Tema “Necessidades especiais do lactente” encerra ciclo de palestras
Público no plenário do CRF-SP na última palestra sobre nutrição nas diversas fases da vidaSão Paulo, 15 de dezembro de 2017.
O terceiro e último evento do Ciclo de Palestras: A nutrição nas diversas fases da vida, promovido pelo CRF-SP em parceria com a Nestlé, foi realizado na Sede na última quinta-feira, 7, tendo como tema as necessidades especiais do lactente. A exemplo das edições anteriores, a apresentação ficou a cargo da nutricionista da área de efetividade e desenvolvimento da Nestlé, Dra. Silvia Yamamoto, que discorreu sobre o tema abordando a importância do aleitamento materno até os seis meses de vida, alimentação complementar a partir dos seis meses e as necessidades específicas.
O presidente do CRF-SP, Dr. Pedro Menegasso, deu as boas-vindas ao público e destacou o papel do farmacêutico no contexto atual da Farmácia, levando em consideração o universo de produtos oferecidos nos estabelecimentos farmacêuticos. “Mesmo quando se trata dos alimentos vendidos nas farmácias, é de grande importância que o farmacêutico saiba orientar sobre o uso correto desses produtos. Isso eleva a nossa profissão como referência para a saúde da população e incorpora mais conhecimento à rotina de trabalho”.
Dra. Sílvia Yamamoto, nutricionista da Nestlé, e o presidente do CRF-SP, Dr. Pedro Eduardo Menegasso
O primeiro módulo destacou a nutrição do bebê até os dois anos, período conhecido como 1.000 dias de vida e cuja alimentação terá relação direta com a saúde que a criança desenvolverá no futuro, influenciando em seu desenvolvimento cognitivo, sistema imunológico e programação metabólica. “Muitos especialistas, inclusive, hoje estendem esse período para os 1.100 dias de vida, considerando também o período do planejamento da gestação”, afirmou a nutricionista.
Um dos destaques da apresentação do segundo módulo, dedicado à alimentação a partir dos seis meses (em complemento ao leite materno), foram os erros mais comuns que ocorrem nessa importante fase da nutrição, entre os quais a oferta somente de leite e a adição de cereais na mamadeira para “engrossar” o alimento. “O manejo dessa fase em que ocorre a transição do líquido para o pastoso, e do pastoso para o mais consistente, deve ser feito com muita cautela, pois é neste período que se formarão seus hábitos alimentares”, explicou a Dra. Sílvia.
Dentre os problemas mais comuns decorrentes da má alimentação nessa fase estão sobrepeso (percebido em uma a cada três crianças), anemia ferropriva (45%) e deficiência de vitamina D (12%).
Por último, a capacitação focou os casos de necessidades específicas como os casos de intolerância ou alergia à lactose, de refluxo gastresofágico e a doença do refluxo, além dos bebês prematuros, estes últimos responsáveis por cerca de 12% dos partos no Brasil.
Renata Gonçalez
Departamento de Comunicação do CRF-SP
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