Advogado pede retirada de mercado de medicamento que provocou Síndrome de Stevens- Johnson

 

Advogado pede retirada de mercado de medicamento que provocou Síndrome de Stevens-Johnson Advogado pede retirada de mercado de medicamento que provocou Síndrome de Stevens-Johnson São Paulo, 27 de agosto de 2012.

O advogado de Magnólia de Souza Almeida, 40 anos, entrará com um pedido na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para solicitar a retirada do mercado do medicamento Novalgina®. Em 2007, depois de tomar dois comprimidos de Novalgina no intervalo de oito horas, Magnólia apresentou a Síndrome de Stevens- Johnson, forte reação alérgica que a deixou acamada durante 61 dias, provocou queimaduras em 80% do corpo dela e prejudicou-lhe a visão. Hoje a técnica de enfermagem tem apenas 5% da capacidade de enxergar preservada.

Recentemente, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou a empresa Sanofi-Aventis, fabricante da Novalgina® (dipirona sódica), a pagar indenização de R$ 1 milhão à paciente em decorrência dos danos causados pelo uso do medicamento. 

O argumento do advogado Eduardo Lowenhaupt Cunha é de que a Síndrome de Stevens- Johnson, não pode ser tratada como um efeito colateral qualquer. “O remédio pode provocar a morte, não é aceitável que um efeito tão forte seja comparado a uma dor de cabeça ou uma tontura", argumenta.

Dipirona

Em 4 de junho de 2012 outro caso envolvendo medicamento isento de prescrição veio à tona. A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul indiciou a médica Caroline Franciscato por homicídio com dolo eventual. Ela foi acusada de ter prescrito dipirona à estudante Letícia Gottardi, de 19 anos, que era alérgica ao medicamento e morreu após receber a substância.

A vítima foi ao hospital reclamando de dores abdominais em 6 de abril e teve um primeiro atendimento no Hospital Darci João Bigaton, em Bonito (MS), ocasião em que foi informado que ela tinha alergia à dipirona e a anotação constava no prontuário da paciente. Letícia recebeu alta naquele mesmo dia, mas passou mal na madrugada do dia 7 de abril. De volta ao hospital, foi atendida pela dra. Caroline, que, mesmo tendo acesso ao prontuário feito no plantão anterior, determinou à equipe de enfermagem aplicação de dipirona. Horas depois, a médica receitou o medicamento pela segunda vez. Letícia morreu por volta das 6h daquele dia.

 

Thais Noronha (com informações portal Band.com.br)

 

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