Mobilização pública em SP orienta população sobre os riscos da aprovação da MP 653/14
São Paulo, 25 de novembro de 2014
Nesta terça-feira, 25/11, farmacêuticos, estudantes e representantes de entidades farmacêuticas se reuniram na Praça da República, em São Paulo, para uma manifestação pública contra a aprovação da MP 653/14, que pretende tirar o farmacêutico das farmácias.
Organizado pelo Sinfar-SP, com apoio do CRF-SP, a mobilização teve como objetivo sensibilizar a população da necessidade da assistência farmacêutica integral nas farmácias para a saúde do país.
Para o presidente do Sinfar-SP, dr. Glicério Maia, a luta pretende sensibilizar os deputados e senadores sobre as maleficências dessa MP, caso ela seja aprovada. “A MP transforma a farmácia em um simples comércio e judicializa o processo da assistência farmacêutica. É um projeto que só contempla o capital econômico em detrimento da saúde pública”, afirmou.
O economista aposentado Pedro Faria passou pela praça e se identificou com a causa dos farmacêuticos. “Eu sou contra essa medida que prejudica o paciente que vai à farmácia e precisa de uma orientação para usar o medicamento”, afirmou.
Os estudantes do último semestre de Farmácia, Maiara de Souza, Eder Coutinho e Keli Pereira também tiraram a manhã para se manifestar contra a MP. “Querem tirar um direito da população. O farmacêutico é um dos profissionais mais humanos que existe e necessário para evitar intoxicação e outros problemas para a saúde pública”, disseram.
Outro apoiador da mobilização foi o engenheiro biomédico sírio, Ahmad Almazloum, que afirmou ser contra a retirada do farmacêutico da farmácia. “Quem vai poder dizer qual o medicamento adequado para o paciente? Essa medida traz um prejuízo incalculável na qualidade da saúde da população”.
O CRF-SP é uma das entidades que está à frente das negociações no Congresso Nacional para que a MP 653/14, que retira o farmacêutico da farmácia, não seja aprovada. Por conta disso, realiza diversas ações de comunicação para esclarecer farmacêuticos e a população sobre a importância deste momento histórico para a saúde pública.
“A Medida Provisória 653/14 é um retrocesso na saúde pública do país. Em sua essência, ela pretende anular a grande conquista obtida pela aprovação da Lei 13.021/14 e pode causar diversos problemas aos cidadãos brasileiros, caso seja convertida em lei, como manter farmácias funcionando sem a presença do farmacêutico, extinguindo o direito do cidadão à assistência farmacêutica”, afirma dr. Pedro Menegasso, presidente do CRF-SP.
A votação do relatório final da comissão mista que analisa a MP das farmácias (MP 653/2014) será nos próximos dias.
Mônica Neri
Assessoria de Comunicação CRF-SP
CLIQUE AQUI PARA CONSULTAR OUTRAS NOTÍCIAS
