Farmacêuticos reiteram contribuição no tratamento oncológico durante congresso
São Paulo, 24 de setembro de 2014.
O CRF-SP participa do 1º Congresso Brasileiro “Todos juntos contra o Câncer”, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). O evento é realizado no WTC São Paulo e se encerra amanhã, quinta-feira (25) reunindo líderes da área da saúde que definirão as prioridades para humanizar o atendimento, ampliar a assistência e minimizar a burocracia enfrentada pelos pacientes com câncer.
Na cerimônia de abertura do evento, realizada na manhã desta quarta-feira (24), o diretor-tesoureiro do CRF-SP, dr. Marcos Machado, destacou as contribuições do trabalho do farmacêutico no tratamento de pacientes oncológicos e sobre as contribuições do CRF-SP para o segmento, tais como: a exigência sobre o poder público para que se mantenha farmacêuticos em número suficiente nas unidades de saúde, participando da equipe multiprofissional, visando atender o princípio do cuidado integral ao paciente; além de auxiliar na capacitação dos farmacêuticos.
“A união de diversas entidades focadas no objetivo que é o tema do evento: Todos Juntos Contra o Câncer, certamente permitirá um consenso do que precisamos na área de oncologia no Brasil, assim como fortalecerá as propostas demandadas deste encontro a serem encaminhadas ao governo”, ressaltou dr. Machado.
À tarde, o CRF-SP organizou o painel “Atuação do Farmacêutico na Atenção à Saúde do Paciente Onco-hematológico: Aspectos Éticos e Bioéticos”. O encontro reuniu profissionais especializados que discutiram sobre a atuação do farmacêutico na atenção ao paciente oncológico e sua contribuição na redução de riscos e na segurança ao usuário de medicamentos.
O painel contou com a participação da dra. Iara Nascimento, farmacêutica atuante em pesquisa clínica na área oncológica. Ela apresentou histórico e evolução da bioética relacionada à pesquisa clínica, e enumerou as normas internacional e legislações aplicadas pela pesquisa clínica brasileira. “A bioética é uma ciência multidisciplinar, pluralista, preocupada com os avanços tecnológicos, que interferem na vida humana e na natureza”, descreveu.
A dra. Marília Berlofa, farmacêutica clínica da Universidade de Campinas (Unicamp) abordou o conceito de farmacovigilância, discorreu sobre a fase 4 da pesquisa clínica, sobre farmácias notificadoras e hospitais sentinelas, dentre outros temas. “Qualquer profissional de saúde pode notificar os eventos adversos de medicamentos em oncologia. Consumidores e indústria também devem comunicar reações adversas”, destacou.
Para comentar sobre as atividades do farmacêutico no ambiente hospitalar, o painel teve a participação do dr. Frank Ferreira Pinto, que atua na farmácia hospitalar do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Ele apresentou um panorama da farmácia hospitalar oncológica. “Farmacêutico é fundamental para eficácia, segurança, conveniência, estocagem e preço total do medicamento, não só na dispensação”, frisou.
Por fim, o dr. Daniel Sturaro, consultor na área de onco-hematologia e professor de graduação e pós-graduação de diversas instituições, destacou que a farmácia clínica, por meio da atenção farmacêutica e do acompanhamento farmacoterapêutico, permite uma integração e articulação multiprofissional, possibilitando acompanhar efetivamente a evolução do tratamento do paciente. “Segurança do paciente é igual transdiciplinaridade”, destacou dr. Sturaro.
Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação
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