A pesquisa envolveu 600 médicos de várias especialidades, dos quais 80% confirmaram receber, em média, oito visitas de propagandistas por mês. A maioria destes (93%) disse receber brindes diversos, benefícios ou pagamentos em valores de até R$ 500. Outros 37% declararam ter ganhado presentes de maior valor, como cursos e viagens para congressos internacionais.

A mesma reportagem informa que o processo de “sedução” das indústrias de medicamentos e de equipamentos já começa nos cursos de medicina, uma vez que 74% dos profissionais ouvidos na pesquisa do Cremesp declararam ter presenciado ou recebido benefícios durante os seis anos de graduação.

O CRF-SP condena a atitude de médicos que prescrevem medicamentos sugeridos por propagandistas, bem como a relação existente entre alguns laboratórios farmacêuticos e algumas faculdades de medicina. “Trata-se de um problema que nos deixa assombrados”, declara o diretor-tesoureiro do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso. “É evidente que cabe ao corpo docente das universidades ensinar aos futuros médicos os prós e os contras de qualquer tratamento medicamentoso, independentemente da marca ou do laboratório que fabrica o medicamento”.

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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