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CLIPPING 07/04/2015

Assessoria de Comunicação do CRF-SP

Medicamentos

Pesquisa e Desenvolvimento

Saúde


Medicamentos

 

Medo leva pais a não vacinar filhas contra o HPV
07/04/2015 - Folha de S.Paulo

Por que a adesão à vacinação contra o vírus do HPV, o papilomavírus humano, está tão baixa? Seis meses depois de o Ministério da Saúde iniciar a segunda fase da campanha, pouco mais da metade (57%) do público-alvo (4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos) foi imunizado. A meta era vacinar 80% dessas garotas.
A primeira fase da vacinação, que aconteceu em março do ano passado, foi considerada um sucesso pelo Ministério da Saúde: 99% das meninas foram imunizadas.
O que aconteceu, então, para que a segunda fase ficasse tão abaixo das expectativas? Conversando com amigas que têm filhas adolescentes, lendo blogs e páginas no Facebook uma das explicações parece ser o medo da vacina.
Ele foi detonado, principalmente, após 11 garotas de uma mesma escola de Bertioga terem apresentado mal-estar após a vacinação em setembro de 2014, na segunda fase da campanha.
Três acabaram sendo internadas e uma das adolescentes reclamou que não estava "sentindo as pernas".
Segundo a diretora de imunização da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Helena Sato, as meninas foram avaliadas, fizeram exames laboratoriais e de imagem e nenhuma ficou com paralisia ou algum tipo de sequela. Todas passam bem.
Em entrevista ao site do médico Drauzio Varella, Sato diz que o caso pode ter assustado os pais, que, temerosos, optaram por não submeter as filhas à segunda dose da vacina.
"Consideramos que elas [meninas de Bertioga] tiveram uma reação de ansiedade após a imunização. Algo que ocorre com certa frequência, pois muitas vezes as meninas ficam nervosas e com medo da possível dor que a vacina pode causar."
Mas não é só isso. A vacinação gerou controvérsias também entre os médicos, especialmente entre os médicos de família que não acreditam a efetividade da imunização.
Para Gustavo Gusso, professor de clínica médica da USP e diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, a vacina ainda não mostrou consistência na proteção contra câncer e muito menos para morte por câncer de colo de útero.
Em artigo publicado nesta Folha, ele explica que a maioria das lesões intra-epiteliais regride espontaneamente e não se pode afirmar que "se protege contra lesões intermediarias irá proteger contra câncer".
Ou seja, a vacina não pode ser chamada de "contra câncer" nem "contra o HPV" porque não há demonstração que o vírus ou a maioria dos tipos deixará de circular (como o nome diz ele é "humano" e vive no homem). Sobre a segurança, Gusso diz que os estudos disponíveis atestam a segurança da imunização.
Isabella Ballalai, presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunização), reforça, em nota publicada no site da sociedade, que a vacina distribuída no Brasil e há mais de nove anos utilizada em diversos países do mundo é segura e os efeitos adversos pós-vacinação costumam ser leves e autolimitados.
Segundo ela, a vacinação, associada às atuais ações para rastreamento do câncer de colo do útero, possibilitará a prevenção da doença nas próximas décadas. Hoje, ela representa a quarta causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil.
A partir deste mês, o próximo alvo de imunização do Ministério da Saúde serão as meninas entre nove e 11 anos. Mas, pelo andar da carruagem, se não aparecer uma boa ação de convencimento, é possível que o estoque de vacinas continue encalhando. Passou da hora de os governos federal, estaduais e municipais darem ouvidos aos medos e preocupações dos pais e às opiniões discordantes na classe médica. A estratégia de ignorá-los dá sinais de esgotamento. 

 


 

Falso médico português fazia venda ilegal de remédios em SP, diz polícia
07/04/2015 - G1

Um homem de 51 anos foi preso suspeito de se passar por médico e de vender remédios sem autorização em Barretos (SP). Segundo a Polícia Civil, 600 frascos de medicamentos irregulares foram apreendidos na casa de Jorge Manuel de Matos, natural de Portugal. Ele pagou fiança e obteve liberdade provisória, mas responderá por exercício ilegal da medicina.
O advogado de defesa do suspeito, Chafei Amsei Neto, afirmou que as acusações não procedem e que seu cliente tem a documentação necessária para atender pacientes. Matos entregou o passaporte e se mostrou disposto a colaborar com as investigações, informou o advogado.

Prisão

O português foi detido quinta-feira (2), depois que a polícia encontrou mais de 600 frascos de medicamentos em sua casa no bairro Derby Clube, também usada como consultório.Os produtos foram encaminhados à Vigilância Sanitária, onde se verificou que eles não estavam registrados, segundo a polícia. “O suspeito diagnosticava a doença e recomendava a ingestão do produto que ele vendia. Então são duas infrações criminais”, disse o delegado João Brocanello Neto.
De acordo com ele, o homem não possui registro profissional, mora em Campina Verde (MG) e vendia cada frasco por R$ 50 a R$ 60. O suspeito indicava os medicamentos para diabetes, sinusite, depressão e pressão alta, mas na embalagem não havia informações sobre procedência ou sobre o farmacêutico responsável, alegou o delegado.

Prisão

Matos permaneceu calado no interrogatório, porém chegou a revelar que realizava consultas, explicou Bocanello Neto. “Ele contou que atendia as pessoas, não cobrava nada pela consulta, apenas comercializava os produtos medicamentosos”, disse.
O suspeito foi autuado por exercício ilegal da medicina e comercialização de produtos com fins terapêuticos sem registro na Vigilância Sanitária. Ele foi levado para a Cadeia de Severínia (SP), mas obteve direito a liberdade provisória após pagar fiança. Os remédios foram encaminhados ao órgão responsável para o descarte.

Defesa

De acordo com Amsei Neto, advogado de Matos, seu cliente entregou o passaporte e vai colaborar com as investigações. Segundo ele, a defesa será definida após a conclusão do inquérito, quando ele pretende provar que o português trabalhava de forma legal no Brasil.
“Ele não tem interesse algum em sair do Brasil, mesmo porque já tem uma empresa em Minas Gerais. Essa acusação é descabida uma vez que toda a documentação necessária para exercer o tipo de atividade que ele vem exercendo nós temos em mão.”

 

Pesquisa e Desenvolvimento

 

Prêmio de oncologia do Icesp tem inscrições abertas até o fim do mês
07/04/2015 - Folha de S.Paulo

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) está com as inscrições abertas para a sexta edição do Prêmio Octavio Frias de Oliveira, uma iniciativa em parceria com o Grupo Folha.
A láurea, que leva o nome do publisher da Folha, morto em 2007, busca reconhecer e estimular contribuições de pesquisadores brasileiros e de outros profissionais que atuam na área oncológica.
O prêmio é concedido a três categorias: personalidade de destaque em oncologia, pesquisa e inovação tecnológica. Os escolhidos receberão um cheque de R$ 16 mil cada um, além de certificado.
As inscrições prosseguem até o dia 30 de abril, e a premiação ocorrerá em 5 de agosto, data de nascimento do patrono da láurea. Mais informações estão disponíveis no site www.icesp.org.br/premio.

 

 

 
Doenças crônicas matam 74% todos os anos
07/04/2015 - Diário da Manhã 

Cerca de 74% das mortes ocorridas no mundo são em decorrência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), conforme dados apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dentre as principais causadores de mortes no Brasil estão: Acidente Vascular Cerebral (AVC), o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), o diabetes, a hipertensão e o câncer.
Os principais vilões desta alta prevalência são os fatores de risco como o tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada, consumo exagerado de álcool e exposição excessiva à luz solar. Conforme os dados da OMS, uma em cada seis mortes é atribuída ao tabagismo. Cerca de 40% das mortes por DCNT podem estar relacionadas à ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas e com alto teor de açúcar e sal.
Já o sedentarismo contribui com 8% de todas as mortes por DCNT ao ano e 2,3 milhões de pessoas perdem a vida devido ao excessivo consumo de álcool, sendo que 60% destas estão relacionadas às DCNT.
No Estado de Goiás, as doenças do aparelho circulatório (especialmente AVC e IAM) representam a primeira causa de morte, seguida pelas causas externas e o câncer. Nos homens, o câncer mais comum é o de câncer de próstata e o que mais mata é o câncer de pulmão. Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente e o que mais mata.

Evento

O Dia Mundial da Saúde é comemorado hoje. Por isso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realiza o evento “Alimente-se Bem e Movimente-se Também”, que tem como foco principal a orientação e divulgação de hábitos saudáveis de vida que auxiliam no combate e prevenção de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). O programa acontece no Estacionamento Sul do Araguaia Shopping, das 10h às 16h de hoje. Cerca de 70 profissionais de saúde estarão no local para atender gratuitamente todos que passarem pelo local.
O cronograma do evento contém diversas atividades como: ioga, tai chi chuan, danças circulares e treinamento funcional. Haverá aferição de pressão arterial, verificação de glicemia, peso e altura (IMC). Os visitantes também vão receber orientações relacionadas à alimentação segura e saudável, saúde da mulher e perigos do uso do tabaco.
 


Sociedade de Medicina e Cirurgia: 937 mil pessoas são infectadas com sífilis, anualmente
06/04/2015 - Jornal do Brasil Online

Apesar de ser uma das mais antigas doenças sexualmente transmissíveis e de fácil tratamento, a sífilis continua a preocupar as autoridades médicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença acomete anualmente mais de 12 milhões de pessoas no mundo — 937 mil apenas no Brasil. Com o objetivo de alertar para a importância do problema e de informar sobre prevenção e tratamento, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ) promove nesta terça-feira (7/4), Dia Mundial da Saúde, distribuição de folderes e a realização do teste rápido para detecção da sífilis, com o apoio do Centro de Testagem e Aconselhamento do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.
“A doença pode ser transmitida durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, pela transfusão com sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto”, explica a infectologista e presidente da SMCRJ?? Marilia de Abreu Silva.
A médica informa que a transmissão da doença de mãe para filho pode causar malformação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. “Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença”, orienta.
A sífilis congênita é responsável por altos índices de morbimortalidade intrauterina. No Rio de Janeiro, por exemplo, o número de casos cresceu 91,3% entre 2000 e 2013, o que torna a doença um grave problema de saúde pública, segundo os especialistas. “O Estado do Rio de Janeiro respondia por 12,7 casos por 1.000 nascidos vivos em 2012, o que representava a maior incidência do país, estatus que se mantém segundo o Boletim Epidemiológico DST/AIDS e Hepatites Virais divulgado em 2014 pela Secretaria de Saúde”, acrescenta a presidente da SMCRJ.
A situação em outras unidades da federação não é muito diferente. De acordo com o Ministério da Saúde, o estado do Ceará ocupa o segundo lugar com 6,8 ocorrências para cada 1.000 nascidos vivos; Sergipe, o terceiro, com 6,7. Em Minas Gerais, a cidade de Itaúna registrou 44 casos relacionados à gestação, num total de 125 novas ocorrências em 2014 — de janeiro até março de 2015 já foram feitos 14 registros totais da doença. Em Campinas (SP) o número de registros totais chegou a 1025 em 2013 e quase 600 entre janeiro e o início de dezembro de 2014.
“Dados da infecção em nível global divulgados em 2013 pela OMS mostravam que 1,9 milhões de gestantes estavam infectadas. A cobertura de diagnóstico e tratamento da doença durante a gestação era inferior a 10%. Infelizmente, esse quadro não vem mostrando sinais de regressão”, lamenta Marilia de Abreu Silva.

Sintomas

Os primeiros sinais são detectados entre sete e 20 dias após a infecção, quando surgem feridas pequenas nos órgãos genitais e caroços nas virilhas (ínguas). Esses sintomas não provocam dor, coceira, ardor nem se caracterizam pela presença de pus. As feridas podem desaparecer mesmo sem tratamento, mas a doença continua a se desenvolver. Em estágios posteriores podem surgir manchas em várias partes do corpo, inclusive nas mãos e nos pés, e queda dos cabelos.
As manchas podem desaparecer após algum tempo, sugerindo melhora do quadro, e a doença pode não apresentar sintomas por meses ou anos, até que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte. 

Tratamento

Apesar de grave, a sífilis tem cura com um tratamento simples: o uso do antibiótico penicilina em três doses (ou uma ou duas, de acordo com a fase da doença) aplicadas uma vez por semana, durante três semanas.
“A identificação precoce do problema e a busca imediata pelo tratamento são atitudes que aumentam a qualidade de vida e evitam a transmissão”, conclui a infectologista.

Serviço:

Ação Dia Mundial da Saúde – SMCRJ na luta contra a sífilis
Local: Avenida Mem de Sá, 197 – Centro
Dia: 7 de abril de 2015
Hora: Das 9h às 12h
Ação: Distribuição de folhetos informativos e realização do teste rápido para detecção da sífilis.
 

Saúde

 

Menos médicos e menos saúde
07/04/2015 - Folha de S.Paulo
Colunista: CARLOS VITAL TAVARES CORRÊA LIMA


As soluções para os dilemas da saúde no Brasil não estão na importação de médicos com diplomas obtidos no exterior e sem revalidação. 
A população carente é dependente do SUS (Sistema Único de Saúde), que não possui financiamento compatível nem competência administrativa, é desprovido de controle, de avaliação e de planejamento adequados, submetido ao descaso.
Os projetos governamentais na área da saúde são elaborados com apriorística atenção ao "tempo político", imprescindível ao êxito eleitoral. Não há políticas de Estado, apenas fragmentadas políticas de governo, sem continuidade nem reverência a princípios fundamentais.
O resultado da auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o programa Mais Médicos, apresentado no início de março, não surpreendeu o CFM (Conselho Federal de Medicina). A primeira crítica dos auditores do TCU foi à fragilidade do sistema de supervisão e de tutoria do programa. Apesar da resistência do governo em fornecer os dados, concluiu-se que dos 13.790 inscritos, 4.375 (31,7%) não possuíam supervisores indicados.
Observe-se que, em limites acima dos parâmetros legais, 10% desses supervisores acompanhavam mais de dez participantes e outros 10% tinham carga de atividades acima de 81 horas semanais, em alguns casos com decorrente encaminhamento dos relatórios de supervisão de forma intempestiva e sem amplitude de aspectos clínicos, mais voltados a questões administrativas.
As referências de maior gravidade surgiram quando 17,7% dos "supervisionados" admitiram que a falta de conhecimento dos protocolos clínicos conturbou diagnósticos e terapêuticas ao entrarem em contato com seus supervisores para dirimir dúvidas sobre o atendimento.
Por outro lado, 34,3% dos "supervisores" afirmaram que os médicos formados no exterior enfrentaram obstáculos devido ao desconhecimento desses protocolos, inclusive com relatos de dificuldades para definição dos nomes de medicamentos e de suas dosagens corretas.
O TCU apontou também problemas nos módulos de acolhimento destinados aos intercambistas do programa, com a inclusão de 95 pessoas que deveriam ter sido reprovadas por não atingirem os critérios mínimos exigidos nos eixos de língua portuguesa e de saúde.
No âmbito do acesso à assistência e do combate às desigualdades regionais, o relato também aponta que o Mais Médicos ficou longe das suas metas. A auditoria mostra que em 49% dos primeiros locais atendidos pelo programa, ao receberem os bolsistas, ocorreu a dispensa de médicos contratados anteriormente.
Em agosto de 2013, nesses municípios com redução da oferta de serviços médicos havia 2.630 médicos, que, somados aos 262 profissionais que chegaram pelo Mais Médicos, totalizavam 2.892 médicos. Em abril de 2014, porém, contabilizou-se apenas 2.288 médicos.
Os paradoxos foram superpostos, posto que houve uma diminuição das consultas médicas em 25% dos municípios cadastrados e uma distribuição sem prioridade às áreas de pouca ou nenhuma assistência.
As soluções para os dilemas da saúde no Brasil não serão encontradas na importação de médicos com diplomas obtidos no exterior e sem revalidação ou com a formação em massa de médicos em escolas sem docência e sem decência.
As respostas a esses desafios têm consistência em uma carreira de Estado e em boas condições de trabalho para os profissionais da área, financiamento pela União e por demais entes federativos de pelo menos 70% das despesas sanitárias, bem como planejamento, gerenciamento, controle e avaliação eficazes.
Enquanto esses requisitos não forem consolidados, a maioria dos dependentes do SUS continuará morrendo de causas evitáveis.
As conclusões do TCU reforçaram o posicionamento crítico do CFM em relação ao Mais Médicos. Expõem a necessidade de revisão do programa para que haja a extinção dos prejuízos aos cofres públicos, a promoção do bom exercício da medicina e, mormente, a preservação da vida e da saúde dos brasileiros que se encontram na camada social mais vulnerável e desfavorecida, agora com menos médicos e menos saúde.

 

 

Tenda de atendimento a dengue é aberta ao lado de lixo
07/04/2015 - Folha de S.Paulo

Existem dois mundos onde foi instalada a primeira tenda de atendimento aos pacientes com dengue, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Dentro, poltronas, ar-condicionado e médicos do hospital Albert Einstein. Na rua a cerca de 50 metros, um monte de lixo acumulado no chão e em caçambas.
A cena pôde ser vista nesta segunda-feira (6), primeiro dia de funcionamento da tenda, localizada ao lado da UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Vista Alegre.
Enquanto na tenda a limpeza estava impecável, do lado de fora, o secretário-adjunto de saúde do município, Paulo Puccini, teve que pedir que entrassem em contato com a Subprefeitura para que a limpeza fosse feita.
Com capacidade para atender até 200 pessoas, a tenda tem quatro médicos. Poltronas para receber os pacientes, que são encaminhados direto para fazer um exame de sangue. O diagnóstico fica pronto em até 30 minutos.
No hospital Albert Einstein, médicos podem atender por teleconferência.
Apesar de todo o aparato, ninguém conseguiu entrar antes das 13h30 --a previsão era de que o atendimento começasse às 10h.
Daniele Vasquez, 30, levou a mãe e a irmã para que fossem atendidas antes das 12h. "Minha mãe está com câncer e tomando um medicamento que a deixa mais vulnerável. Desde sábado (4) estamos tentando um diagnóstico".
Antes de ser recebido na tenda, é necessário que o paciente passe por triagem em uma UBS. "É importante para evitar que gente que não está com dengue venha até a tenda", explica Puccini.
A tenda funcionará de segunda à sexta, das 8h às 18h. Outras duas serão abertas na Freguesia do Ó e no Jaraguá, nas próximas semanas.
Até a última quinta-feira (2), três pessoas haviam morrido de dengue na capital e 22.783 notificações (casos sob suspeita) foram feitas. Desses, 4.395 foram diagnosticados com a doença.
A Subprefeitura Freguesia/Brasilândia diz que as caçambas com lixo são de responsabilidade da Loga, contratada pela Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) e que a limpeza foi realizada na tarde de segunda. A empresa irá rever a quantidade de contêineres no local.



 

Paciente que já dormiu até dirigindo moto conta como é ter narcolepsia
07/04/2015 - Folha de S.Paulo
 
O motoboy Diego Teixeira, 32, sofre de narcolepsia e apneia do sono, transtornos de origem desconhecida que fazem com ele chegue a despertar mais de 600 vezes por noite e sinta um imenso sono durante o dia –chegou a ser demitido por dormir no trabalho.
Após não se acostumar com o tratamento medicamentoso com Ritalina, ele passou a utilizar um aparelho que facilita a respiração durante a noite para tentar dormir melhor.
Leia abaixo o seu depoimento.

*

Meu apelido é Soneca. Mas nem todo mundo sabe que eu tenho um problema de saúde, embora às vezes quem é de fora seja até mais compreensivo do que a família, os amigos e até os médicos.
Em uma festa de Réveillon, dormi na piscina. Estava com os braços apoiados na borda e dormi ali. Não sei quanto tempo dormi, mas acordei com as risadas das pessoas.
É uma doença que interfere na sua vida pessoal. Não posso, por exemplo, pegar um ônibus e levar meu filho para dar uma volta no Parque do Ibirapuera em um final de semana. Eu sei que vou dormir no ônibus a caminho de lá, se a gente for parar para comer um lanche eu vou dormir durante o almoço também.
Estou aqui falando da doença mas nem sei direito do que se trata. Nenhum médico bateu o martelo: tenho narcolepsia e apneia do sono, mas ninguém sabe dizer exatamente qual é a causa.
O fato é que, se me deixarem, eu posso dormir por semanas e semanas e ainda vou sentir sono. Acabei de voltar de férias, descansei bastante, dormi muito e continuo querendo dormir do mesmo jeito.
Além disso, os ataques de sono são incontroláveis e não têm hora para aparecer. Mas depois do almoço, por exemplo, é insuportável. Preciso cochilar um pouco. Se estou em um lugar que não vou poder cochilar depois do almoço, nem paro para almoçar porque sei que depois não vou aguentar.
Esses cochilos não duram muito. Geralmente 15 minutos já são o suficiente para me mentar acordado pelas próximas duas ou três horas. Mas, quando o sono vem, eu preciso parar o que estiver fazendo e ir dormir. Já dormi em piscina, dirigido a moto, levando meu filho para encontrar a mãe.
Uma vez estava indo para Itapevi, de moto, e quando eu vi estava perto de um posto de gasolina em Cotia. Tinha andado um espaço grande dormindo em cima da moto. A sorte é que estava perto do posto de gasolina, então pude parar e cochilar um pouco.
A quantidade de para-choques de carro que já tive que pagar por causa disso... Às vezes eu bato a moto e nem conto para minha esposa. Carro, por exemplo, eu não posso nem sonhar em dirigir.

COMEÇO

Os problemas começaram há uns sete anos. Na época eu trabalhava com produção de shows, mas também trabalhava na bilheteria e no evento, à noite. Em algumas semanas, de quinta a domingo, eu trabalhava de dia, no escritório, depois no show. Ficava acordado das 7 da manhã até as 7 da manhã do outro dia. Então ia para casa, dormia duas horas e voltava para o escritório.
Foi aí que começou, eu dormia durante o expediente, na frente do computador. Acabei sendo demitido.
A necessidade de dormir só foi aumentando e as pessoas começaram a estranhar: "nossa, Diego, mas você só dorme!".
Fui procurar tratamento. Alguns médicos dizem que pode ter relação com esse período, outros dizem que pode ser hereditário. Ninguém sabe.
Minha apneia do sono é grave. Pelos laudos do Instituto do Sono, eu chego a despertar 682 vezes por noite. Por causa disso nunca sei bem por quantas horas eu dormi.
Mas tento levar uma vida normal. Vou deitar por volta das 23h de noite e acordo bem às 6h da manhã. Mas logo começa. Se depois do café da manhã eu sento um pouco no sofá, já começo a cochilar. Se estou conversando e a conversa pausa um pouco, cochilo.
O tratamento interfere bastante na vida pessoal também. Por indicação médica, comecei a tomar Ritalina. Mas não achei que estivesse melhorando e parei. E, em uma vez que esqueci que estava tomando o remédio e acabei ingerindo bebida alcoólica, comecei a ter alucinações.
O que parece estar me ajudando um pouco é o CPAP [uma máquina que produz um fluxo ar para as vias aéreas que impede as pausas respiratórias durante o sono]. É meio esquisito dormir com aquilo, mas parece que quando uso, consigo controlar melhor meu dia, trabalhar mais.
Atualmente sou motoboy, por que é uma profissão em que consigo administrar algumas pausas durante o expediente. Meus amigos já me disseram que Deus deve ter algum plano para mim. Porque eu já dormi em cima da monto, acordei dirigindo na Marginal e nada sério aconteceu. Vai ver existe algum plano, mesmo.
Sei que pode ser perigoso dirigir uma moto tendo a minha doença, mas preciso ter algum trabalho para poder criar meus filhos. Se eu parar de trabalhar, vai começar a faltar para eles. E isso eu não vou deixar acontecer. 
 
 
 


Com atraso, tenda da dengue é aberta na capital
07/04/2015 - O Estado de S.Paulo

A primeira tenda para pacientes com dengue foi inaugurada ontem na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Vista Alegre, na Brasilândia, zona norte da capital. O primeiro atendimento, porém, só foi feito por volta das 13h45,mais de três horas depois do horário previsto para a inauguração.
O atraso foi causado pelos ajustes finais na montagem da central e por um acidente na região, que atrapalhou o trânsito, segundo o secretário adjunto municipal de Saúde, Paulo Puccini.
O objetivo da tenda é dar apoio às unidades de saúde da zona norte, a mais atingida pelos casos de dengue. Ela tem capacidade para atender entre 150 e 200 pessoas por dia.
No dia 2, a Prefeitura anunciou que instalaria as máquinas de diagnóstico em quatro unidades de saúde na região.Oexame de contagem de plaquetas demora 5minutos para ficar pronto.

Os pacientes serão encaminhados pelas AMAs e UBSs.

No balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, do período de 4 de janeiro a 14 de março, foi informado que 4.436 casos autóctones foram confirmados.De acordo com Puccini, a tenda foi inaugurada antes do pico de dengue previsto para a capital. “O pico deve ser na 16.ª e na 17.ª semana do ano. Então, montamos entre a 13.ª e a 14.ª para receber os pacientes e ela deve funcionarem torno de seis semanas.” Ainda segundo Puccini, serão inauguradas outras oito tendas na capital,nas zonas norte(Freguesia do Ó e Jaraguá), oeste (Rio Pequeno e Lapa),sul(Cidade Ademar e M’Boi Mirim) e leste (Itaquera e Carrão) nas próximas semanas.
A primeira a ser atendida foi a autônoma Maria Eugênia Rondo Rojas, de 44 anos, que está com sintomas de dengue desde a segunda-feira da semana passada.“Ela estava com febre alta, saíram manchas vermelhas no corpo e ela não consegue comer nada”, conta a cunhada dela, a também autônoma Linda Riveiro, de 26 anos. Os atendimentos eram rápidos e havia fila só no preenchimento de registros.
Interior. Nas primeiras cidades do interior de São Paulo em que a doença se tornou epidêmica, os casos de dengue estão diminuindo, segundo informam os serviços de saúde municipais.
Em Guararapes, noroeste do Estado, o total de casos em março foi de 185, redução de 80% em relação a fevereiro, quando houve 895.
Em Catanduva,norte do Estado,onde a epidemia pode ter feito o maior número de mortes – 18 confirmadas e 20 em investigação –, o número de casos já não sobe na mesma velocidade.
São 10.940 confirmados e 395 aguardando resultados. A procura por atendimento nas unidades de saúde caiu 40%. O número de casos também é decrescente em Marília e Penápolis.
Nas cidades em que a dengue se espalhou há menos tempo, porém, os casos continuam aumentando.
Em Campinas, o Hospital Celso Pierro parou de atender casos não urgentes. 

 
 


No Dia Mundial da Saúde, Ministério alerta que população está obesa e sedentária
07/04/2015 - Diário do Amazônas 

No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta terça-feira (7), um alerta à saúde dos manauaras é feito em relação à obesidade, tabagismo, câncer e hipertensão.
Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), avaliados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), Manaus tem 53% da população com excesso de peso; 50% que não praticam suficientemente atividade física; 29,1% que não consomem frutas e hortaliças nos cinco dias da semana; 18% são obesos e 7% são fumantes. O percentual de adultos hipertensos é de 19,3%. Os dados são de 2013, último ano que a pesquisa foi realizada.
Os números da Vigitel mostram, ainda, que o percentual de mulheres (de 50 a 69 anos) que realizaram mamografia em algum momento de suas vidas e nos últimos dois anos em Manaus foi de 85,6%. E o índice das que realizaram o exame papanicolau, para câncer de colo de útero, em algum momento de sua vida e nos últimos três anos, foi de 87,2%.
Segundo o MS, o câncer de mama e de colo do útero são os que apresentam maior incidência entre as mulheres.
Considerando a população de 1.478.000 habitantes acima de 18 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na época em que foi feita a pesquisa, Manaus conta com 18% de sua população obesa e 53% acima do peso.
Os dados mostram também a autoavaliação do estado de saúde. Nesse dado, os adultos classificam seu estado de saúde em muito bom, bom, regular, ruim ou muito ruim. Em Manaus, 6,7 % dos adultos avaliaram negativamente seu estado de saúde (como ruim ou muito ruim), sendo a porcentagem mais alta do Brasil.
A pesquisa coloca, ainda, Manaus como uma das cidades onde há maior consumo abusivo de bebidas alcoólicas, com 10%, por homens e mulheres bebendo, em média, quatro dias da semana.
Para a cardiologista e secretária da Sociedade Amazonense de Cardiologia, Símora Souza, é necessário que se cuide do excesso de peso, pois com a obesidade o risco de outras doenças aparecerem é maior, como diabetes e hipertensão. “É necessário esse cuidado na alimentação e com as atividades físicas. Aqui no Amazonas, pela dificuldade de ser muito quente, não ter muitos parques para atividades e até o acesso a frutas e hortaliças, contribui para o consumo maior de carboidratos brancos, que fazem mal para a saúde”, explicou.
A cardiologista alerta para a educação alimentar das crianças e a reeducação para os pais. “O que falta é educar, claro de acordo com as condições financeiras de cada família. Mas as crianças precisam aprender desde cedo a forma correta de comer e isso começa nas escolas. É a escola que tem esse papel e os pais precisam adquirir uma consciência que o que eles comem os filhos vão comer e isso vai refletir em um adulto obeso, se não houver uma boa alimentação”, disse.
No dia 26 de abril, a Sociedade de Cardiologista participará da Campanha Nacional contra Hipertensão. O evento acontecerá na Praia da Ponta Negra, com palestras, aferição de pressão, e outras orientações aos participantes que estiverem na praia.
 
 


 

 



 

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