Imprensa ressalta o posicionamento atual do CRF-SP sobre os autotestes
São Paulo, 26 de janeiro de 2022.
Após o CRF-SP se manifestar contra a utilização do autoteste neste momento por uma série de aspectos que até então não estavam claros na nota do Ministério da Saúde, alguns veículos da imprensa repercutiram o posicionamento como foi o caso da Rádio Eldorado FM que contou com a entrevista da vice-presidente, Dra. Luciana Canetto.
Importante ressaltar que o CRF-SP emitiu seu posicionamento antes de ter conhecimento do OFÍCIO Nº 130/2022/SE/GAB/SE/MS. Destaca-se que o grupo técnico de trabalho do CRF-SP se reunirá novamente para avaliar o conteúdo do referido ofício e se posicionar com base neste novo documento
A farmacêutica destacou que o CRF-SP é contra o autoteste nesse momento por não existir uma política pública clara por parte do Ministério da Saúde, mas ressaltou que a entidade não é contra a tecnologia desde que bem amparada. “A tecnologia traz vantagens, dá o conforto de não procurar o serviço de saúde, mas sem as advertências, intervalos corretos e, principalmente, os aspectos em relação à notificação dos casos positivos, corremos o risco de não atingir o objetivo. Sem esses dados, os órgãos de saúde não conseguem monitorar e propor estratégias de bloqueio da pandemia. No Reino Unido, por exemplo, o autoteste vem com um QRCode e o dado já entra no sistema da vigilância sanitária”, ressaltou Dra. Luciana
Confira as reportagens na íntegra
Por que o CRF-SP é contra o autoteste neste momento?
- A NOTA TÉCNICA Nº 3/2022-SECOVID/GAB/SECOVID/MS em que foi solicitada avaliação do uso de autoteste (Teste Rápido) para pesquisa de antígeno de SARS-CoV-2 não traz os esclarecimentos necessários sobre as condutas profissionais a serem adotadas na realização do procedimento e orientação ao paciente;
- Os aspectos técnicos abordados durante a reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa sobre este tema realizada em 19/01/2022;
- Os serviços de saúde que atualmente realizam as notificações de casos no sistema e-SUS Notifica não podem se responsabilizar pelas notificações de resultados de autotestes realizados pelo paciente, em local diverso do serviço de saúde e sem acompanhamento de profissional habilitado, o que implica em descontrole relativo às notificações e prejuízos na obtenção de dados epidemiológicos da pandemia;
- O autoteste não tem finalidade de confirmação diagnóstica e, mesmo com resultado positivo/reagente, o paciente deverá passar por atendimento para que um profissional da saúde, mediante as estratégias já descritas pelo Ministério da Saúde, realize a confirmação do diagnóstico, gerando sobrecarga de trabalho nos serviços de saúde, podendo também onerar pacientes e gestores públicos com o financiamento de duas testagens para o mesmo paciente;
- Atualmente não consta definição de uma política pública que esclareça como serão mitigados os pontos acima mencionados e como será direcionado o cuidado ao paciente que testar positivo para covid-19 utilizando os autotestes;
Diante do exposto, o CRF-SP, reitera que, neste momento, se manifesta contrário à autorização para comercialização dos autotestes para covid-19, mantendo o posicionamento de que as coletas para exames diagnósticos necessitam ser realizadas por profissionais habilitados, seja nas farmácias, laboratórios clínicos ou outros serviços de saúde autorizados, com os devidos controles para evitar disseminação da pandemia, geração de resíduos (que devem ter tratamento adequado) e garantir a adoção de cuidados em relação às notificações compulsórias.
Thais Noronha
Departamento de Comunicação CRF-SP
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