Nos dias 8 e 9 de fevereiro fiscais do CRF-SP e da Vigilância Sanitária de todo o Estado de São Paulo participaram de um workshop. Para a dra. Raquel Rizzi, presidente do CRF-SP, os fiscais são os profissionais que devem trabalhar em parceria com os farmacêuticos no sentido de orientá-los e evitar problemas mais graves e consequentemente expor a população a um risco desnecessário. “O CRF-SP estaria prevaricando se não colocasse esse assunto em pauta. O farmacêutico deve assegurar a qualidade do seu principal objeto de trabalho, o medicamento”.

 

 

Dra Raquel Rizzi enfatizou que é papel do farmacêutico assegurar a qualidade do seu principal objeto de trabalho, o medicamentoDra Raquel Rizzi enfatizou que é papel do farmacêutico assegurar a qualidade do seu principal objeto de trabalho, o medicamento

 

 

O assessor-chefe de Segurança Institucional da Anvisa, dr. Adilson Bezerra, mostrou aos participantes um panorama das ações de combate e ilustrou a apresentação com casos encontrados em todo o país. De acordo com ele, a Polícia Federal apreendeu, em 2009, três milhões de unidades farmacêuticas em estradas federais, além de 330 toneladas de medicamentos piratas, sendo que 95% eram tidos como fitoterápicos. Em 2010 já foram 120 mil comprimidos. “Temos que trabalhar para que essa mercadoria não entre nos estabelecimentos farmacêuticos. Além disso, combater a prática irregular dentro de farmácias e drogarias como a aplicação de anabolizantes sem receita médica, o que é considerado tráfico de entorpecente”, destacou.

O público ainda participou de palestras com representantes de entidades farmacêuticas e indústrias. Dra. Mônica C. G. Hattori, especialista de proteção ao produto da Ely Lilly do Brasil, que atua há 23 anos na área de controle de qualidade, enfatizou que o maior prejudicado com a falsificação é o paciente. “Inúmeras irregularidades já foram encontradas em medicamentos para disfunção erétil, por exemplo, como formulação incorreta, ausência ou dose exagerada de princípio ativo e até substâncias tóxicas”.

Dra. Mônica chamou a atenção também para o aumento da falsificação de antimaláricos, tuberculose e HIV e ainda passou uma série de itens fundamentais para a identificação de irregularidades. Dr. Alberto Cesar Santos, da Pfizer, também alertou os participantes sobre a falsificação do Viagra®, todos os artifícios utilizados para dificultar qualquer tipo de irregularidade e destacou ainda o alto valor comercial dessa máfia. “O lucro da falsificação chega a ser 200% maior que o da venda de heroína”.

Um dia inteiro de atividades práticas também foi o destaque para que os profissionais conhecessem exemplos de medicamentos apreendidos em ações reais e, com as dicas dos técnicos, identificassem as diferentes táticas dos falsificadores para “maquiar” os medicamentos.

 

Thais Noronha

Assessoria de Comunicação CRF-SP

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