Documento do Inep prevê obrigatoriedade da farmácia-escola

 

Documento prevê obrigatoriedade da farmácia-escolaSão Paulo, 25 de março de 2015.

A inserção da farmácia universitária como um cenário de prática obrigatória para os cursos de Farmácia sempre foi um dos principais anseios da área de educação farmacêutica, porém, na prática, poucas instituições mantêm essa estrutura voltada para a vivência profissional durante a graduação. Essa realidade pode mudar a partir de agora, com a divulgação de um ofício circular do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação, que institui a obrigatoriedade da farmácia-escola para os cursos de Farmácia de todo o país.

O dispositivo, que começou a ser distribuído às reitorias na semana passada, enumera uma série de alterações no instrumento de avaliação de cursos de graduação nos graus de tecnólogo, licenciatura e bacharelado para as modalidades presencial e à distância, e visa à atualização, “conforme as legislações mais recentes que abordam a educação superior e, também, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de diversos cursos de graduação”, entre os quais o de Farmácia.

Na avaliação da coordenadora da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica (Caef) do CRF-SP, Profª Dra. Marise Stevanato Bastos, a obrigatoriedade vai mudar o momento de avaliação do curso, porque os avaliadores passarão a exigir a farmácia-escola. “Sabemos que essa mudança não será de hoje para amanhã, será necessário um tempo para que todas as instituições tenham farmácia-escola. Mas o importante é que o dispositivo de obrigatoriedade já está lá, e isso é grande passo dado”.

Para a coordenadora da Caef, a farmácia-escola é um cenário de prática de extrema importância para a formação, por ser um dos pontos finais de atendimento visando à saúde da população. “Nós sempre tivemos a convicção de que a farmácia-escola tem de ser obrigatória, assim como é o hospital para o médico. Apesar de ser um dos locais que mais emprega o farmacêutico em nosso país, a farmácia ainda é uma atividade prática profissional intensiva pouco incentivada durante a formação do farmacêutico”.

A Profº Dra. Marise Bastos acrescenta que o caminho agora é pressionar o Inep para fazer valer essa obrigatoriedade, por ser um grande avanço que será levado em consideração pelos avaliadores dos cursos no momento da vistoria.

Clique aqui para visualizar o ofício na íntegra (a obrigatoriedade da farmácia-escola está prevista no item II.5 - Dimensão 3: Infraestrutura)

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

 

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