São Paulo, 8 de junho de 2018.
O CRF-SP realizou nos dias 6 e 7, no campus do Senac Tiradentes, na capital, o Seminário Atuação do Farmacêutico na Saúde do Idoso, na Farmácia Clínica e nas Análises Clínicas, com objetivo de apresentar, sob diferentes aspectos, os impactos do envelhecimento da população brasileira para o sistema de saúde. O evento também marcou o início das atividades da Seccional Centro-Subleste do CRF-SP.
O primeiro palestrante do Seminário foi o Dr. Gustavo Alves, docente e coordenador do Grupo Técnico de Cuidados Farmacêuticos ao Idoso do CRF-SP. Ele apresentou o tema “Impacto do Financiamento na Saúde do Idoso”, projetando o envelhecimento populacional brasileiro nos próximos anos e de que maneira essa previsão tem influência na saúde das pessoas e no financiamento do sistema de saúde.
“A população vive mais, mas vai custar mais para o Estado também. Os idosos são os principais consumidores de medicamentos e a existência de fatores pessoais, genéticos, hábitos alimentares e sociais, comorbidades, entre outros fatores, podem reforçar ainda mais os problemas de saúde e dos gastos relacionados”, explicou.
O segundo tema debatido foi “Gestão Farmacêutica na Judicialização da Saúde”, apresentado pela Dra. Luciana Canetto Fernandes, secretária-geral do CRF-SP e gestora de saúde no município de Piracicaba. Ela falou sobre dilema que envolve o direito de uma parcela da população ter acesso a tratamentos raros e mais caros por meio da judicialização e como isso compromete o orçamento da saúde para o restante da sociedade. “A cada ano a gente só vê crescer as demandas e não existem recursos para tudo isso. Este é o grande desafio dos gestores de saúde”, afirmou.
Dando sequência à programação, na quinta-feira foi a vez de o presidente do CRF-SP, Dr. Marcos Machado, falar sobre a atuação do farmacêutico clínico em Análises Clinicas na rede pública e privada, bem como a importância dos exames laboratoriais em pacientes da terceira idade.
Ele destacou que, no caso da atuação farmacêutica, os exames laboratoriais são fundamentais para fornecer informações que possibilitam avaliar o prognóstico, determinar as concentrações tóxicas e terapêuticas dos fármacos, e monitorar a efetividade da farmacoterapêutica desses pacientes. Dentre os exemplos citados estão o acompanhamento de hipertensos em tratamento farmacológico, as alterações séricas e hematológicas, e os fármacos capazes de produzir doenças hepática e quadro clínico.
“Cabe a nós, farmacêuticos, utilizarmos os exames para podermos fazer o acompanhamento farmacoterapêutico, orientar pacientes no uso adequado dos medicamentos, interagir com profissionais prescritores e intervir na farmacoterapia, quando necessário”, afirmou o Dr. Marcos.
O evento ainda contou com um debate com os ministrantes do Seminário, com participações do Dr. Gustavo Alves; Dr. Paulo Brandão, delegado da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (Sbac); Dr. Marcos Machado, e Dr. Carlos Moraes, delgado regional da Seccional Centro-Subleste.
Carlos Nascimento e Renata Gonçalez
Departamento de Comunicação CRF-SP