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Sem atingir meta, vacinação contra pólio e sarampo volta a ser prorrogada
16/12/2014 - Folha de S.Paulo / Site

A campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite deverá ser prorrogada até 31 de dezembro em ao menos 25 Estados, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

A orientação foi divulgada pelo governo federal nesta terça-feira (16) às secretarias de saúde. O objetivo é ampliar a cobertura de vacinação nos Estados e municípios onde houve baixa adesão à campanha.

Inicialmente, a campanha de vacinação estava prevista para terminar na última sexta-feira (12). É a segunda vez que a data é prorrogada neste ano.

Segundo o Ministério da Saúde, foram vacinadas até o momento 11,2 milhões de crianças contra poliomielite e 9,1 milhões contra sarampo –o que indica 88% e 82,9% do público-alvo, respectivamente. A meta, no entanto, é vacinar 95% das crianças.

Até segunda-feira (15), Espírito Santo era o único Estado que já havia ultrapassado essa meta, com 96,6% das crianças vacinadas contra sarampo e 96,9% contra poliomielite.

Ceará também bateu a meta contra sarampo (108,6%), mas ficou pouco abaixo do previsto em relação à pólio (92%).

Já o Acre é o Estado com menor percentual de crianças vacinadas no país –lá, a taxa de cobertura de vacinação até o início desta semana atingiu 59,2% contra o sarampo e 67% contra a pólio.

Pais que ainda não levaram os filhos para receber a vacina podem ir a um dos postos de vacinação.

A imunização contra poliomielite é indicada para crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Já a vacina contra o sarampo, que também protege contra rubéola e caxumba, é voltada a crianças entre um e cinco anos incompletos.

Ainda segundo o ministério, o Brasil não apresenta casos de poliomielite desde 1990. A vacinação tem o objetivo de manter o país livre do vírus, que afeta o sistema o sistema nervoso e provoca paralisia.

Já o sarampo tem entre seus sintomas mais comuns febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir ou falar, por exemplo. A vacina também é a única forma de prevenção da doença, informa a pasta.

Crianças com alergia ao leite de vaca, porém, não devem ser vacinadas. Para estas, a campanha ocorrerá posteriormente, informa o ministério.


Farmacêuticas investem pensando no longo prazo
17/12/2014 - Valor Econômico


Com participação de 37% no faturamento da indústria de química fina, a cadeia farmacêutica tem como diferencial a necessidade de fazer investimentos elevados e de longo prazo, de até 10 anos, no desenvolvimento de novos produtos. Para cada medicamento que desenvolvem, as empresas contam com um período de 10 a 20 anos de validade da patente, durante o qual detêm exclusividade de produção e comercialização.

Depois disso, a fabricação é liberada para os demais laboratórios e a entrada de uma grande quantidade de versões genéricas derruba os preços. Para repor a rentabilidade perdida com o fim da exclusividade, os laboratórios precisam investir constantemente em pesquisa e desenvolvimento para ter sempre produtos novos no mercado.

"O oxigênio que move essa indústria é a inovação", diz Adib Jacob, presidente da Novartis, que investe a cada ano cerca de 20% de seu faturamento em P&D, um total que chega a quase US$ 10 bilhões no mundo todo. No Brasil, investe R$ 100 milhões em pesquisa clínica, em parceria com hospitais e centros públicos de pesquisa. O mercado brasileiro é bastante atrativo para os laboratórios farmacêuticos, com vendas que chegaram a R$ 57,9 bilhões em 2013, segundo a IMS Health. Só o faturamento dos genéricos atingiu R$ 13,7 bilhões.

Com cinco fábricas no país, a Novartis é a empresa com maior número de testes clínicos no Brasil, segundo levantamento da consultoria Cortellis Trials Inteligence- Thompson Reuters. A empresa tem quatro acordos de parceria de desenvolvimento produtivo (PDP), versão das parcerias público-privadas criada pelo governo federal para a área de saúde, sob coordenação do Ministério da Saúde, que prevê transferência de tecnologia de laboratórios privados para a produção de novos medicamentos em laboratórios públicos.

Com esse modelo de negócio, a Novartis desenvolve uma vacina contra a meningite C em parceria com a Fundação Ezequiel Ramos (Funed), de Minas Gerais, e outros três projetos com a Fundação para o Remédio Popular de São Paulo (Furp-SP), dois dos quais para transplante de órgãos (Micofelonato de sódio e Everolimo) e um para a área oncológica. Nos próximos cinco anos, a empresa planeja lançar de cinco a dez produtos por ano.

"É um mercado dinâmico, que exige velocidade de adaptação para acompanhar as necessidades e demandas dos consumidores finais e dos nossos clientes", diz Tatiana Kalman, diretora de nutrição & saúde da Basf para América Latina. A inovação virá, segundo ela, principalmente da inovação incremental, destinada a melhor conveniência e adaptação do paciente ao tratamento e redução ou minimização de efeitos colaterais. Entre os produtos da Basf, que fabrica fármacos para a indústria farmacêutica, estão insumos farmacêuticos ativos como anti-inflamatórios e analgésicos, energéticos e anestésicos locais, e excipientes para formulações farmacêuticas, como aglutinantes e solubilizantes.

A brasileira Eurofarma investe de 6% a 6,5% de suas vendas líquidas em P&D, atuando em três frentes: lançamento de similares e genéricos, ao ritmo de duas dezenas de produtos por ano, inovação incremental, que consiste em desenvolver novas concentrações, associações e usos de moléculas já existentes no mercado, e inovação radical, ou seja, desenvolvimento de uma molécula que não existe no país, como um novo medicamento para diabetes, que está sendo desenvolvido em conjunto com o laboratório coreano Dong-A.

"Desenhamos uma estratégia para que a empresa tenha cada vez mais vendas oriundas de medicamentos inovadores com patentes", diz Martha Penna, vice presidente de inovação da Eurofarma.

A EMS Farma, que destina 6% do faturamento anual a seu centro de P&D, desenvolve produtos por meio de licenciamento de medicamentos inéditos no país e com a parceria técnico-científica com o laboratório de pesquisa italiano MonteResearch, assinada em 2006. Com tecnologia exclusiva da EMS, segundo Marcus Sanchez, vice-presidente institucional da empresa, foram lançados em 2014 o Esogastro IBP, para tratamento da bactéria H. Pylori, que causa infecção no aparelho digestivo, e os polivitamínicos infantis Neutrofer Prev e Neutrofer Poli, resultantes de inovação incremental.

O Cristália também destina a pesquisa, desenvolvimento e inovação cerca de 6% de seu faturamento, que foi de R$ 1,4 bilhão em 2013. Segundo Ogari Pacheco, presidente do Cristália, a empresa tem cerca de 37 projetos em andamento em várias áreas. Os principais são produtos de inovação radical, em etapa de estudos clínicos, para as áreas oncológica, anestésica, imunológica e cardiovascular. A empresa, que tem capital 100% nacional, é a única farmacêutica brasileira que realiza a cadeia completa de um medicamento, desde a concepção da molécula, até o produto final.


Pesquisa e desenvolvimento

 


Paciente-robô será usado para treinamento em oncologia
17/12/2014 - Folha de S.Paulo

Os robôs estão a serviço da medicina, dessa vez como pacientes. No Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), foi construído o Centro de Simulação Realística, concebido para auxiliar no treinamento dos profissionais da rede oncológica do Estado.

A proposta era criar um ambiente que reproduzisse fielmente o cotidiano dos pacientes com câncer e dos profissionais que os tratam.

Os pacientes-robôs têm "batimentos cardíacos", abrem e fecham os olhos sozinhos, inflam o tórax para "respirar", podem tossir e até mesmo vomitar.

Os profissionais poderão treinar procedimentos simples como injeção e coleta de sangue e até mesmo outros mais complexos como intubação e ressuscitação cardiorrespiratória.

Para a experiência ser perfeita, até mesmo a arquitetura foi levada em conta. As salas de treinamento foram construídas para serem idênticas aos leitos e aos consultórios médicos do hospital --para que o estresse gerado na tomada de decisão para tratar as máquinas possa imitar o que ocorre na realidade.

Depois, todos os procedimentos realizados podem ser revistos e debatidos, permitindo também o aprendizado com a discussão dos casos.

O investimento no centro foi de R$ 1,5 milhão.

"O objetivo do treinamento é capacitar nossos profissionais para lidarem com os imprevistos de maneira rápida e mais organizada, proporcionando qualidade e melhoria na assistência", diz Paulo Hoff, diretor geral do Icesp.


Planeta da depressão
17/12/2014 - Folha de S.Paulo

No mundo da depressão, o futuro já chegou. E as notícias não são boas.

De acordo com previsões da OMS (Organização Mundial da Saúde) feitas no século passado, em 2030 o mal seria responsável por 9,8% do total de anos de vida saudável perdidos para doenças. Pois esse índice foi atingido em 2010.

E as perspectivas de melhora não são nem um pouco otimistas, segundo Kofi Annan, ex-secretário geral das Nações Unidas, que abriu o seminário "The Global Crisis of Depression" (A crise global da depressão), promovido pela revista britânica "The Economist" e realizado em Londres em novembro.

"A depressão atinge hoje quase 7% da população mundial --cerca de 400 milhões de pessoas", apontou ele. "Incapacita os atingidos pela doença, coloca enorme peso em suas famílias e rouba da economia a energia e o talento das pessoas."

Segundo ele, em 2010 os custos diretos e indiretos da depressão eram estimados em US$ 800 bilhões (mais de R$ 2 trilhões) no mundo todo. "E, de acordo com as previsões, esse custo deve mais do que dobrar nos próximos 20 anos", alertou ele.

Um estudo apresentado no evento pelo diretor do Instituto de Psicologia Clínica e Psicoterapia da Technische Universitaet de Dresden, Alemanha, Hans-Ulrich Wittchen, sustenta esse cálculo.

A pesquisa analisou dados de 30 países de 2001 a 2011 para medir o tamanho das doenças mentais no continente e seu custo.

"Os males da mente são os mais prejudiciais e limitantes entre todos os grupos de doenças", disse ele. "E a depressão, individualmente, é a mais incapacitante das doenças", afirmou, citando dados da OMS e os que sua pesquisa levantou.

Os resultados, para a economia, são também gigantescos: em média, pessoas com depressão perdem cerca de oito dias de trabalho por mês, contra apenas dois da população "saudável".

DOENÇA FAMILIAR

O mal atinge principalmente as mulheres, especialmente em seu período fértil e mais produtivo.

"Há muitas implicações para as vidas das crianças e das famílias, pois há a transmissão de comportamentos depressivos para os filhos. Há dados que mostram que isso pode acontecer até mesmo na gravidez", afirma Wittchen.

Os números, segundo ele, mostram que o risco de filhos de mães deprimidas terem depressão até os 25 anos é duas vezes mais alto do que entre filhos de mães que não sofreram de depressão.

Uma nova pesquisa Datafolha, encomendada pelo laboratório Eurofarma, também apontou que a depressão é uma condição familiar. Mais da metade (57%) dos entrevistados que têm a doença disse que tem outro membro na família com depressão.

O Datafolha ouviu 430 moradores de São Paulo--222 que receberam diagnóstico de depressão e fazem ou já fizeram tratamento e 208 familiares de pessoas com a doença.

A margem de erro é de sete pontos percentuais, taxa comum nesse tipo de estudo com amostra relativamente pequena, segundo Paulo Alves, gerente de pesquisa de mercado do Datafolha.

A principal causa da depressão citada tanto por doentes como por familiares são os problemas de saúde.

Já o segundo lugar da lista mostrou divergências curiosas. Questões familiares foram apontadas como causa da depressão por 28% dos doentes. Já os próprios familiares minimizaram sua parcela de culpa: só 21% citaram essa como causa da doença.

A pesquisa corrobora ainda o impacto que a depressão tem no trabalho: 37% dos doentes não fazem parte da população economicamente ativa, 11% deles por problemas decorrentes da doença.

O jornalista Rodolfo Lucena viajou a convite da Lundbeck Brasil

Saúde

 

Epidemia de ebola é menos agressiva do que se imaginava
17/12/2014 - Folha de S.Paulo

O primeiro estudo sobre a epidemia de ebola que compara o DNA dos vírus a informações de campo sobre o surto atual mostra que ela ocorre concentrada em grupos: alguns poucos doentes espalham o ebola para várias pessoas, e muitos não o passam para mais ninguém.

Liderado pelo biólogo Atila Iamarino, da USP, e por Sam Scarpino, do Instituto Santa Fe (EUA), o trabalho sugere que a epidemia é menos explosiva do que se pensava nos estágios iniciais.

Os cientistas, que investigaram o DNA do vírus de 78 pessoas infectadas durante a fase inicial da epidemia em Serra Leoa, também estimaram o número de casos ocultos, que pode ser determinado pela variação genética do patógeno em circulação.

Os casos não registrados somariam mais 70% aos oficiais, diz o estudo --número alto, mas inferior a estimativas anteriores, que chegavam a 250%. Nenhum outro estudo levou em conta a transmissão por agrupamento. Em setembro, os EUA estimavam que a epidemia chegaria a 1,4 milhão de pessoas em janeiro, possivelmente um exagero. Até agora foram 18,5 mil.

Muitos estudos projetam o crescimento do ebola como se ele se espalhasse de maneira aleatória (como a gripe) e cada vítima infectasse outras duas pessoas em média.

Iamarino estima que, na verdade, o número é 1,4. Se tivessem sido feitas ações rápidas de "rastreamento de contatos" (busca de pessoas que interagem com doentes), diz, a epidemia estaria acabada.

O difícil em projetar o futuro do ebola é que o vírus não segue padrão epidemiológico similar ao da gripe nem similar ao do HIV.

"No ebola, a transmissão não é tão exclusiva quanto numa rede de contatos sexuais, mas envolve um risco maior para amigos e familiares", explica Iamarino.

"Como a transmissão se dá por fluidos corporais, mesmo que o doente esteja dentro de um vagão de trem, só quem entrar em contato mais direto com ele é que tem risco de pegar a doença."

O estudo do biólogo, realizado em temporada na Universidade Yale (EUA), foi publicado na revista "Clinical Infectious Diseases".

Seus dados se encaixam no cenário da doença. A maioria das infecções ocorre em residências, em hospitais (que na África carecem de higiene) e em enterros tradicionais (onde há contato com os corpos).

A confirmação de que a doença se espalha por agrupamento é uma boa notícia para as vacinas, pois os primeiros testes clínicos já poderão ter algum impacto na epidemia, caso o imunizante seja eficaz.

"Talvez seja possível ter um bom resultado vacinando um número menor de pessoas, como quem é mais próximo dos doentes." diz Iamarino.



Superbactéria é encontrada em praias do Rio de Janeiro
17/12/2014 - Folha de S.Paulo

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) confirmou nesta terça-feira (16) a presença de uma bactéria resistente a antibióticos, identificada como KPC, nas praias do Flamengo e de Botafogo, na zona sul do Rio.

A contaminação pode resultar em infecções na corrente sanguínea e no sistema urinário e em pneumonia. Por sua resistência a antibióticos, a KPC passou a ser chamada de superbactéria.

Dentro do perímetro analisado pelo Inea está uma das raias escolhidas para as provas de vela dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Tanto para banhistas quanto para velejadores que treinam no trecho próximo à praia do Flamengo, a recomendação do Inea é a mesma: não entrar na água se estiver classificada como imprópria.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já havia divulgado no início da semana a presença da bactéria nas águas do rio Carioca, que cruza diversos bairros da zona sul e deságua na praia do Flamengo.

Pesquisadores da instituição localizaram a KPC em três pontos: no largo do Boticário, no Cosme Velho; no Aterro do Flamengo (antes da estação de tratamento do rio Carioca); e também na praia do Flamengo.

De acordo com Renata Picão, microbiologista da UFRJ, a KPC foi detectada dentro de hospitais e começou a ser conhecida em estudos internacionais publicados a partir de 2010.

Ela minimiza, no entanto, o potencial da bactéria fora do ambiente hospitalar.

"Esta não é uma bactéria agressiva ou, usando um termo técnico, uma bactéria virulenta. A KPC pode causar infecções somente em pessoas com sistema imunológico debilitado. Por isso, os casos de infecção já registrados ocorrem sempre dentro de hospitais."

"Não podemos tratar com alarmismo esta situação. Mas é preciso seguir as orientações de balneabilidade divulgadas pelo Inea", disse Isaura Fraga, presidente do Inea.

Em 2014, a praia do Flamengo esteve imprópria para banhos em 70% das medições realizadas.





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