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CLIPPING 05/05/2015

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Medicamentos

 

Ministro da Saúde descarta vacina em curto prazo
05/05/2015 - O Estado de S.Paulo

Chioro,afirmou ontem que,embora defenda a antecipação de testes da vacina contra a dengue, o imunizante não estará disponível em curto prazo.
“Criar na população brasileira a esperança de que nós teremos nas próximas semanas ou nos próximos meses uma vacina é equivocado”, disse o ministro em evento em São Paulo.
No mês passado, o Instituto Butantã protocolou um pedido de antecipação da última fase de testes da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para 2016. “Não é para sair vacinando. É para fazer a parte 3, que é a fase clínica”, explicou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), ontem.
Segundo Chioro,a análise deverá ser feita“com a maior prioridade possível”. “Entretanto, não podemos queimar etapas.” Análise. A Anvisa afirmou, em nota, que os prazos estão em dia e que deverá dar uma resposta ao pedido do Instituto Butantã até o fim deste mês.
Mesmo que liberada a nova etapa,o instituto não poderá antecipar o uso da vacina entre a população. “A solicitação feita pelo Butantã em nenhum momento faz tal tipo de pedido. O uso experimental da vacina terá de ser feito em voluntários, que terão de ser acompanhados”, diz a Anvisa.
O prazo de análise é de 45 dias, em casos prioritários. O instituto ainda não concluiu a fase 2 de estudos. O fim desta etapa será em junho. O órgão analisa também pedido de imunizante desenvolvido pela Sanofi.
A fase 3 foi iniciada em 2010 e a empresa espera pelo registro do produto. 




Ronilson é suspeito de ter superfaturado remédios
05/05/2015 - O Estado de S.Paulo

O depoimento do ex-auditor Eduardo Horle Barcellos ainda acusa o líder da máfia do Imposto sobre Serviços (ISS), Ronilson Bezerra Rodrigues, de ter superfaturado a compra de medicamentos para a população de baixa renda de Santo André, no ABC paulista, enquanto trabalhou na cidade.
Barcellos relatou uma conversa que teria ouvido entre Ronilson e a auditora fiscal Paula Sayuri Nagamati, ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Finanças da capital. “O declarante (Barcellos) se recorda de ter presenciado Ronilson dizendo a Paula Sayuri que, quando trabalhava para Arnaldo (Augusto Pereira, ex-subsecretário da Receita municipal de São Paulo) em Santo André, este havia comprado remédios com sobrepreço, deixando de repassar a Ronilson a sua parte da propina”, diz o depoimento.
“Ronilson reclamou com Paula, pois afirmava ter sido ele o responsável por toda a negociação envolvendo aquela compra de remédio”, continua o depoimento do ex-auditor.
Ronilson foi cedido à prefeitura de Santo André a pedido do antigo subsecretário de Finanças da capital Arnaldo Augusto Pereira. Este, por sua vez, teria ido para a prefeitura do ABC paulista por indicação do ex prefeito Gilberto Kassab (PSD), atual ministro das Cidades do governo Dilma Rousseff.
Kassab nega.
O advogado de Ronilson, Márcio Sayeg, afirma que não teve acesso ao depoimento porque Ronilson ainda não foi citado na nova denúncia feita pelo MPE. A reportagem não conseguiu localizar a auditora Paula Sayuri, que colabora com o Ministério Público nas investigações do caso. 



Agência diz que exigência técnica motivou demora
05/05/2015 - Folha de S.Paulo Online

Em nota, a Anvisa nega que tenha favorecido estudos de empresa multinacional para vacina contra a dengue.
"Para a Anvisa, a dengue é um assunto de extrema relevância e, por isso, já concedeu priorização de análise ao ensaio clínico fase 3 do Instituto Butantan submetido à agência em 10 de abril de 2015", informa.
A demora na aprovação do estudo de fase 2, diz, ocorreu pela necessidade do cumprimento de exigências técnicas.
A agência afirma ainda que vem agilizando as etapas de estudos da vacina "sem comprometer a avaliação adequada de preceitos técnicos em nome de uma celeridade que afete a qualidade do produto a ser disponibilizado à população".
A diretora médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani, disse à Folha que a vacina contra dengue da empresa está sendo desenvolvida há 20 anos e que os estudos clínicos já foram concluídos.
Um deles, realizado em cinco países da América Latina, mostrou que a vacina reduziu em 60,8% os casos na população vacinada.
"Também testaríamos a vacina na França sem nenhum problema se lá tivesse dengue. Para provar que a vacina é eficaz, ela precisa ser testada onde há a doença", diz.
A vacina apresentou, segundo Sheila, eficácia a partir da primeira dose.



Para pesquisador, Anvisa favoreceu vacina estrangeira
05/05/2015 - Folha de S.Paulo

Entre 1991 a 1997, na gestão do médico e bioquímico Isaias Raw, 88, o Instituto Butantan, em São Paulo, virou referência internacional na produção de vacinas.
Um dos resultados é a imunização contra dengue que está sendo feita em parceria com os NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA) e que entrou na última fase de estudo antes de ser lançada.
Apesar do avanço, Raw diz que o desenvolvimento do produto foi atrasado em pelo menos 18 meses por má vontade da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A vacina da multinacional francesa Sanofi Pasteur já passou por estudos e está começando a ser produzida.
Leia a entrevista a seguir.

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Folha - Por que o sr. diz que houve demora para a aprovação dos estudos da vacina contra a dengue do Butantan?
Isaias Raw - Levei seis estudiosos para mostrar ao diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, que a vacina tinha condições da avançar para a próxima fase. Ele falou "essa semana eu libero o ensaio" [aprovação para a fase seguinte de estudos]". Oito meses depois, ele não tinha liberado o nosso, mas tinha liberado o da Sanofi [Pasteur, multinacional francesa].

Existe algum problema com a vacina da Sanofi?
A vacina deles não funciona e precisa de três doses. A nossa atinge um bom nível de proteção com uma dose. A quantidade de vacina é cem vezes menor que a da Sanofi.
Eles pegaram a vacina de febre amarela, tiraram uns pedaços e fizeram a de dengue. Ela leva pelo menos um ano para imunizar e só funciona em quem já teve uma doença. Isso não engana: essa vacina é uma porcaria.

Então essa vacina não deveria ter sido aprovada?
Acho que não deveria ter sido assinada [a aprovação]. A regra seria exigir fosse testada primeiro no lugar onde foi desenvolvida. Não somos cobaias de ninguém. Se foi feita na frança, testem nos franceses. Não, necessariamente, ela vale pro Brasil.
Perdemos 18 meses porque a Anvisa não autorizou o ensaio. Não assinou os papéis. Nesse meio tempo, assinou autorização para a Sanofi testar no Brasil, com brasileiros, a vacina deles.

A epidemia da dengue, com grande número de casos e mortes, poderia ter sido evitada se houvesse a vacina?
Teria evitado, porque [a vacina] funciona com uma dose. Nós temos capacidade de produzir talvez 50 mil doses no laboratório que foi montado pra desenvolver a vacina. Para produzir a demanda nacional e provavelmente da América Latina temos que construir um prédio para abrigar a fábrica.

Falta dinheiro?
Quando nós entregamos uma vacina para o ministério [da Saúde], ele paga quanto quer e quando quer. Já imaginou uma empresa fornecer e ter de esperar o pagamento do ministério?
 

 



Pesquisa e Desenvolvimento 

 

 

 
Mais de 250 mil mulheres sofrem com doenças psiquiátricas perinatais todos os anos na Inglaterra
04/05/2015 - Folha de S.Paulo

Começou aos poucos, quase imperceptível, quando o Evan era pequenininho. As preocupações com a saúde dele, sua respiração, nosso vínculo. Em nacos de sono, eu voltava para a mesa da cesariana, perguntando para os médicos se o nosso bebê, quietinho no respirador, estava bem. A ausência de respostas, o silêncio, os três minutos que duraram eras, ainda vívidos como a vida.
Alguns meses depois que o Evan nasceu, o pânico se estendeu pelos meus dias. Eu sentia ansiedade, um peso, uma náusea. Um arrastado processo de encaminhamentos através do assistente de saúde recomendou um grupo de apoio. Começaria em quatro meses. Eu não tinha quatro meses. Liguei para um coordenador de saúde mental. Minha ligação não foi retornada.
Fui ao clínico geral em lágrimas e ele indicou antidepressivos, ignorando minha sugestão de conversar com um profissional –eu só precisava de alguém para conversar–, pois a assistência "não estava lá".
Quinze semanas depois do meu primeiro pedido de ajuda, encontrei outro grupo de apoio, por acaso, em uma creche a 1,5 km de casa. Seis meses depois, aqui estou eu, praticamente outra pessoa.
Sou branca, de classe média, tagarela, mãe de primeira viagem com um filho saudável, alguém que mora em uma área de classificação 1 –no topo do ranking– do mapa de fornecimento de serviços de Saúde Mental Perinatal Comunitária Especializada do Reino Unido. Mesmo assim, sou uma pessoa que teve que usar todos os seus recursos, repetidas vezes, para conseguir ajuda para tratar minha depressão pós-parto, como se fosse uma doença desconhecida e relativamente simples. Mas não é.
Doenças psiquiátricas perinatais (perinatal significa o período entre a concepção e o primeiro aniversário do bebê) são extremamente comuns. Vão desde transtornos de adaptação e estresse após se tornar mãe até depressão, o que provoca ansiedade, fadiga e uma tristeza constante antes e depois do nascimento, além de transtorno de estresse pós-traumático, em casos de partos muito complicados, e doenças mais raras e graves, como psicose pós-parto, o que causa paranoia, delírios e alucinações. É consenso entre a maioria dos pesquisadores que pelo menos uma em cada dez mulheres é afetada por doenças psiquiátricas perinatais, o que já é bastante coisa.
Trocando estatísticas por números, entretanto, como fez Sally Hogg em 2013 para a associação de proteção à criança NSPCC no relatório Prevention In Mind ("Prevenção em Mente", em tradução livre), você descobre que se estima que 284.890 mulheres sejam afetadas na Inglaterra todos os anos. É mais que um quarto de um milhão de mães –mulheres, pessoas –todo ano, em apenas um país.
Esse número é assombroso, mas isto é ainda mais: no Reino Unido, quase metade de todas as mulheres vive em regiões sem nenhum tipo de serviço psiquiátrico perinatal, e poucos dos serviços existentes em outros lugares no país atendiam aos padrões nacionais de qualidade em abril de 2015.
"Uma quantidade incrível de pessoas é afetada", confirma Sam Challis, Gerente de Informação da associação Mind. Então por que essa lacuna de tratamento? "O problema é que a gravidez é muitas vezes vista como uma transição física para a mãe, em vez de uma transição física e psicológica. Essa é a principal questão que precisa mudar, urgentemente."
A limitada formação voltada para a saúde mental em áreas médicas para além da psiquiatria também é um fator, acrescenta o especialista. "Deveria haver um enfermeiro especializado em saúde mental em toda maternidade e assistentes de saúde [profissionais que atendem os pais no primeiro ano do bebê para avaliar o peso e desenvolvimento da criança] devem receber um treinamento muito mais rígido. Uma avaliação psiquiátrica da mãe deveria ser feita à parte da avaliação geral da assistência social também."
E há também o estigma ligado à saúde mental na maternidade. As mães muitas vezes têm dificuldade de admitir como estão se sentindo para os profissionais porque temem ser consideradas pessoas que não têm capacidade de cuidar dos filhos. A cultura e a publicidade não ajudam: a maternidade recém-conquistada é pintada de forma vaga, romantizada e cheia de amor, em que a tortura da privação de sono e o enorme peso da nova responsabilidade não fazem parte desse quadro. Todo mundo sente isso de alguma forma: lembro de tardes felizes com meu filho, seguidas de noites estressantes e apreensivas, de como a exaustão anestesia as emoções, te deixa vazia, ausente, tudo desaparece.
Muitas vezes, somente casos extremos e terríveis de doenças psiquiátricas perinatais são noticiados na mídia também, como o de Charlotte Bevan, a mãe de Bristol que, em dezembro, saiu do hospital com a filha de três dias de vida, Zaani, e cometeu suicídio ao pular do desfiladeiro do rio Avon. "São casos raros", destaca Challis, "mas fazem muitas mulheres sentirem que pode acontecer com elas também". É importante apontar que uma história muito maior está por trás dessa terrível tragédia: Charlotte era esquizofrênica e já tinha acompanhamento médico.
O sistema falhou com ela. Há um inquérito em andamento, mas as brechas no tratamento e na comunicação devem fazer parte dessa história - como é o caso para tantas outras mulheres.
Iniciativas de grupos que fazem campanhas e instituições filantrópicas normalmente preenchem as lacunas que os serviços profissionais não podem oferecer. Uma delas é a Two In Mind, que discute como 70% das mulheres no País de Gales não têm acesso a assistência. O site da organização oferece cursos de terapia cognitiva comportamental gratuitos para famílias que terão um novo filho e vídeos com histórias reais de pais.
Tem a Sara, que perdeu um bebê e depois teve uma ruptura uterina durante a cesárea. Depois disso, ela se sentiu "vazia e inerte... sem nenhum sentimento pelo meu bebê". Lucy fica grávida logo de cara e lê todos os livros possíveis durante a gravidez tranquila que teve, mas depois se sente "prostrada", "esgotada", sem vontade de sair de casa. Tabitha sofre depois que o companheiro a abandona durante a gravidez e depois do parto. A mulher do Mark tem depressão pós-parto, antes de ele também desenvolver (o que mostra como a transição de ter um filho é psicológica, apartada da experiência física).
A abordagem do Two In Mind à saúde perinatal trata de uma coisa que muitos serviços não conseguem, explica a Gerente de Projeto Jenny Burns. "Estamos [muitas vezes] lidando com duas pessoas aqui –a mãe ou principal responsável e seu bem-estar emocional e o bebê e o seu bem-estar. O 'cliente ou paciente' não pode ser repartido ou separado." Os cursos "Curta Seu Bebê" da organização estão disponíveis gratuitamente na internet e também nos escritórios locais da Mind, além de outras instituições filantrópicas e serviços regulamentados. O site também já recebeu visitas do mundo todo, o que deixa Jenny muito feliz.
Mas a conquista que a deixa mais orgulhosa é pessoal. Ela viu de perto uma mãe solteira adolescente, que antes sofria de ansiedade e baixa autoestima e estava voltando para a casa dos pais, envolver-se com o projeto como voluntária e ter uma recuperação impressionante. "No último ano, eu a vi desenvolver segurança em suas capacidades e habilidades como mãe", sorri Jenny. "Mais do que isso, ela entrou em contato com a Flying Start [primeira infância] perto de casa e convenceu a escola a aceitá-la como terapeuta ocupacional discente uma vez por semana. Impressionante!" O envolvimento com recursos acessíveis realmente transforma vidas.
Há várias outras organizações extraordinárias que fazem um trabalho parecido, como a instituição nacional PANDAS (Apoio e Aconselhamento na Depressão Pré e Pós-parto, na sigla em inglês), que oferece recursos online e uma linha telefônica de ajuda, além de grupos locais tocados por mulheres que sofreram com doenças psiquiátricas perinatais: dois exemplos notáveis são o Mothers For Mothers, em Bristol, e o House of Light, em Hull. Mas uma estratégia nacional também está sendo lentamente implementada, graças a uma ampla coalizão voluntária bem ativa.
A Aliança pela Saúde Mental Materna (MMHA, na sigla em inglês), uma aliança de órgãos profissionais, organizações de pacientes e instituições filantrópicas, lançou um projeto em julho chamado Everyone's Business ("Da Conta de Todo Mundo"), com dois anos de financiamento pela Comic Relief.
O título é simples, curto, abrangente, perfeito, e mostra que a depressão pós-parto não deve ser marginalizada como um "problema feminino", mas reconhecida como uma coisa que pode afetar relacionamentos, vidas e até mesmo a economia de modo mais amplo.
Em outubro, um relatório da MMHA, conduzido em associação com a Escola de Economia de Londres, revelou que 8,1 bilhões de libras são perdidos todos os anos por falta de apoio à mulher e à criança no período perinatal. A princípio, a análise das repercussões de doenças psiquiátricas em termos econômicos parece um jeito frio e ballardiano de medir os impactos na vida das mulheres. No entanto, ao olhar mais de perto o trabalho da MMHA, você vê que a ideia é que as mulheres sejam consideradas vitais para a engrenagem da sociedade.
"Existem muitas causas necessitadas por aí", explica Maria Bavetta, Chefe de Comunicação da MMHA, "então tivemos que adotar uma abordagem que equilibrasse os fatos duros com os nossos argumentos, que tivesse um impacto tanto racional quanto emocional".
O site deles também apresenta muitas histórias reais, como o trágico relato da Joe, que não recebeu apoio específico para uma depressão pós-parto grave após vários abortos espontâneos e acabou cometendo suicídio quando a filha tinha apenas alguns meses de vida. E também da Sally, que sente que só sobreviveu depois de buscar ajuda de grupos voluntários. "Se você quebrasse o braço, iria ao hospital para 'consertar', mas a saúde mental não tem esse luxo", escreve. É um sentimento que ecoa em toda história e pulsa forte na minha própria experiência.
Desde julho, a MMHA trabalha com o Departamento de Saúde e a Faculdade Real de Clínica Geral britânica para tratar dessas questões –de fato, a instituição de ensino superior acaba de transformar o apoio à saúde mental perinatal em uma de suas prioridades para 2015, então médicos como o meu devem começar a mudar o comportamento.
A abordagem deles é centrada em conscientizar sobre o que chamam de ACT, que na sigla em inglês representa três itens: Responsabilidade em definir de forma clara o tratamento da saúde mental perinatal e seu cumprimento em nível nacional; Serviços comunitários especializados que atendam os padrões nacionais de qualidade e sejam oferecidos às mulheres de todo o país; e Treinamento em saúde mental perinatal oferecido a todos os profissionais envolvidos no tratamento da mulher durante a gravidez e o primeiro ano após o nascimento. George Osborne também anunciou em março, em seu discurso sobre o relatório pré-orçamentário do ano,o investimento de £ 75 milhões em serviços de saúde mental perinatal para os próximos cinco anos - coisa que os céticos podem pensar que tem uma pitada de galanteio eleitoreiro para ganhar as mães, mas pelo menos reconhece o problema e aponta para a direção certa.
"Osborne chegou a mencionar isso no discurso, o que é bom", acrescenta Maria. "É importante que questões como essa sejam ditas em voz alta —ajuda a torná-las normais." E aí ela disse a coisa mais importante de todas. "Temos que permitir e mostrar às mulheres que tudo bem se sentir assim, tudo bem falar sobre isso, para que elas saibam que é comum e que elas podem procurar tratamento –e saber exatamente onde conseguir."
 
 

 



Saúde

 

Nascimento prematuro altera conexões cerebrais, revela estudo

05/05/2015 – O Globo


O nascimento prematuro pode alterar a conectividade entre áreas chave do cérebro, de acordo com um novo estudo conduzido pelo King’s College de Londres e publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS). A descoberta deve ajudar os pesquisadores a entender melhor porque o nascimento prematuro é ligado a um maior risco de desenvolvimento de problemas neurológicos, incluindo transtornos do espectro autista e transtornos de déficit de atenção.

O estudo usou ressonância magnética funcional (fMRI) para observar conexões específicas nos cérebros de 66 crianças, das quais 19 tinham nascido no tempo certo, e outras 47 tinham nascido antes de 33 semanas — com alto risco de comprometimento neurológico, portanto. As conexões cerebrais investigadas foram entre o tálamo e o córtex, que se desenvolvem rapidamente durante o período em que um recém-nascido prematuro é tratado em uma unidade neonatal.

Os pesquisadores descobriram que aqueles que nasceram na janela normal de nascimento (37-42 semanas) mostraram uma estrutura muito semelhante aos adultos nessas regiões do cérebro, fortalecendo as provas existentes de que a rede de conexões do cérebro é bastante madura no momento do nascimento. Já os bebês nascidos prematuramente (antes de 33 semanas de gestação) tinham menos conectividade entre áreas do tálamo e áreas específicas do córtex do cérebro conhecidas por apoiar as funções cognitivas superiores, mas tinham maior conectividade entre o tálamo e uma área do córtex sensorial primário, envolvida no processamento de sinais a partir da face, lábios, mandíbula, língua e garganta.

Quanto maior o grau de prematuridade, mais marcadas foram as diferenças no padrão de conectividade do cérebro.

Os autores sugerem que as conexões mais fortes envolvendo face e lábios em bebês nascidos antes do tempo podem refletir a sua exposição precoce ao aleitamento materno e à mamadeira, enquanto a conectividade reduzida em outras regiões do cérebro pode estar ligada à maior incidência de dificuldades observadas no final da infância.

“A próxima etapa do nosso trabalho será entender como essas conclusões dizem respeito às dificuldades de aprendizagem, concentração e relacionamentos sociais que muitas destas crianças experimentam conforme envelhecem”, disse a autora do estudo Hilary Toulmin.

O professor David Edwards, autor sênior do estudo, disse que “a capacidade da ciência moderna de observar as conexões no cérebro teria sido inconcebível há apenas alguns anos atrás, mas agora somos capazes de ver o desenvolvimento cerebral em bebês enquanto crescem, e isto é capaz de produzir benefícios notáveis para a medicina”.




Cientistas forçam vírus HIV a se expor às defesas do organismo
05/05/2015 - O Globo

Embora os seguidos avanços dos medicamentos antirretrovirais estejam colocando o HIV, o vírus causador da Aids, na defensiva, evitando que boa parte dos soropositivos desenvolva a doença — e, em alguns casos, reduzindo a carga viral a ponto de não ser mais detectada por exames —, ele ainda consegue se “refugiar” no interior de algumas células do sistema imunológico, mantendose inativo, escapando do ataque dos remédios e das defesas do organismo. São os chamados “depósitos” do HIV, que, uma vez interrompido o tratamento, permitem que o vírus volte a se replicar, e configuram um dos principais obstáculos atuais na busca por uma cura definitiva da Aids. Agora, porém, cientistas no Canadá encontraram uma possível maneira de forçar o HIV a se “abrir” e se expor a esses ataques, em mais um passo nessa luta.
— Descobrimos que as pessoas infectadas com o HIV-1 (o principal subtipo do vírus, que afeta cerca de 35 milhões de pessoas no mundo) têm anticorpos naturais com o potencial de matar as células infectadas — conta Andrés Finzi, pesquisador da Universidade de Montreal e líder do estudo, publicado ontem no periódico científico “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS). — Tudo que precisávamos fazer era dar um “empurrãozinho”, adicionando uma pequena molécula que funciona como um abridor de latas e força o vírus a expor regiões reconhecidas pelos anticorpos. Estes, então, formam “pontes” com algumas células do sistema imunológico, dando início ao ataque.
TERAPIA DE “CHOQUE E MORTE”
Em estudo anterior, também publicado este ano, a mesma equipe de cientistas demonstrou que alguns pacientes com o HIV-1 podiam eliminar as células infectadas quando duas proteínas do vírus, chamadas Nef e Vpu, eram desativadas por mutações genéticas. O problema é que, em sua forma “selvagem”, o HIV ainda contém essas proteínas, que agem como seus “guarda-costas”. Assim, os cientistas decidiram buscar uma maneira de enganar esses defensores. Para isso, adicionaram uma molécula às superfícies das células dos pacientes infectados, chamada JP-III-48, que imita a proteína CD4. Localizada na superfície dos linfócitos T, essa proteína é a “porta” usada pelo HIV para invadir as células do sistema imune e infectá-las, mas depois é eliminada por ele justamente para evitar que elas sejam reconhecidas como doentes pelas defesas do organismo.
— A solução (cura da Aids) é desenvolver uma terapia de “choque e morte” — explica Finzi. — Precisamos reativar os depósitos de HIV para forçar o vírus a sair de seu esconderijo e, então, matar as células infectadas.



Despesas assistenciais crescem 19%
05/05/2015 - DCI

Em 2014, as despesas assistenciais continuaram crescendo em ritmo mais acelerado que as receitas do setor de saúde suplementar, segundo análise da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
De dezembro de 2013 a dezembro de 2014, as despesas cresceram 18,8%, totalizando R$ 108,8 bilhões. Enquanto as receitas de contraprestações tiveram alta de 15,6%, somando R$ 130,4 bilhões.
De acordo com a Fenasaúde, o crescimento das despesas se deve, em parte, ao aumento de 2,5% do número de beneficiários e a inflação geral de preços do período, de 6,4% (medida pelo IPCA). Assim, descontados o aumento de beneficiários e a inflação geral de preços essa taxa de crescimento real per capita é muito elevada não se sustenta.

Sinistralidade

Em 2014, a taxa de sinistralidade (equação entre despesas e receitas) nas modalidades de assistência médica (cooperativa médica, medicina de grupo e seguradora especializada em saúde) foi de 84,2%, com aumento de 2,4 pontos percentuais (p.p), na comparação com 2013. No mercado, considerando todas as modalidades de planos médicos e odontológicos, a taxa foi de 83,4%, com expansão de 2,1 p.p, na mesma base de comparação.
Nos últimos anos, o mercado de saúde suplementar constituiu mais de R$ 27,9 bilhões em provisões técnicas (lastro financeiro que formam as garantias para os riscos assumidos pelas operadoras). Nos últimos três anos, calculados até dezembro de 2014, foram provisionados R$ 9,3 bilhões, com expansão de 45,2% ante 2011.
Das 1.156 operadoras ativas que divulgaram o resultado do patrimônio líquido no quarto trimestre de 2014, 79 tiveram resultado negativo, o que representa 6,8% do mercado. Destas, 55 operadoras já haviam apresentado patrimônio líquido negativo também no terceiro trimestre do ano.
Em dezembro de 2014, o mercado de Saúde Suplementar alcançou 72,2 milhões de beneficiários.

 


Idosos são 9 em cada 10 mortos por dengue
05/05/2015 - Folha de S.Paulo

Nove em cada dez mortos pela dengue neste ano no Estado de São Paulo eram pessoas com 60 anos ou mais --das quais 75% tinham algum tipo de doença preexistente.
O perfil foi mapeado pela Folha com informações de 130 dos 169 óbitos registrados --recorde desde 2010, quando houve 141 mortes, conforme balanço desta segunda (4) do Ministério da Saúde.
Na prática, embora representem perto de 12% da população paulista, os idosos são 87% das vítimas da dengue.
O número de mortos é a segunda marca negativa gerada por São Paulo durante a epidemia em 2015. O Estado também registrou recorde histórico de casos de dengue, com 222 mil confirmações.
O levantamento feito pela reportagem nos municípios indica que, em média, as pessoas ficaram uma semana internadas antes de morrer.
O infectologista Esper Kallas, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), diz que alguns fatores são determinantes para uma morte por dengue --idosos são as principais vítimas porque, na prática, estão mais sujeitos a esses agravantes.
Entre eles estão as condições gerais de saúde da pessoa e a falta de diagnóstico rápido da doença e de medidas de atenção ao doente, além do sorotipo do vírus que a contaminou e a quantidade de vezes que ela foi infectada.
"A chance de um adulto saudável, que recebeu os cuidados necessários prontamente, morrer de dengue é muito pequena. A doença vai ser mais letal em um senhor com 78 anos, que tenha asma, ou em um recém-nascido desnutrido", diz Kallas.
Mesmo com um número recorde de mortes em SP, ele é considerado "relativamente pequeno" se comparado a outras doenças epidêmicas --como ebola ou sarampo.
"Apesar da perda irreparável para as famílias, com menos de 0,1% de letalidade diante do número de casos, podemos dizer que esse índice de morte ainda é tecnicamente baixo, algo comparável com morrer pela gripe", afirma o infectologista.
O levantamento da Folha aponta que Catanduva (23), Sorocaba (19), Limeira (9) e Itapira (9) lideravam as mortes por dengue no Estado.
Uma mulher de 94 anos, de Penápolis (a 479 km de SP), e uma criança de 11 anos, que aguardava por um transplante de medula na capital paulista, eram as vítimas mais idosa e mais jovem da doença, respectivamente, conforme as 130 mortes mapeadas.
No país, 229 pessoas já morreram de dengue este ano (74% em SP) e 746 mil casos da doença foram notificados, alta de 234% em relação ao mesmo período de 2014.
O ministro Arthur Chioro (Saúde) disse que o avanço da dengue "é uma vergonha" depois do bom desempenho contra a doença em 2014. "Não posso deixar de admitir que estamos com dificuldade com a dengue", afirmou, durante aula na Faculdade de Saúde Pública da USP.



Mercado Aberto: Nova cara 
05/05/2015 - Folha de S.Paulo
 
A DG Participações, que controla as administradoras de planos de saúde Unifocus e PrevQuali, lança nesta terça(5) a nova marca do grupo, a AllCare Benefícios.



Dengue cresce 234% e supera 746 mil casos no ano 
05/05/2015 - Valor Econômico

O avanço da dengue já faz com que o país ultrapasse até mesmo os índices de uma epidemia, segundo dados do Ministério da Saúde.
De janeiro até 18 de abril foram notificados 746 mil casos da doença no país, um aumento de 234% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 223 mil registros.
Em termos de incidência, o país atingiu 367,8 casos por 100 mil habitantes. Com isso, o Brasil atingiu um patamar acima do considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para uma epidemia, quando há registro de 300 casos por 100 mil habitantes.
Mais da metade das notificações, porém, ocorreu no Estado de São Paulo. Foram registrados no Estado, aproximadamente, 402 mil notificações de dengue desde o início do ano. No mesmo período de 2014, eram 84 mil casos.
Além de São Paulo, outros seis Estados também apresentam índices epidêmicos da doença: Acre, Tocantins, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Apesar do crescimento apresentado este ano, o número de casos no país, no entanto, ainda é menor que o recorde de 2013, quando foram notificados cerca de 1,4 milhão de casos somente nos quatro primeiros meses daquele ano.
O novo boletim do Ministério da Saúde também mostra que houve avanço no número de mortes. Ao todo, já são 229 óbitos confirmados no país em decorrência da dengue, um aumento de 44,9% em relação a igual período do ano passado, quando houve 158 mortes. Já o número de casos graves passou a 404 registros. Em 2014, eram 270, segundo o governo federal.
Os sintomas da dengue são febre alta, dores de cabeça, dores musculares, náuseas e vômitos. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar sangramentos, queda de pressão arterial e insuficiência respiratória.
Para o governo federal, alterações climáticas, com mudança no período de chuvas, a crise no abastecimento de água em algumas regiões e o início da transmissão em cidades que não tinham registros anteriores podem ter colaborado para o aumento de casos no país.
 
 
 



 

 

 

 

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