguém conta as histórias boas, mas é necessário chamar a atenção para elas. É preciso que os pacientes que ficam curados falem sobre isso para ajudar quem enfrenta a doença.
O que temos hoje de mais moderno no tratamento do câncer?
O grande avanço é na Medicina de precisão, a chamada Medicina personalizada. Estávamos acostumados a tratamentos que atacam não apenas as células malignas, mas também as benignas. Hoje, podemos identificar quais são as alterações de um tumor, e conseguimos desenvolver uma droga para desligar aquele mecanismo. Esperamos que nos próximos dez anos seja possível fazer o diagnóstico através de um exame de sangue, a chamada biópsia líquida. Vamos incorporar mais dados da população do mundo real, já que pouquíssimos pacientes participam de estudos clínicos.
O que viabilizou as maiores chances de cura?
A codificação do genoma humano. Vendo qual é o parâmetro de normalidade podemos ver o que é diferente e anormal. Pegamos o tumor e identificamos suas alterações. Para algumas doenças, o mecanismo é simples e funciona apenas desligando um interruptor. Para outras, como o câncer de pulmão, quando se desliga um interruptor, a luz continua ligada, pois são vários interruptores ao mesmo tempo. Toda essa tecnologia já está sendo usada.
Como o seu estudo contribuiu para o avanço no tratamento do câncer?
A gente não sabia como tratar pacientes frágeis com câncer de pulmão avançado. Com o estudo, conseguimos comprovar que os pacientes que faziam uso de duas drogas de maneira combinada viviam mais que os que faziam a terapia com apenas uma droga. Assim, a sobrevida mediana alcançou quase duas vezes e com mais qualidade de vida. Desde então, os pacientes frágeis com câncer de pulmão avançado passaram a ser tratados assim em todo o mundo.
O que sabemos de mais novo com relação à doença?
Câncer não é tudo igual. Existem vários tipos e para cada subtipo há um tratamento diferente. Há mais de 20 tipos de câncer de pulmão, por exemplo. Antes tratávamos todos os tipos de forma igual, como se o mesmo tamanho de camisa servisse para todas as pessoas. Hoje, temos a avaliação molecular, feita de maneira individualizada.
Quais as vantagens para um paciente participar de um estudo clínico?
Para que uma pessoa esteja usando uma medicação agora, alguém, há alguns anos, participou de um estudo que validou aquela medicação. Alguns pacientes antecipam um tratamento em quase dez anos e têm acesso a drogas que ainda não foram aprovadas ou não estão disponíveis no mercado. Onde há estudos clínicos são os lugares onde os pacientes são mais bem tratados, pois acabam sendo supervigiados.



Epidemia na capital paulista atinge recorde
08/05/2015 - Folha de S.Paulo

Com 38.927 casos confirmados de dengue, a cidade de São Paulo bateu o recorde histórico de contaminados pela doença, que era do ano passado. A capital está em epidemia, com 340,1 infectados por 100 mil habitantes.
O último balanço da doença, divulgado nesta quinta (7) pela Secretaria Municipal da Saúde, revela ainda que oito pessoas morreram pela dengue neste ano na cidade, tendo três delas menos de 30 anos: um garoto de 11 e duas mulheres de 25 e 27 anos.
A zona norte continua liderando as contaminações, com 38,7% dos casos, seguida pela sul, 18,6%, e sudoeste, 18,6%. Dos 96 distritos da cidade, 31 estão com índices de infestação acima dos 300 casos por 100 mil habitantes.
Mesmo diante do número recorde desde 1987, com base nos dados do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, a secretaria avalia que a situação da capital é "bem melhor" do que outras cidades paulistas e diz que a tendência é de estabilização de casos a partir de agora.
Em abril, o Estado de São Paulo também registrou recorde histórico de 222 mil confirmações da doença desde o início do ano.



Só vacina poderá controlar a dengue, diz secretário de SP
08/05/2015 - Folha de S.Paulo

Em meio a uma das maiores epidemias de dengue já registradas em São Paulo, o secretário de Estado da Saúde, o infectologista David Uip, nega falhas na prevenção e diz que o controle da doença só ocorrerá quando o país tiver uma vacina.
Segundo Uip, após um período de pico, o Estado vive a primeira redução no número de casos. Dados que serão divulgados nesta sexta (8) apontam 31.053 confirmações da doença em abril, uma queda de 74% em relação a março, quando houve 119.052.
Do início do ano até agora, são 261.453 confirmações da doença, de acordo com a pasta --já o Ministério da Saúde aponta, até o dia 18 de abril, 402 mil notificações (quando os casos, embora sem exames, são classificados por critérios clínico-epidemiológicos) e 169 mortes. Leia trechos da entrevista.

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Folha - O que pode explicar essa primeira queda nos casos?
David Uip - O clima, que realmente mudou, e ações mais fortes dos municípios. Também começamos a ter um esgotamento da epidemia nas cidades pequenas, porque a população acaba ficando imune, um raciocínio que não serve para cidades médias e grandes.

Existe o risco de nova alta?
Vemos que os casos vêm caindo onde a epidemia foi mais prevalente, como Catanduva e Sorocaba. E onde ainda temos problemas é em São Paulo, na Baixada, que ainda deve atingir o pico, e Vale do Paraíba e da Ribeira. São pontos mais críticos.

Por que as cidades paulistas foram tão atingidas neste ano?
A pandemia dos últimos anos poupou São Paulo. O mosquito entrou para valer no Estado de cinco anos para cá. O vírus que mais está circulando é o tipo 1, ao qual boa parte da população nunca havia sido exposta. Para controlar uma epidemia, dois fatores são fundamentais: vacina e tratamento do agente causador. No caso da dengue, não se tem vacina nem remédio para tratar o vírus, que fica no sangue por mais tempo. Com isso, o mosquito tem mais chance de ser contaminado, para depois infectar o ser humano. Dependemos de política pública e envolvimento da população.

Podemos dizer que dengue é uma doença negligenciada, já que não tem medicamentos?
O país tem muitas doenças negligenciadas. E talvez nós tenhamos perdido a oportunidade de erradicar a dengue. Faltaram recursos, isso eu ouvi do Adib Jatene [ex-ministro da Saúde que morreu em 2014] muitos anos atrás. Hoje, para erradicar, é muito difícil, atinge 70 países.

Caso a Anvisa acelere a pesquisa da vacina em testes do Butantan, isso pode ter resultados já neste ano no Estado?
Agora, não. Na melhor das hipóteses, em 2016.

Houve falha na prevenção?

Os municípios trabalharam muito. Mas às vezes você faz tudo que pode e não é suficiente. Tivemos uma reunião sobre isso. Temos que avaliar o que está acontecendo e ter propostas para melhorar. Não dá para ficar satisfeito quando se tem epidemia e mortes. Muitas vezes não é questão de deixar de fazer, é não conseguir. Uma coisa é informar, outra é mudar hábitos.
Em novembro, o senhor disse que era preciso menos preocupação com ebola e mais com dengue. O Estado já sabia do risco de epidemia?
Naquela época, chamei todos os prefeitos e secretários de Saúde para alertar sobre essa possibilidade.

É possível controlar a dengue?

Não. O controle da dengue só virá com vacina.



Especialistas debatem a ineficácia das dietas em debate promovido pela Folha
08/05/2015 - Folha Online

Dietas restritivas são ineficazes –os pacientes não conseguem seguir a restrição por muito tempo e, quando voltam para a alimentação normal engordam de novo, às vezes chegam a pesar mais do que pesavam antes da dieta.
Essa é a opinião das participantes do debate promovido pela Folha na última quarta-feira, 6, em razão do Dia Mundial sem Dieta.
A data existe desde 1922 quando a feminista inglesa Mary Evans decidiu lutar contra a anorexia e outros distúrbios alimentares e também contra a indústria da dieta.
Participaram do debate a nutricionista Fernanda Timerman, as psicanalistas Magda Khouri e Luciana Saddi; e a endocrinologista Lea Diamant. A mediação foi da repórter especial da Folha, Claudia Collucci.
Por mais que sejam ineficazes, porém, o mundo parece viver de dieta. "A mídia, e o excesso de exposição do corpo na mídia cria um ideal de corpo que é inatingível e que gera insatisfação", disse Magda Khouri.
Existe também um forte interesse econômico na questão das dietas. "Esses modismos nas dietas foram feitos para não funcionar. Se desse certo, o mercado extremamente lucrativo da indústria do emagrecimento não seria movimentado", disse Fernanda Timerman.
Em muitos casos, culpa-se o paciente pela sua obesidade. Mas estudos apontam que muitos pacientes têm uma predisposição genética para o ganho de peso. E hoje é fácil encontrar refeições calóricas sempre que a fome bate.

*PARA QUÊ?"

As especialistas questionam: seguir a dieta para quê? "A mulher do século 19 era vista como eternamente doente. A do nosso tempo é a eterna gorda", disse Luciana Saddi.
Há pessoas que têm alguma doença que exige a dieta, como diabéticos, celíacos e fenilcetanúricos. Mas não há necessidade de se submeter a um regime de privação alimentar se você quer perder alguns quilos.
Segundo Lea, estudos comprovam, inclusive, que pessoas com um pequeno sobrepeso vivem mais. É uma mudança de paradigma deixar de associar baixo peso à saúde.
"Precisamos repensar o que é peso saudável, quais são as nossas metas, tudo isso ainda está em evolução", disse.
Um outro lado das dietas também foi abordado: a compulsão. "A privação leva a pensamentos compulsivos", disse Luciana, sobre as dietas.
As dietas, segundo a especialista, procuram alterar a fome e não em consideração que o ser humano está ligado ao prazer de comer. Pessoas cronicamente submetidas a dietas não reconhecem a fome nem o sinal de saciedade.
"Se você comer guiado pela sua fome, pela saciedade, e pelo prazer de comer, não sei se você vai emagrecer, mas em geral você vai deixar de engordar e vai deixar de ter compulsão pela comida", disse Luciana.
A nutricionista Fernanda Timerman conta que sua abordagem comportamental da nutrição já surpreendeu pacientes. "Já ouvi coisas do tipo 'como assim você não vai me dar bronca porque eu como chocolate?' Percebo que as pessoas querem emagrecer a qualquer custo, mas estão menos dispostas a percorrer o caminho mais longo que é o de se descobrir e entender como chegou àquele peso", disse.
Entender tudo isso é importante porque confere ao paciente mais autonomia sobre suas escolhas alimentares e também garante uma relação mais saudável e prazerosa com a comida. 
 
 
 
 


Artigo: Calafrios
08/05/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: Marta Suplicy

Faz um mês, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em audiência pública no Senado, me respondeu que as condições climáticas diferenciadas levaram a um adiantamento do início dos casos de dengue. Assim como o armazenamento de água pela população teria auxiliado na proliferação do mosquito transmissor da doença.
Discutível. O pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, um dos nossos principais estudiosos sobre dengue no país, explicou que nenhum dado ou pesquisa mostra efetiva relação entre a crise hídrica e o avanço da doença.
Vacina seria melhor solução, apontou o ministro. Entretanto, o último pedido de análise do Instituto Butantan para a fase 2 de sua vacina demorou 18 meses na burocracia da Anvisa. Isto apesar do diretor do Instituto, Jorge Kalil, ter insistido em agilidade junto ao então ministro Alexandre Padilha. A mesma urgência foi discutida com Chioro.
Com a mídia noticiando diariamente a situação de epidemia, a Anvisa promete, agora, rapidez. Os dados são estarrecedores! Dá calafrios imaginar quão despreparados estamos para lidar com doenças epidêmicas. E quão desamparados estamos todos.
A cada cinco minutos uma pessoa é contaminada pela dengue no Brasil. Sete Estados já vivem índice considerado epidêmico. São Paulo é o primeiro em mortos (169 casos, sendo que 9 em cada 10 eram idosos). Ontem a cidade de São Paulo entrou na lista de "situação epidêmica".
É uma cadeia de irresponsabilidades: falta de atenção ao problema anunciado (chuvas etc.), como consequência o não planejamento da prevenção e a situação de calamidade. Não como especialista, mas como ex-prefeita e senadora, compartilho o que penso. São necessárias pulverizações, operação cata bagulho, mutirão de limpeza... Mas, o principal fator de sucesso, além de vacina, é a cooperação da população no combate ao mosquito.
A cidade tem que se transformar numa grande brigada, com a presença da administração pública nas ruas, nas visitações, estimulando e conversando com as vizinhanças sobre a necessidade de todos cuidarem da limpeza.
A mídia é gratuita pois a imprensa tem responsabilidade e interesse em cobrir tal atividade, e o assunto continua no jantar da família e prolifera em ações. As escolas também têm que ser ativadas pois os alunos são grandes colaboradores. Lembro de crianças saindo pelo quarteirão a procurar pneus, vasos, entrando em ferro velho... Uma brincadeira útil que continuava nas próprias casas vistoriando a caixa d'água e os vasos da mãe.
Já passou da hora de uma conscientização séria para a mobilização de todos em torno de ações concretas. 



Pró-Sangue incentiva doação antes de tomar vacina da gripe
08/05/2015 - DCI

Fundação Pró-Sangue incentiva as pessoas a doarem sangue antes de tomarem a vacina da gripe, já que o tempo de impedimento de doação para aqueles que se vacinaram é de 48 horas. Após esse intervalo a pessoa poderá realizar doação novamente.



Campanha de prevenção de câncer bucal em Campinas
08/05/2015 - DCI

A Secretaria de Saúde de Campinas promove, até 22 de maio, a Campanha de Prevenção e Detecção de Câncer Bucal em Campinas. Durante o período, equipes de saúde bucal promovem atividades educativas com grupos de idosos, mas as avaliações são oferecidas a toda população. 



Muito comum na mulher, infecção urinária pode até mesmo ser fatal
07/05/2015 - Caras

A infecção do trato urinário (ITU), popularmente conhecida por infecção urinaria, é causada na maioria dos casos por uma bactéria presente na flora intestinal do nosso corpo. Na vagina, no ânus e/ou no reto, esse microrganismo não causa danos à saúde. O perigo é quando a bactéria consegue entrar pelo canal da uretra, pois pode contaminar o aparelho urinário.
Isso é mais comum em mulheres por causa da anatomia delas. A uretra feminina (canal condutor da urina) é mais curta (4 a 5 centímetros) do que a masculina (12 centímetros). Além disso, encontra-se próxima do canal vaginal, facilitando o acesso das bactérias do meio externo ao aparelho urinário. Portanto, para evitar que as bactérias passem do ânus para a vagina, é fundamental a higienização de frente para trás — e não ao contrário. Sexo anal também deve ser feito sempre com o uso de um preservativo novo, jamais com o mesmo usado na relação vaginal.
Quando a infecção urinária se restringe à bexiga, a mais comum, é chamada ciscite. Se acomete os rins. recebe o nome de pielonefrite e pode requerer internação hospitalar para aplicação de antibióticos por via intravenosa e exames de sangue diários. Só existe o risco de morte nos casos de infecção generalizada, quando atinge os rins, a corrente sanguínea e outros órgãos.
A doença é mais comum cm mulheres cm atividade sexual ou na menopausa, por causa da diminuição do estrogênio e dos micro' organismos que protegem a região vaginal. Os principais sintomas da infecção urinária são: ardência forte e necessidade de urinar muitas vezes, mesmo tendo acabado de sair do banheiro. O jato, em geral, tem odor muito forre e apresenta cor escura, podendo vir acompanhado de sangue. Pode ainda causar dor pélvica, semelhante à cólica menstrual.
A pessoa com infecção urinária não transmite a doença, mas o ginecologista ou urologista deve ser avisado imediatamente em caso de qualquer suspeita. Quanto antes iniciado o tratamento com antibiótico e anti-inflamatórios específicos para o aparelho urinário. menor o risco d> ocorrerem complicações.
A ingestão de líquidos, principalmente água, dificulta a proliferação de bactérias e que se fixem nas estruturas do aparelho urinário. O suco de cranberry se tornou popular para esse tipo de infecção, porque tem propriedades antibacterianas e também dificulta a adesão das bactérias às paredes da bexiga, evitando a cistite.
As infecções de repetição não são comuns e geralmente ocorrem quando a paciente tem resistência ao antibiótico prescrito. Pode ainda ser uma indicação de outras complicações, como litíase do aparelho urinário (pedras nos rins) má-formação congênita, doença imunossupressora e infecções vaginais. Em alguns casos, a paciente deve ser encaminhada a um médico infectologista A prevenção é simples: basta beber muito líquido, especialmente água; urinar depois das relações sexuais pari esvaziar a bexiga; usar absorventes externos em ve: de internos: não utilizar ducha nem sprays ou pó para a higiene feminina nem usar qualquer produto perfumado na área genital. Recomenda-se ainda evitar calças apertadas em demasia e dar preferência a calcinhas e meias-calças de algodão, ao invés de material sintético.

 
 
 



 

 

 

 

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