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SUS deve ganhar mais três drogas contra hepatite C
24/10/2014 - O Estado de S.Paulo

Três novas drogas para o tratamento de pacientes com hepatite C devem ser incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) no próximo ano. O Ministério da Saúde encaminhou para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido para que seja dada prioridade à análise para o registro dos medicamentos.
Simultaneamente, foi enviada à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) solicitação para que seja avaliada, também em caráter prioritário, a inclusão das drogas no SUS.
“Isso não vai tirar o rigor na análise. Solicitamos apenas que seja feita de forma mais rápida”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
As drogas, sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir, se aprovadas, passariam a ser consideradas como de primeira escolha: seriam prescritas para pacientes logo no primeiro estágio do tratamento. “Estudos científicos mostram que, com elas, o tempo de tratamento seria menor do que o das drogas convencionais.
Os efeitos colaterais são bem menores e, além disso, o uso é oral. As drogas atuais são injetáveis”, disse Chioro.
Se o registro for concedido pela Anvisa e a Conitec considerar que as drogas trazem benefícios suficientes, o tratamento poderá ser ofertado para cerca de 60 mil pacientes, nos próximos dois anos. O cálculo leva em consideração a expectativa de aumento de pessoas com diagnóstico da doença e a incorporação de pacientes soropositivos também infectados pela hepatite C.“As novas drogas podem ser usadas por soropositivos, algo que não acontece com as drogas atualmente ofertadas no sistema”, disse o ministro.
A análise da incorporação teve como ponto de partida pedidos feitos pelas associações de pacientes e por sociedades médicas.
Chioro informou que alguns pacientes já conseguiram na Justiça o direito de receber, pelo SUS, o medicamento.
O vírus da hepatite C é transmitido por meio da transfusão de sangue, compartilhamento de material para uso de drogas ou de higiene pessoa, como lâminas de barbear e depilar.
Também pode ser transmitido pelo compartilhamento de alicates de unha e objetos usados em tatuagens e colocação de piercings.
A estimativa é a de que a prevalência da doença entre população brasileira varie entre 1,4% e 1,7%.O maior risco está na faixa etária acima de 45 anos.“ Pessoas dessa faixa etária tiveram na infância maior risco de exposição ao vírus. Não havia regras rígidas para transfusão de sangue, transplantes e até mesmo injeções eram reutilizadas”, disse o ministro.


Maior parte do canabidiol à venda tem traços de THC
24/10/2014 - Folha de S.Paulo


O canabidiol é descrito como um dos 80 princípios ativos da maconha sem efeitos psicotrópicos. Mas a maior parte das versões existentes no mercado contém traços de THC, o composto responsável pelos efeitos psicoativos.

"Existem especulações de que algum traço de THC reduza convulsões, mas acima de uma determinada quantidade, a substância pode induzir crises convulsivas", diz o psiquiatra José Alexandre Crippa, da USP de Ribeirão Preto.

"Cada pessoa vai reagir de alguma maneira, o THC é muito complicado como terapia", diz.

Segundo Crippa, um dos fatores que complicam a liberação do CBD, que ainda está na lista de substâncias proibidas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é estabelecer qual deveria ser o limite de THC permitido.

Mas, enquanto isso,o CBD já está sendo usado por doentes com epilepsia que não responde a tratamentos, como a síndrome CDKL5. Crippa exemplifica que a dose de CBD para a doença é de 300 mg por dia. Se o teor de THC no canabidiol for de 1%, isso já representa um cigarro de maconha por dia. "Mas, claro, para algumas pessoas, os benefícios superam os prejuízos."

Não há consenso para os traços de THC existentes no CBD. Resolução recente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que autorizou a prescrição da substância para epilepsia grave, considerou que 0,6% seria uma concentração adequada de THC.

"A medida não é restritiva. Próximo de 1%, o THC já manifesta efeitos psicoativos, mas é o médico que vai ponderar os benefícios", afirma Mauro Aranha, coordenador da Câmara Técnica de Psiquiatria da Cremesp.

Para Crippa, o ideal é que o CBD seja o mais puro possível. Empresas no Reino Unido e na Alemanha já conseguem produzir o canabidiol sem THC.

Pesquisa e desenvolvimento

 

Brasileiro recria neurônio de síndrome tratada com canabidiol
24/10/2014 - Folha de S.Paulo

Pouco se sabe ainda sobre como age no cérebro o canabidiol (CBD), derivado da maconha que fomentou debates calorosos após a família da menina Anny Fischer, 6, exigir na Justiça o direito de importar a substância para tratamento de um tipo refratário de epilepsia.

Mas, agora, uma pesquisa na Universidade da Califórnia, liderada pelo brasileiro Alysson Muotri, tenta entender como o composto diminui as crises convulsivas. Anny, por exemplo, foi de 80 convulsões por dia para nenhuma desde maio, segundo a família.

Para isso, o grupo do cientista criou em laboratório 3 milhões de neurônios a partir de células da pele de pessoas com a síndrome CDKL5, a mesma de Anny. A doença, que causa crises convulsivas já nos primeiros meses de vida, é a consequência de uma mutação do gene que dá nome à síndrome.

Muotri já havia feito estudos semelhantes com neurônios de outros transtornos. Células da pele dos pacientes são revertidas a um estágio similar ao das células-tronco embrionárias. Depois, são estimuladas a se transformar em neurônios. Com isso, é possível observar como as células doentes se diferenciam das de pessoas saudáveis.

O cientista já observou que os neurônios doentes são "superativados", tendo mais espinhas neurais, sinapses e ramificações que o normal. Ele comparou esses cultivos com células normais e de portadores da síndrome de Rett, transtorno aparentado do autismo e que tem semelhanças com a síndrome de Anny.

A mutação CDKL5, antes, era inclusive tida como uma forma "atípica" de Rett.

"Mas, ao contrário do que pensávamos, o neurônio de portadores da CDKL5 é diferente das células de afetados pela síndrome de Rett, que são imaturas", diz ele.

SEM PODA

Uma hipótese para explicar isso é que, diferentemente de pessoas saudáveis, os pacientes com a síndrome CDKL5 não conseguem "podar" o excesso de ligações entre os neurônios.

"Todo mundo começa com excesso de sinapses, é muita informação que chega ao cérebro. No aprendizado, vamos podando' esse excesso."

O próximo passo, diz Muotri, é verificar quais drogas poderiam tornar essas células mais parecidas com as de uma pessoa saudável --e o canabidiol será uma delas.

Segundo José Alexandre Crippa, da USP de Ribeirão Preto, médico que concedeu laudo para que Anny conseguisse a importação de canabidiol, os estudos de Muotri podem responder sobre a atuação do canabidiol na fenda sináptica (área de comunicação entre os neurônios).

Já se sabe, diz Crippa, que o CBD aumenta a concentração de anandamida, um neurotransmissor que se liga aos mesmos receptores da maconha e age em áreas ligadas a emoções, dor e processos inflamatórios. Mas a forma de atuação do CBD e da anandamida na epilepsia continua desconhecida.

Ele indica ser essencial que Muotri use várias dosagens de CBD para o experimento.

"O canabidiol tem um efeito de U invertido': em doses altas, não funciona; em doses baixas, também não. O desafio é achar a faixa na qual ele funciona para cada enfermidade."



Saúde

 


Mais um país com ebola
24/10/2014 - Valor Econômico

O Mali confirmou ontem o primeiro caso de ebola em seu território. Segundo o Ministério da Saúde, a paciente é uma menina de dois anos que veio do país vizinho Guiné. Agora, são seis os países com infectados no atual surto da doença - também houve casos na Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Libéria. A Organização Mundial da Saúde calcula que ao menos 4.877 pessoas já morreram.



Teste de ebola em Nova York dá positivo
24/10/2014 - Folha de S.Paulo


Um médico da ONG Médicos sem Fronteiras apresentou resultado positivo para o vírus ebola no primeiro teste, feito nesta quinta-feira (23).

Ele retornou a Nova York há pouco mais de uma semana, após ter tratado de pacientes doentes na Guiné,

Se confirmado, será o primeiro caso da doença na maior cidade do país.

Craig Spencer, 33, cujo estado de saúde vinha sendo monitorado, mora em Manhattan e havia sido levado para o hospital Bellevue na manhã desta quinta.

Ele relatou que tinha 39,4°C de febre e distúrbios gastrointestinais.

O médico está em isolamento desde que chegou ao hospital.

Um outro teste será feito pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) para confirmar o primeiro resultado.

Funcionários do serviço de saúde de Nova York estão espalhados pela cidade para rastrear as pessoas que possam ter tido contato com o médico nos últimos dias.

Na noite de quarta-feira, quando foi jogar em uma pista de boliche, Spencer foi de Manhattan para o Brooklyn usando o metrô. Na volta para casa, tomou um táxi.

Foi na manhã seguinte que ele relatou os problemas de saúde.

Em uma entrevista antes do resultado do teste, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que "nosso entendimento é que poucas pessoas estiveram em contato direto com ele".

Até agora, três pessoas foram diagnosticadas com o vírus nos EUA. A primeira delas, um liberiano, morreu em Dallas no dia 8 deste mês.

O centro médico da Universidade Columbia disse que Spencer faz parte de seu corpo de funcionários, mas ainda nãotinha ido trabalhar desde que chegou da África.

MALI

O Mali, país que faz fronteira com a Guiné e o Senegal, registrou nesta quinta o seu primeiro caso de ebola.

O ministro da Saúde do país, Ousmane Kone, fez o anúncio na televisão, informando que o paciente é uma menina de dois anos que veio da Guiné.

A menina está em um hospital em Kayes, cidade que fica perto do Senegal e a de 600 km da capital, Bamako.



Médico que estava na Guiné testou positivo para ebola em NY, diz fonte
23/10/2014 - Portal Valor Econômico

NOVA YORK - Atualizada às 2h20 - Um médico que tinha voltado para Nova York há 10 dias após o tratamento de pacientes com o vírus ebola na África Ocidental testou positivo para a doença, de acordo com autoridades nos Estados Unidos. Identificado como Craig Spencer, o médico de 33 anos trabalhou com a organização Médicos Sem Fronteiras e vive no Upper Manhattan. Ele é a quarta pessoa a ser diagnosticada com a doença mortal nos EUA.
Spencer contraiu a doença tratando pacientes na Guiné, um dos países mais atingidos pela epidemia na África. Ele relatou febre e problemas gastrointestinais na quinta-feira pela manhã e havia se colocado em quarentena em seu apartamento. Ele entrou em contato com a polícia e foi levado em um traje especial para o Bellevue Hospital Center, onde foi colocado em um quarto de hospital especialmente projetado para pacientes com doenças contagiosas.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, deu uma declaração após a confirmação do caso dizendo que "não há motivos para que os moradores da cidade fiquem alarmados a respeito do ebola".
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que teve informações da área de saúde do Estado de que o médico esteve em contato com quatro pessoas após retornar aos Estados Unidos.
Mary Travis Bassett, comissária de saúde da cidade, afirmou que os passos de Spencer em Nova York após a sua volta estão sendo traçados. Segundo ela, o médico jogou boliche no bairro do Brooklyn na quarta-feira e usou o metrô da cidade.
A comissária disse, no entanto, que esse levantamento não deve ser encarado com temor pelos moradores e que eles não devem temer o contágio da doença na cidade .


Vistoriar passageiros de países com ebola tem efeito limitado, diz OMS
23/10/2014 - Portal Valor Econômico


SÃO PAULO - Verificar se os passageiros apresentam sintomas de ebola em sua chegada deve ter um efeito limitado em impedir que o vírus se espalhe, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira.
O órgão disse que a decisão de vistoriar os passageiros é de cada país.
"A vistoria na entrada pode ter um efeito limitado na redução da propagação internacional [do vírus] quando adicionada à triagem da saída, e suas vantagens e desvantagens devem ser cuidadosamente consideradas", disse o comitê de emergência da OMS sobre ebola em um comunicado após a sua terceira reunião.
Os passageiros já estão sendo checados quando deixam a Libéria, Serra Leoa e Guiné, uma medida fundamental para a redução da exportação do vírus, segundo a OMS.
A comissão de especialistas, que se reúne virtualmente para aconselhar a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que alguns países tinham adotado essa triagem na entrada de passageiros e deveriam compartilhar suas experiências e lições aprendidas.
Os Estados Unidos, por exemplo, anunciaram que todos os passageiros vindos de países afetados serão monitorados por 21 dias (período de incubação do vírus). O país também concentrou a chegada desses passageiros em apenas cinco aeroportos.
O comitê também disse que alguns países sem casos de ebola haviam cancelado reuniões internacionais e encontros sobre o tema, o que a OMS não recomenda.
O órgão reconheceu, porém, que tais decisões devem ser analisadas caso a acaso.
Competidores e delegações de países com transmissão de ebola não devem ser sujeitos a uma proibição geral de participar de eventos no exterior, apesar de também ser necessário analisar caso a caso.
Vários países - incluindo Haiti, República Dominicana, Colômbia, Jamaica e Coréia do Norte - têm restringido a entrada de pessoas vindas de países de risco, embora o comitê tenha dito que não deve haver nenhuma proibição geral de viagens ou de comércio internacional.
"A proibição de viagens em geral pode causar dificuldades econômicas, e poderia, consequentemente, aumentar a migração descontrolada de pessoas de países afetados, aumentando o risco de propagação internacional de ebola", afirmou.
A OMS disse estar preocupada com a situação na Libéria, Guiné e Serra Leoa.
A organização indica que aumentou seu apoio aos três países e enfatizou que sua prioridade é deter a transmissão do vírus nestas nações.
O surto de ebola já matou pelo menos 4.877 pessoas em 9.936 casos registrados, segundo dados da OMS divulgados na quarta (22).


O custo de uma epidemia
24/10/2014 - Exame

Além do terrível drama humano provocado pelas mais de 4 000 mortes até agora, o vírus ebola na África está puxando a economia da região para baixo. Antes de o surto tomar grandes proporções, a estimativa do FMI era que Serra Leoa, um dos países mais afetados pela doença, cresceria 14% neste ano. Hoje, o percentual já está em 8%, e não estão descartadas novas revisões para baixo. Para Kaifala Marah, ministro da Economia de Serra Leoa, a epidemia está revertendo anos de esforço para desenvolver o país. Com Guiné e Libéria, Serra Leoa sofreu com a morte de trabalhadores, o pânico generalizado, o fechamento de fronteiras e a redução do comércio exterior. Isso tudo num momento em que os países da região estão aumentando os gastos com saúde. O Banco Mundial estima que o ebola custará, somente em 2014,163 milhões de dólares a Serra Leoa. Caso a epidemia se espalhe para outras regiões do continente, o custo total para a África poderá passar de 25 bilhões de dólares em 2015.

Surto de Ebola pode já ter matado 15 mil
24/10/2014 - O Estado de S.Paulo

GENEBRA - O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Ebola considera que o surto ainda é uma emergência sanitária mundial e a preocupação com o avanço pela África Ocidental continua. O número de mortes chegou a 4.877, mas pode ser até três vezes maior.
“Foi a terceira vez que este comitê se reuniu desde agosto. Nesse período, houve casos na Espanha e nos Estados Unidos, enquanto Senegal e Nigéria saíram da lista de países afetados”, disse a porta-voz da OMS, Fadela Chaib. Em dois meses, a taxa de infecção nos países mais afetados quase triplicou e alguns especialistas alertaram para a possibilidade de as infecções chegarem a 10 mil por semana em dezembro. A taxa de letalidade se aproxima de 70%.
É justamente essa taxa de letalidade que indica que o número de mortes está subestimado. Ao aplicar esse número sobre o total de contaminados, que se aproxima de 10 mil, pode-se considerar uma subnotificação. Especialistas da OMS já sugerem multiplicar os casos por um fator de 1,5 vez na Guiné, por 2 em Serra Leoa e por 2,5 na Libéria. Isso levaria a um total de mortes de quase 15 mil.
Proliferação. Na semana passada, a transmissão da doença se intensificou nas capitais Monróvia (Libéria) e Freetown (Serra Leoa), enquanto na capital da Guiné, Conacri, foram confirmados 18 casos, o segundo número semanal mais alto desde o início do surto. A reação à doença agora se baseia em um “plano 7070-60”: isolar 70% dos pacientes e enterrar com segurança 70% dos cadáveres em um período de 60 dias, até 1.º de dezembro.
Ainda que o Ebola esteja provavelmente contido na Nigéria e no Senegal, a doença está se espalhando na direção da Costa do Marfim, tanto pela Libéria quanto pela Guiné, incluindo o distrito de Kankan, na Guiné, uma das principais rotas com Mali - que registrou o primeiro caso nesta quinta-feira, 23 (uma menina de apenas 2 anos).
Entre os milhares de infectados há 443 trabalhadores do setor de saúde, com 244 mortes. A OMS disse que está realizando análises para determinar por que o número de vítimas no setor é tão alto. “Indicações preliminares apontam que parte das infecções aconteceu fora do contexto do tratamento do Ebola”, afirma a Auditoria. Após a reunião de especialistas, a OMS deu o primeiro indicativo de que deve abrir auditoria para investigar se, por razões políticas ou administrativas, subestimou a crise inicialmente. Uma auditoria foi prometida pela porta-voz da OMS, Fadela Chaib. “Sem dúvida, existe o desejo e a vontade de realizar essa análise. Sabemos que temos muito a explicar e a OMS o fará. Agora, nos concentraremos na resposta à crise.” / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS



 

 

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