CRF-SP busca alternativas para reverter decisão no transporte
São Paulo, 25 de abril de 2018.
Na mobilização por busca de alternativas para reverter a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que suspendeu a lei que garante a presença do farmacêutico em transportadoras de medicamentos, o CRF-SP e a Anfarlog, Associação Nacional de Farmacêuticos atuantes em Logística, reuniram-se na tarde de terça-feira, 24/04, com o deputado estadual Zico Prado, autor da lei 15.626/14 e com os procuradores da Assembleia Legislativa, Alesp. O CRF-SP foi representado pelo Dr. Marcos Machado, presidente, pela gerente geral técnica, Dra. Reggiani Wolfenberg e pelo Dr. Roberto Tadao, gerente jurídico do CRF-SP, já Dr. Saulo Carvalho Jr., presidente da Anfarlog, representou a Associação.
Durante a reunião, Dr. Marcos Machado destacou o quanto o mercado concordou com a necessidade da presença do farmacêutico no transporte de medicamentos após a publicação da lei. “Conversamos com empresas na época que entenderam a necessidade do farmacêutico e a atuação do profissional já estava consolidada no mercado”.
Para o deputado Zico Prado, que abraçou essa causa ao se dar conta que precisava manter a temperatura de um colírio que usava e não encontrou legislação para isso, a decisão foi uma surpresa desagradável para toda a sociedade brasileira. “É uma lei que garante a qualidade do produto farmacêutico e tivemos um revés com essa posição do Dr. Alexandre de Moraes, mas isso não significa que estamos perdidos, pelo contrário estamos aqui para reforçar essa nossa bandeira de luta que é fazer com que a lei permaneça e deixar claro que isso não é um projeto pessoal, mas uma lei que garante vidas, então vou lutar até o último momento para que essa lei seja reestabelecida no Estado de São Paulo”.
Um dos exemplos dados pelo presidente da Anfarlog, Dr. Saulo de Carvalho Jr, diz respeito aos medicamentos que exigem condições especiais como é o caso da cola de fibrina, um produto de alto custo, utilizado em transplantes de órgãos. “O farmacêutico é o responsável por manter esse produto a – 20ºC, não pode haver variação porque ela desnatura. O farmacêutico segue à risca as condições determinadas pelo laboratório, sem esse profissional, como garantir o processo?”
Na sequência, a segunda reunião do dia, também na Alesp, aconteceu com a deputada estadual Maria Lucia Amary, que tem mostrado amplo apoio à categoria farmacêutica, se comprometeu a reforçar o pedido de audiência com o ministro do STF Alexandre de Moraes para que as entidades possam apresentar os argumentos técnicos sobre a necessidade de presença do farmacêutico em toda a cadeia do medicamento e, no caso, nas transportadoras.
O CRF-SP não tem medido esforços para reverter essa decisão, tendo em vista que a presença do farmacêutico em todo o processo de logística assegura a qualidade e garante a integridade dos medicamentos.
Thais Noronha
Departamento de Comunicação CRF-SP
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