Estudo realizado pela Fiocruz
São Paulo, 16 de abril de 2019
Um novo exame para detecção do vírus da Zika pode ser disponibilizado em breve na rede pública de saúde de todo o Brasil. Desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, o teste é mais simples e mais barato que o tradicional, e pode ser realizado em apenas 20 minutos. A estimativa é que até o fim do ano, o método já esteja disponível em todo o país.
Inicialmente, o teste deve beneficiar municípios afastados dos grandes centros, onde o resultado do teste de Zika pode demorar até 15 dias.
“Tendo em vista que a técnica atual (PCR) é extremamente cara e o Brasil tem poucos laboratórios de referência que podem realizar o diagnóstico de Zika – até um tempo atrás eram apenas cinco, inclusive a Fiocruz de Pernambuco -, uma cidade pequena, no interior do estado, acaba prejudicada. A amostra precisa sair do interior, ir para a capital, para ser processada, enfim, se pensarmos nesses municípios, o resultado pode demorar 15 dias”, destaca o pesquisador da unidade Jefferson Ribeiro, em entrevista à Agência Brasil.
Outro benefício do novo método é a praticidade em sua realização, sendo que qualquer pessoa nos postos de saúde pode executá-lo. Com um kit rápido, o profissional coleta amostras de saliva ou urina do paciente, mistura com reagentes fornecidos em um pequeno tubo plástico e depois aquece em banho maria. Após vinte minutos, a mistura ganhará uma cor reagente, se estiver amarela significa que o resultado deu positivo para Zika, se for laranja é negativo.
O teste além de simples e barato, garante maior eficiência com menor taxa de erros, acusando a doença mesmo em casos que não foram detectados pela PCR.
Departamento de Comunicação CRF-SP (Fonte: Agência Brasil)