Anvisa aprova primeiro medicamento biológico brasileiro

 

Anvisa aprova primeiro medicamento biológico produzido no BrasilSão Paulo, 8 de dezembro de 2015.

Uma droga de produção inédita no Brasil, que reduz os efeitos colaterais do tratamento do câncer, deverá chegar ao mercado no ano que vem, depois de ter sido aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Fiprima (filgrastim) é o primeiro medicamento biossimilar inteiramente desenvolvido no Brasil - e o primeiro da América Latina.

Biossimilares são parecidos com medicamentos biológicos, que por sua vez são produzidos a partir de um organismo vivo, e não apenas por meio da manipulação química de sais em laboratório. Isso torna o seu desenvolvimento muito mais complexo.

Para se ter uma ideia, em todo o mundo existem apenas 20 biossimilares registrados, incluindo o produto brasileiro, que são considerados uma nova fronteira para a indústria farmacêutica global.

Imunidade

A nova droga é uma versão de um medicamento biológico originalmente desenvolvido pela empresa Roche, cuja patente expirou no início dos anos 2000.

Ela é indicada para pacientes que apresentam o sistema imunológico comprometido pela realização de tratamento quimioterápico. O medicamento permite o restabelecimento da imunidade, evitando o surgimento de doenças infecciosas oportunistas.

Por meio de um acordo de transferência de tecnologia, o novo biossimilar, desenvolvido pela Eurofarma, será produzido pela Fiocruz e distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a produção própria, o Ministério da Saúde diz esperar economizar R$ 9,3 milhões em cinco anos.

Remédios biológicos

Remédios biológicos como o Fiprima são muito mais complexos do que os remédios tradicionais justamente porque não são sintéticos. Ou seja, não dependem apenas de uma manipulação de substâncias químicas em laboratório para serem produzidos.

Os remédios biológicos são em geral proteínas produzidas por um organismo vivo - que pode ser uma bactéria, uma levedura ou uma célula de mamífero. Os cientistas alteram geneticamente esses organismos vivos para que passem a produzir exatamente aquela substância de que precisam e nada mais. Eles então cultivam os organismos para que eles se transformem em "fábricas" de proteínas.

 

Assessoria de Comunicação – CRF-SP
(Com informações do CFF)

 


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