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Genéricos crescem 10% no trimestre
22/10/2014 - Valor Econômico

Em um momento de fraco crescimento econômico, os medicamentos genéricos seguem registrando expansão de dois dígitos nas vendas e puxando a média do setor farmacêutico no país, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base em dados da consultoria IMS Health.

Esse avanço, que se dá também sobre o mercado de outras categorias - remédios de marca ou referência e similares -, conforme a entidade, deve persistir até o fim do ano, elevando a pelo menos 30% o market share dos genéricos no varejo, ante 28% nos três meses encerrados em setembro e 27,3% em igual intervalo de 2013.

"Com certeza, vai atingir a marca de 30% até o fim do ano. Essa fatia poderia ser ainda maior se houvesse, por exemplo, mais velocidade na liberação de medicamentos pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], o que vale também para outras categorias de medicamentos", disse ao Valor a presidente executiva da PróGenéricos, Telma Salles. Considerando-se vendas hospitalares e compras públicas, porém, a participação de mercado já superou esse índice.

No terceiro trimestre, os fabricantes de genéricos venderam 229,8 milhões de unidades no varejo, alta de 10,1% na comparação anual. A receita, por sua vez, atingiu R$ 1,9 bilhão, 18,8% acima do valor apurado um ano antes. Esse desempenho, conforme a executiva, reduziu o impacto negativo do cenário macroeconômico nos negócios da indústria farmacêutica como um todo no Brasil.

Desconsiderando-se a participação dos genéricos, foram vendidas no país 591,6 milhões de unidades de medicamentos entre julho e setembro, com alta de 6% na comparação anual. Em receita, as vendas somaram R$ 13,04 bilhões, com expansão de 10,9%.

Em períodos de "recessão técnica" e incertezas quanto ao futuro, explica Telma, os genéricos avançam na preferência dos consumidores - por lei, esses remédios devem custar 35% menos que os de referência e, devido à forte concorrência entre os fabricantes, os descontos podem alcançar 50%. Além disso, há uma grande concentração dessa indústria em medicamentos de uso contínuo, que não deixam de ser usados mesmo em momentos de crise.

No ano até setembro, as vendas de genéricos no país somaram 645,9 milhões de unidades, com crescimento de 11%. Já as receitas totalizaram R$ 11,9 bilhões, o equivalente a alta de 9,2%. "O mercado de genéricos está consolidado no país. Portfólio e eficiência criaram mais uma opção ao consumidor", afirmou.

Conforme a entidade, os medicamentos genéricos correspondem a 24,5% da produção total de nove das dez maiores farmacêuticas no país e representam quase 22% do faturamento dessas companhias.


OMS testará nova vacina contra ebola em janeiro
22/10/2014 - Folha de S.Paulo


A diretora-geral de Sistemas de Saúde e Inovação da OMS, Marie-Paule Kieny, informou nesta terça (21) que o órgão deve testar em janeiro as duas primeiras vacinas contra ebola nos três países mais afetados pela doença.

Segundo Kieny, as provas serão dividias em duas fases. Na primeira, 250 infectados na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné serão imunizados para verificar como o sistema imunológico de organismos dos indivíduos testados responde à exposição ao vírus.

Em caso de êxito, outras milhares de pessoas serão vacinadas em uma segunda fase. A intenção é que as duas primeiras doses experimentais das vacinas estejam prontas em dezembro.

As imunizações são desenvolvidas pela multinacional britânica GlaxoSmithKline e pela Agência de Saúde Pública do Canadá. As cobaias serão voluntários dos países mais afetados pela doença.

Mesmo com o teste, a representante da OMS reconhece que o combate ao ebola deverá levar meses. "Não sabemos se as vacinas são seguras, se realmente funcionam ou se são 100% eficazes", disse Marie-Paule Kieny.

Desde o início da epidemia, laboratórios públicos e privados avançam em produtos para a detecção e a cura do ebola. Nos EUA e na Espanha, pacientes foram tratados com o remédio ZMapp.

Com ele, recuperaram-se os americanos Kent Brantly e Nancy Writebol, infectados na Libéria. O mesmo remédio, porém, não teve eficácia com o padre espanhol Miguel Pajares, que morreu em um hospital de Madri.

Nesta terça, cientistas franceses anunciaram a criação de um teste que pode determinar a doença em 15 minutos. O produto, similar a um teste de gravidez, deverá ser levado para homologação na França até o fim do mês.

ESPANHA

As autoridades espanholas confirmaram nesta terça que deu negativo o segundo teste com a enfermeira Teresa Romero, a primeira cidadã do país a contrair o vírus ebola.

Ela, que ficou doente após ter contato com missionários que vieram da Libéria, está internada em Madri.

Segundo os médicos, ela foi tratada com diversos medicamentos, que não foram revelados pela equipe.

A enfermeira deve ficar alguns dias internada até que seu organismo se recupere.

Pesquisa e desenvolvimento 

 

Implante de célula olfativa dá movimento a paraplégico
22/10/2014 - Folha de S.Paulo

Um homem que havia perdido o movimento das pernas após tomar uma facada nas costas e sofrer lesão na medula espinhal conseguiu se recuperar parcialmente após receber um implante de suas próprias células olfativas.

O búlgaro Darek Fidyka, 38, que havia sofrido a agressão em 2010, foi submetido ao procedimento na Universidade Médica de Wróclaw, na Polônia, dois anos depois da lesão. Depois de 19 meses, sob um programa de reabilitação intensivo, o paciente recuperou o tato e parte dos movimentos das pernas.

O procedimento usado na terapia experimental foi descrito em um estudo liderado pelo médico Pawel Tabacow no periódico científico "Cell Transplantation".

Primeiro, Fidyka foi submetido a uma cirurgia para retirada de seu bulbo olfativo, projeção do cérebro responsável pelo processamento de odores. As células dessa estrutura foram então isoladas e cultivadas em laboratório, para depois serem implantadas no paciente.

No material de implante preparado pelos médicos havia tanto neurônios quanto glia --o tecido de suporte das células nervosas. A ideia é que os nervos danificados na medula espinhal se beneficiassem da capacidade de regeneração dos neurônios olfativos, que já era conhecida dos pesquisadores.

Em exames de imagem, os cientistas mostraram que alguns nervos danificados pela lesão no paciente voltaram a crescer, estabelecendo uma "ponte" sobre a lesão.

A recuperação parcial de Fidyka ainda não o permite andar sem suporte, porque menos da metade dos músculos afetados pela lesão recobrou bom nível de força. Mas ele já é capaz de dirigir.

Segundo o grupo responsável pela cirurgia, esse é o primeiro caso de sucesso em uma terapia usando células do nariz. Outros grupos já haviam tentado usar em implantes células da mucosa nasal, mais fácil de acessar do que o bulbo olfativo (que requer abertura do crânio), mas não tiveram sucesso. Tabacow foi o primeiro a empregar uma combinação de neurônio e glia tirados do bulbo.

Os cientistas dizem que continuarão testando a técnica, aplicando-a a cinco pacientes dentro de cinco anos.

"Enquanto isso, estamos pesquisando técnicas cirúrgicas para acesso minimamente invasivo ao bulbo olfativo", diz Tabacow.

CÉLULAS BRASILEIRAS

Um grupo de pesquisadores do Hospital São Rafael, em Salvador (BA), está testando uma técnica similar, mas com células da medula óssea. A pesquisadora Milena Soares afirma que houve "melhoras variáveis" nos 14 pacientes voluntários, que não tiveram efeitos adversos.

A evolução dos pacientes foi observada nos primeiros três meses após a aplicação das células e se manteve meses depois. "Houve ganho motor nas pernas, ganho de sensibilidade e melhora da função urinária, que é um dos grandes problemas dos pacientes com paraplegia."

 


Saúde

 

 

Secretário nega negligência em mortes nas unidades de saúde
22/10/2014 - Folha de S.Paulo

O secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Stenio Miranda, negou nesta terça-feira (21) que tenha havido negligência nas mortes de pacientes atendidos em unidades de saúde da prefeitura que são alvo de investigações.
"Com o material levantado até agora pelas sindicâncias, não há como apontar erro, mas novos fatos podem surgir", afirmou Miranda.
O secretário foi ouvido nesta terça pela CEE (Comissão Especial de Estudos) da Saúde da Câmara.
A CEE foi criada em junho deste ano para apurar as mortes da estudante Gabriela Zafra, 16, e de Laís Balan, 28, cujos casos são investigados pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e pela Polícia Civil por possível negligência.
Os vereadores questionaram o secretário sobre o atendimento ao caminhoneiro Fernando Garcia, 55, que morreu no dia 4.
Em 29 de setembro, ele teve de retirar o rim direito após complicações causadas por uma infecção não identificada em quatro consultas feitas na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento). O atestado de óbito indica como causa da morte choque séptico.
Familiares do caminhoneiro acompanharam a audiência com cartazes e camisetas com a palavra "justiça".
Para Fernando Garcia Filho, houve negligência no atendimento do pai. "Os médicos não pediram nem um exame de urina", disse.
Já Laís morreu em março após ter sido atendida na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) Central e liberada sem ser diagnosticada.
Gabriela morreu em maio devido a uma meningococemia na UPA depois de ter buscado cinco atendimentos em três postos de saúde de Ribeirão Preto.
No início deste mês, o Ministério Público Estadual pediu à Justiça que a morte de Gabriela seja investigada novamente, só que por um novo delegado.
Para a Promotoria, a Polícia Civil encerrou a investigação sem colher provas suficientes, de forma abrupta.



Hélio Schwartsman: Defesas patogênicas
22/10/2014 - Folha de S.Paulo

SÃO PAULO - A notícia de que uma segunda enfermeira foi infectada pelo vírus ebola nos EUA fez soar os sinais de alarme. Os CDCs, a vigilância epidemiológica de lá, admitiram que a resposta inicial da agência foi pouco robusta e revisaram o protocolo de segurança para todos os profissionais de saúde, tornando as regras mais rígidas.
O que eu gostaria de discutir aqui são as nossas defesas contra patógenos que não podemos ver. Nossa primeira linha de proteção é biológica e vem na forma da sensação de repulsa que experimentamos ao visualizar, cheirar ou mesmo imaginar material potencialmente perigoso, como fezes, vômito, carne podre.
No atacado, até que funciona. De modo geral, mantemos prudente distância desses itens. O problema é que não são apenas coisas nojentas que transmitem moléstias. Picadas de insetos, toques humanos (incluindo sexo), fômites, perdigotos e o próprio ar também podem fazer o serviço sujo. E não é só. Às vezes, as circunstâncias nos fazem passar por cima de nossa programação natural. Mães, e até alguns pais, aprendem rapidamente a trocar as fraldas dos filhos. Profissionais de saúde não deixam de atender pacientes que cheirem mal, estejam vomitando ou apresentem diarreia.
É aí que entra a segunda linha de defesa. Hoje sabemos como a maior parte das doenças são transmitidas e criamos equipamentos e rotinas para evitá-las. A dificuldade aqui é que esse é um conhecimento exclusivamente intelectual e o que ocorre no nível cortical, embora baste para informar o cérebro, tende a ser um péssimo motivador. A prova disso é que médicos mais do que ninguém sabem que é preciso lavar as mãos antes e depois de examinar cada paciente, mas o índice de higienização entre esses profissionais, mesmo em hospitais-escola do Primeiro Mundo, não passa muito dos 50%. Nossa dificuldade para converter achados da ciência em ações é atávica.


País tem 1º banco para guardar testamento vital
22/10/2014 - Folha de S.Paulo

O Brasil ganhou sua primeira plataforma on-line que permite a qualquer pessoa cadastrar e armazenar seu testamento vital, documento no qual registra a vontade de recusar procedimentos tidos como inúteis em casos de doenças terminais.
É o caso, por exemplo, de uma reanimação cardíaca em doente terminal de câncer.
Em razão da falta de legislação sobre o tema no país, não existe um padrão de documento, nem definições claras sobre a abrangência ou a forma segura de arquivá-lo.
Foi pensando em tirar dúvidas desse tipo que a advogada e doutora em ciências da saúde Luciana Dadalto decidiu criar, com recursos próprios, o Registro Nacional de Testamento Vital (Rentev).
O banco virtual já conta com 20 testamentos vitais armazenados. "Existe muito tabu sobre a morte, mas as pessoas começam a entender que têm o direito de escolher o que não querem no fim da vida", diz ela, pesquisadora do tema desde 2007.
Luciana afirma que as atuais tecnologias têm possibilitado, cada vez mais, prolongar a sobrevivência das pessoas, mesmo daquelas em processos irreversíveis. "No fim, é um sofrimento inútil." Para fazer o registro, a pessoa precisa entrar no sistema (testamentovital.com.br) e colocar os dados pessoais. No final, será gerado um código de acesso que a pessoa pode partilhar com algum familiar, médico ou advogado de confiança.
Os primeiros testamentos vitais surgiram nos Estados Unidos, na década de 1960. Atualmente, vários países europeus, como Alemanha, Espanha Portugal e Inglaterra, já reconhecem a validade legal desses documentos.
Em 2012, o CFM (Conselho Federal de Medicina) regulamentou o assunto, dando aos pacientes o direito de definir antecipadamente os limites para a atuação dos médicos.
A resolução do conselho diz que os desejos expressos no documento devem prevalecer, inclusive, sobre a vontade dos familiares.
A exceção ocorre quando as escolhas do paciente afrontam os preceitos da ética médica. A eutanásia, por exemplo, é vetada.
O testamento vital pode ser redigido por qualquer pessoa maior de 18 anos e pode ou não ser registrado em cartório, segundo o CFM.
Saudável e esperando viver até os "cem anos", a enfermeira Ana Cristina Cassoli, 35, conta que já registrou a sua vontade no documento porque não quer que aconteça com ela o que vê nas UTIs dos hospitais. "Dói ver doentes entubados sem nenhuma chance de cura ou de uma melhor qualidade de vida." Dados do Colégio Notarial do Brasil mostram um número crescente de registros de testamento vital. Em 2009, cinco pessoas registraram o documento em cartório. No ano passado, foram 471.


Ebola: americano e espanhola se curam
22/10/2014 - O Estado de S.Paulo

A enfermeira espanhola Teresa Romero, de 44 anos, que contraiu Ebola ao tratar de um paciente com a doença, está curada, conforme anunciou o Hospital Carlos III, em Madri. Dois exames feitos nesta terça-feira e no domingo deram negativo para o vírus. O tratamento envolveu transfusão de sangue de um dos sobreviventes do surto, mas não foram dados mais detalhes.
Teresa foi infectada após tratar um missionário repatriado de Serra Leoa, que morreu no mês passado. Ela deve continuar em observação por mais duas semanas, uma vez que sofreu de problemas respiratórios durante a internação. A paciente foi diagnosticada em Madri há duas semanas, tornando-se a primeira pessoa a contrair Ebola fora da África.
De acordo com um dos médicos do hospital, a contaminação provavelmente aconteceu após a enfermeira tocar o próprio rosto com uma luva. O atual surto é o pior da história, com mais de 4,5 mil mortes, concentradas principalmente em Libéria, Serra Leoa e Guiné. Mais da metade dos infectados no oeste da África não resistiu à doença.
A agente de saúde era a última pessoa confirmada com o vírus no país. O marido da enfermeira continuará isolado no hospital com outras 14 pessoas que tiveram contato com ela. Ninguém apresentou sintomas da doença até agora, mas devem continuar em observação por mais uma semana.
Cautela. Detalhes sobre os medicamentos usados não foram divulgados por questões “de privacidade”, explicaram os médicos. Mas especialistas disseram que é preciso ter cautela para avaliar o sucesso do tratamento, que só será comprovado com mais pesquisa.
“A fase é de tentar conter a doença, evitar que se espalhe por outros países. Nesse meio tempo, estão sendo feitos estudos sobre o combate ao vírus, a eficácia das vacinas. Mas isso demora”, diz o professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC paulista, Munir Ayub. Para ele, falta informação científica sobre o caso. “É difícil dizer se foi por causa do medicamento ou se ela iria mesmo se recuperar.” Ainda há muita incerteza entre médicos sobre a eficácia dos tratamentos. “É uma doença pouco estudada. Até pouco tempo atrás, não havia preocupação com o seu impacto. Por isso, tratamentos específicos e vacinas não foram desenvolvidos até hoje”, explica o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas.
O uso de plasma começou em 1976 - mas há registros de bons resultados e de fracassos. No atual surto, o sangue do americano Kent Brantly foi usado tanto com sucesso como em casos que terminaram em morte.

 

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