Os dados se referem às informações repassadas por 38.500 estabelecimentos farmacêuticos, cerca de 62% da rede privada no país. A Anvisa destacou que não é possível aferir se houve alta no consumo pois se trata do primeiro relatório. 

O anúncio do balanço, feito na terça-feira (30 de março), também apontou os maiores prescritores de medicamentos psicotrópicos anorexígenos, o que de acordo com a Agência pode ser indícios que evidenciam desvios de prescrição.

No caso da sibutramina (substância que passou a ser classificada como psicotrópico anorexígeno desde o dia 30 de março, com a publicação da RDC 13/10), verificou-se que entre os dez maiores prescritores está um médico especialista em medicina do tráfego.

No caso da anfepramona, constatou-se que um ginecologista e um gastroenterologista estão entre os que mais prescrevem o medicamento. Por fim, um dermatologista é o maior prescritor de femproporex, enquanto que um pediatra é o médico que mais receita a substância mazindol.

Monitoramento eletrônico

Durante entrevista coletiva realizada na sede da Anvisa, em Brasília, o secretário nacional antidrogas da Agência, Paulo Roberto Uchoa, afirmou que o SNGPC é uma das ferramentas que renderam recentemente ao Brasil o reconhecimento da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) pelos esforços no combate ao consumo abusivo de medicamentos.

Pioneiro no mundo, o SNGPC foi implementado no ano de 2007 para monitorar, de forma eletrônica, as vendas de medicamentos controlados realizadas em farmácias e drogarias brasileiras. O sistema aponta hábitos de consumo, abusos na prescrição e na dispensação, além de situações de risco para a saúde da população.

 

Renata Gonçalez

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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