Farmacêutico no SUS e bioterrorismo em destaque

 

Debate sobre o sistema público de saúdeDebate sobre o sistema público de saúdeSão Paulo, 13 de outubro de 2015.

O último dia do maior congresso farmacêutico da América Latina contou, na parte da manhã, com atividades nas mais variadas áreas, entre elas a atuação do farmacêutico na rede pública, o lançamento da cartilha de Farmácia Clínica, elaborada pela Comissão Assessora, além de palestras internacionais.

O Encontro Nacional das Comissões de Saúde Pública dos Conselhos Regionais de Farmácia reuniu especialistas e autoridades que apresentaram um panorama da assistência farmacêutica no SUS em diversas regiões brasileiras. O objetivo principal é definir estratégias para que o farmacêutico seja inserido definitivamente no sistema Público de Saúde respeitando as necessidades e orçamentos de cada município.

O presidente do Conselho Federal de Farmácia, dr. Walter Jorge João, ressaltou a felicidade em contemplar um momento tão importante vivido pela profissão farmacêutica. “Vamos pensar juntos em ações para que Lançamento da cartilha de Farmácia ClínicaLançamento da cartilha de Farmácia Clínicaa população seja cada vez mais assistida pelo farmacêutico”. O vice-presidente dr. Valmir de Santi, destacou que pretende reunir ideias e levantar informações por meio de todos os conselhos regionais para preencher os espaços que não contam com o farmacêutico.

O Estado de São Paulo tem se destacado por criar ações que vão ao encontro das necessidades dos farmacêuticos que estão no setor público como capacitação profissional voltada especialmente a quem está na área e também iniciativas voltadas ao gestor municipal como o caso do Grupo Técnico de Apoio ao Município – Gtam, criado em 2012 para ser um suporte ao município que pretende estruturar a assistência farmacêutica.

O presidente do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, chamou a atenção ao canal de diálogo que o Conselho paulista tem aberto com os gestores municipais ao longo dos anos. “Essa experiência de São Paulo pode ser utilizada em nível nacional, já avançamos muito para que o farmacêutico seja inserido nessa área. O CRF-SP está à disposição para contribuir e continuar a debater o assunto”.

Lançamento do livro “O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS: diretrizes para ação”Lançamento do livro “O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS: diretrizes para ação”Os resultados positivos obtidos em dois anos (2012 – 2014) do Gtam foram apresentados pela vice-presidente dra. Raquel Rizzi, diretora responsável pela fiscalização do CRF-SP. Foram 190 negociações, 59 acordos e 12 Termos de Ajustamento de Conduta assinados pelos municípios, números que resultaram no aumento do quadro de farmacêuticos de 1621 para 2400 farmacêuticos na rede pública no período. “É uma assessoria gratuita ao município, que valoriza a atuação do farmacêutico e garante a qualidade no atendimento à população”.

Dra. Raquel também mostrou os problemas detectados pelos fiscais pela ausência do farmacêutico na rede pública: Fracionamento incorreto, estocagem e descarte inadequados, erros na dispensação, aumento das reações adversas e intoxicações, além do aumento do gasto com medicamentos. Por outro lado, os benefícios constatados quando há a presença do farmacêutico são evidentes como a detecção e prevenção de problemas, valor agregado à equipe multiprofissional e a promoção da qualidade de vida.

O Encontro também contou com a presença do presidente do Conassens, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, dr. Mauro Junqueira e da coordenadora do Grupo Ténico sobre Saúde Pública do CFF, dra. Lúcia Salles. Durante o evento, o CFF realizou o lançamento do livro “O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS: diretrizes para ação.

Bioterrorismo nas Olimpíadas

Uma das palestras que mais chamou a atenção dos congressistas, que participaram em peso, foi a que tratou sobre o risco do bioterrorismo nos Jogos dr. Marcos Dornellasdr. Marcos DornellasOlímpicos. O major do Exército, dr. Marcos Dornellas enfatizou “O bioterrorismo de modo geral é utilizado indiscriminadamente, não mede o número de mortes que vai provocar, mas ele provoca, principalmente, o abalo na sociedade, desestrutura os países como um todo, obrigando as nações de um modo geral a se capacitarem contra essas ações, voltadas especificamente para a defesa biológica”.

 

Thais Noronha (colaboração Marcelo Staffa)

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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